sábado, 18 de janeiro de 2020

Tornar agradável a vida aos outros

Enquanto continuares persuadido de que os outros devem viver sempre pendentes de ti; enquanto não te decidires a servir, a ocultar-te e desaparecer; a relação com os teus irmãos, com os teus colegas, com os teus amigos, será fonte contínua de desgostos, de mau humor... – de soberba. (Sulco, 712).

Quando te custar fazer um favor, prestar um serviço a uma pessoa, pensa que é filha de Deus; lembra-te de que o Senhor nos mandou amar-nos uns aos outros. Mais ainda: aprofunda quotidianamente neste preceito evangélico; não fiques na superfície. Tira as consequências – é muito fácil – e adapta a tua conduta de cada instante a essas exigências. (Sulco, 727)

Oxalá saibas, diariamente e com generosidade, contrariar-te, alegre e discretamente, para servir e para tornar agradável a vida aos outros. Este modo de proceder é verdadeira caridade de Jesus Cristo. (Forja, 150)

Se deixarmos que Cristo reine na nossa alma, não nos tornaremos dominadores; seremos servidores de todos os homens. Serviço. Como gosto desta palavra! Servir o meu Rei e, por Ele, todos os que foram redimidos com o seu sangue. Se os cristãos soubessem servir! Vamos confiar ao Senhor a nossa decisão de aprender a realizar esta tarefa de serviço, porque só servindo é que poderemos conhecer e amar Cristo e dá-Lo a conhecer e conseguir que os outros O amem mais.

Como o mostraremos às almas? Com o exemplo: que sejamos testemunho seu, com a nossa voluntária servidão a Jesus Cristo em todas as nossas actividades, porque é o Senhor de todas as realidades da nossa vida, porque é a única e a última razão da nossa existência. Depois, quando já tivermos prestado esse testemunho do exemplo, seremos capazes de instruir com a palavra, com a doutrina. Assim procedeu Cristo: coepit facere et docere, primeiro ensinou com obras, e só depois com a sua pregação divina. (Cristo que passa, 182)

São Josemaría Escrivá

O Evangelho de Domingo dia 19 de janeiro de 2020

No dia seguinte João viu Jesus, que vinha ter com ele, e disse: «Eis o Cordeiro de Deus, eis O que tira o pecado do mundo. Este é Aquele de Quem eu disse: Depois de mim vem um homem que é superior a mim, porque era antes de mim, eu não O conhecia, mas vim baptizar em água, para Ele ser reconhecido em Israel». João deu este testemunho: «Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e repousou sobre Ele. Eu não O conhecia, mas O que me mandou baptizar em água, disse-me: Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito, esse é O que baptiza no Espírito Santo. Eu O vi, e dei testemunho de que Ele é o Filho de Deus».

Jo 1, 29-34

Casamento, a alegria da simplicidade em prol da espiritualidade

Na sua recente exortação apostólica “A alegria do Amor” o Papa Francisco dá vários conselhos muito úteis e concretos para aqueles que se vão casar. Sem querer elencar todos eles — recomendo a leitura serena do documento — aqui ficam dois muito concretos e a sugestão de um livro.
“Não pôr no centro das preocupações do casamento os convites para a cerimónia, os vestidos e o assim chamado copo de água”. Francisco pede aos noivos que tenham a coragem de não se centrarem em pormenores que consomem dinheiro e energias fazendo esquecer o essencial: a preparação espiritual para tão grande acontecimento.
Se os noivos se centram no que é secundário, acabam por chegar esgotados ao dia do casamento. Francisco sugere empregar as melhores energias para pôr os alicerces do “edifício matrimonial”: o amor mútuo, a generosidade, a capacidade de perdoar e pedir perdão. E também a certeza de que não estão nunca sozinhos: a graça de Deus não há-de faltar para superar as dificuldades que surgirão.
Outro conselho concreto: optar, de verdade, por uma cerimónia simples. “Tende a valentia de ser diferentes. Não vos deixeis devorar pela sociedade do consumo e das aparências”. Ao optar por um festejo não ostensivo, os noivos estão a colocar por cima de tudo aquilo que verdadeiramente é importante: o compromisso matrimonial, que procede de uma liberdade madura e responsável.
Um livro a ler — ou reler — com calma: o de Tobias. Nesse escrito do Antigo Testamento, fica patente que o modo como o povo escolhido entendia o casamento era totalmente diferente dos povos pagãos. Hoje em dia, acontece algo similar. Mesmo que pareça que a cerimónia exterior é “parecida”, um cristão consciente da sua vocação matrimonial não se prepara para o casamento do mesmo modo que um gentio.
Pe. Rodrigo Lynce de Faria

O Senhor protege os Seus filhos

«Quando a terna mãe ensina o seu filhinho a andar, ajuda-o e sustenta-o quando é necessário, deixando-o dar alguns passos pelos sítios menos perigosos e mais planos, tomando-lhe a mão e segurando-o, ou tomando-o nos seus braços e levando-o neles. Da mesma maneira Nosso Senhor tem cuidado contínuo dos passos dos Seus filhos»

(São Francisco de Sales - Tratado do amor de Deus, liv. 3, cap. 4)