sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Sê o apoio da minha debilidade

Quando o receberes, diz-lhe: - Senhor, espero em Ti; adoro-te, amo-te, aumenta-me a fé. Sê o apoio da minha debilidade, Tu, que ficaste na Eucaristia, inerme, para remediar a fraqueza das criaturas. (Forja, 832)

Creio que não vou dizer nada de novo, se afirmar que alguns cristãos têm uma visão muito pobre da Santa Missa e que ela é para muitos um mero rito exterior, quando não um convencionalismo social. Isto acontece, porque os nossos corações, de si tão mesquinhos, são capazes de viver com rotina a maior doação de Deus aos homens.

Na Santa Missa, nesta Missa que agora celebramos, intervém de um modo especial, repito, a Trindade Santíssima. Para corresponder a tanto amor, é preciso que haja da nossa parte uma entrega total do corpo e da alma, pois vamos ouvir Deus, falar com Ele, vê-Lo, saboreá-Lo. E se as palavras não forem suficientes, poderemos cantar, incitando a nossa língua – Pange, lingua! – a que proclame, na presença de toda a Humanidade, as grandezas do Senhor.

Viver a Santa Missa é manter-se em oração contínua, convencermo-nos de que, para cada um de nós, este é um encontro pessoal com Deus, em que O adoramos, O louvamos, Lhe pedimos, Lhe damos graças, reparamos os nossos pecados, nos purificamos e nos sentimos uma só coisa em Cristo com todos os cristãos.(Cristo que passa, 87-88)

São Josemaría Escrivá

'Cinco Chagas do Senhor'

Evangelho: Jo 19, 28-37

Em que Chaga refugiar-me, Senhor?

Na do Teu peito?

Sim, é a minha preferida. Ficar ali, em descanso, junto ao Teu Coração.
Mas não ouso! Parece-me demais!

Nas das Tuas Mãos?

Na Chaga da Mão Direita… essa mão com que abençoas e tocas os doentes?
Mas não ouso! Parece-me demais!

Na Chaga da Mão Esquerda… a mão que segura o caminhante que titubeia na senda da salvação?
Mas não ouso! Parece-me demais!

Nas dos Teus Pés?

Na Chaga do Pé Direito… em que apoias todo o Teu peso quando Te levantas no Caminho do Gólgota?
Mas não ouso! Parece-me demais!

Na Chaga do Pé Esquerdo… com que sacodes o pó contra os que Te rejeitam?
Sim… ouso refugiar-me aqui.
Assim tomarei parte na defesa do Teu Santo Nome tão ofendido!

E… aqui fico, feliz e contente por ter encontrado refúgio e protecção. Faço Desta Chaga o meu berço onde quero adormecer e acordar todos os dias que me concederes viver.

(ama, comentário sobre Jo 19, 28-37, 07.02.2013)

Beijar as chagas do Senhor

Que nunca morramos pelo pecado; que seja eterna a nossa ressurreição espiritual. - E, antes de terminar a dezena, beijaste as chagas dos Seus pés... e eu, mais atrevido, - por ser mais criança - pus os meus lábios no Seu lado aberto.

(São Josemaría Escrivá - Santo Rosário, Mistérios Gloriosos, 11)

Cinco Chagas do Senhor

O culto das Cinco Chagas do Senhor, isto é, as feridas que Cristo recebeu na cruz e manifestou aos Apóstolos depois da ressurreição, foi sempre uma devoção muito viva entre os portugueses, desde os começos da nacionalidade. São disso testemunho a literatura religiosa e a onomástica referente a pessoas e instituições. Os Lusíadas sintetizam (I, 7) o simbolismo que tradicionalmente relaciona as armas da bandeira nacional com as Chagas de Cristo. Assim, os Romanos Pontífices, a partir de Bento XIV, concederam para Portugal uma festa particular, que ultimamente veio a ser fixada neste dia.

(Fonte: Secretariado Nacional de Liturgia)