domingo, 29 de dezembro de 2019

Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário...

Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário... Porém, mais humilhação e mais aniquilamento na Hóstia Santíssima; mais que no estábulo, e que em Nazaré, e que na Cruz. Por isso, que obrigação tenho de amar a Missa! (A "nossa" Missa, Jesus...) (Caminho, 533)

Meus filhos, pasmai agradecidos ante este mistério e aprendei: todo o poder, toda a formosura, toda a majestade, toda a harmonia infinita de Deus, com as suas grandes e incomensuráveis riquezas – todo um Deus – ficou escondido na Humanidade de Cristo para nos servir. O Omnipotente apresenta-se decidido a ocultar por algum tempo a sua glória, para facilitar o encontro redentor com as suas criaturas.

Escreve o evangelista S. João: ninguém jamais viu Deus; o Filho Unigénito que está no seio do Pai é que o deu a conhecer, comparecendo ante o olhar atónito dos homens: primeiro, como um recém-nascido, em Belém; depois, como um menino igual aos outros; mais tarde, no Templo, como um adolescente, inteligente e vivo; e, por fim, com aquela figura amável e atraente do Mestre que movia os corações das multidões que o acompanhavam entusiasmadas. (Amigos de Deus, 111)

São Josemaría Escrivá

Bom Domingo do Senhor!

Estejamos sempre atentos a tudo o que o Senhor nos pede imitando José que não hesitou perante a interpelação do Anjo do Senhor conforme nos narra o Evangelho de hoje (Mt 2, 13-15.19-23) a fazer com amor, humildade e dedicação o que lhe era pedido.

Senhor, que a Teu Anjo ilumine os nossos corações para assim Te adorarmos, glorificarmos e darmos sempre bom testemunho de Ti!

Festa da Sagrada Família

Caríssimos Irmãos e Irmãs

1. Poucos dias depois do Natal, a Igreja contempla hoje a Sagrada Família. Na escola de Nazaré cada família aprende a ser o centro de amor, de unidade e de abertura à vida.

No nosso tempo, um mal-entendido sentido dos direitos por vezes perturba a própria natureza da instituição familiar e do vínculo conjugal. É preciso que, a todos os níveis se unam os esforços de quantos crêem na importância da família baseada no matrimónio. Trata-se de uma realidade humana e divina que deve ser defendida e promovida como bem fundamental da sociedade.

2. Os cristãos, recorda o Concílio Vaticano II, atentos aos sinais dos tempos, devem promover "activamente o bem do matrimónio e da família, quer pelo testemunho da sua vida pessoal, quer pela acção harmónica com todos os homens de boa vontade" (Gaudium et spes, 52). É necessário proclamar com alegria e com coragem o Evangelho da família. Para esta finalidade, elevemos a nossa oração comum a Jesus, a Maria e a José por todas as famílias, sobretudo pelas que se encontram em dificuldades materiais e espirituais.

São João Paulo II – Excerto do Angelus de 28 de dezembro de 2003

«Os que atentavam contra a vida do Menino»

Santo Afonso Maria de Liguori (1696-1787), bispo e Doutor da Igreja 
Meditações sobre a Oitava da Epifania, n° 3

Um anjo apareceu em sonhos a São José, e avisou-o de que Herodes andava à procura do Menino Jesus para Lhe tirar a vida: «Levanta-te, toma o Menino e Sua Mãe e foge para o Egipto.» Assim pois, ainda mal nasceu, já Jesus é perseguido de morte. [...] José obedece sem demora à voz do anjo, acordando sua santa esposa. Pega em algumas ferramentas que pudesse levar consigo, a fim de exercer a sua profissão no Egipto e de ter com que sustentar a família. Maria, por seu turno, reúne as roupas necessárias a seu divino Filho; e depois, aproximando-se do berço onde Ele repousava, ajoelha-se, beija os pés de seu querido Filho e, por entre lágrimas de ternura, diz-Lhe: «Meu Filho e meu Deus, que vieste ao mundo para salvar os homens; ainda mal nasceste e já os homens vêm à Tua procura para Te dar a morte!» Pega Nele e, continuando a chorar, os dois santos esposos fecham a porta e põem-se a caminho durante a noite. [...]

Meu bem-amado Jesus, Tu és o Rei do Céu e vejo-Te errar como fugitivo sob a aparência de uma criança. Que procuras? Diz-me. A Tua pobreza e o Teu abaixamento emocionam-me de compaixão; mas aquilo que me aflige mais é a negra ingratidão com que Te vejo tratado por aqueles que vieste salvar. Tu choras, e também eu choro, por ter sido um daqueles que Te desprezaram e Te perseguiram; a partir de agora, porém, preferirei a Tua graça a todos os reinos do mundo.

Perdoa-me todos os ultrajes que Te fiz; permite-me que, na viagem desta vida para a eternidade, Te leve no meu coração, a exemplo de Maria, que Te levou nos seus braços durante a fuga para o Egipto. Meu Redentor bem-amado, foram muitas as vezes em que Te expulsei da minha alma, mas tenho confiança, agora que voltaste a tomar conta dela. E suplico-Te que a prendas a ti pelas doces correntes do Teu amor.