Grant define a apatia como uma sensação de estagnação e vazio, um estado de ânimo caracterizado pela perda de entusiasmo e de energia. Não chega a ser uma depressão, mas é claramente uma ausência de bem-estar e uma perda da alegria de viver.
A pessoa que se deixa cair nas “areias movediças” da apatia pode tornar-se “indiferente” ao facto de estar assim.
Mas, atenção: a apatia já existia antes de chegar a pandemia!
Para ela contribuem certas inércias como a dispersão provocada pelas distrações contínuas. Segundo alguns estudos, o homem actual muda de ocupação, em média, cada dez minutos, e falta-lhe motivação para lutar por uma vida estimulante que valha a pena encarar com um certo espírito de aventura.
Vários autores actuais, entre os quais se encontra Grant, defendem que recuperar “a capacidade de estarmos atentos” e fugirmos da dispersão é um caminho fundamental para vencermos a tentação da apatia.
Esta “imersão” não só traz sossego à mente, mas também nos ajuda a ter a sensação clara de que a nossa vida possui um sentido que passa necessariamente por contemplar e agradecer a realidade que nos rodeia.
Como dizia alguém, os sábios da
Humanidade sempre estiveram convencidos de que a verdadeira sabedoria vai unida
ao esforço, atenção e profundidade. E que deixar-se arrastar pelos sentidos,
vivendo uma vida superficial, é o melhor modo de cair na apatia.