terça-feira, 26 de novembro de 2019

Crer

«Crer é o acto da inteligência que presta o seu assentimento à verdade divina, por determinação da vontade, movida pela graça de Deus»

(São Tomás de Aquino - Summa theologiae II-II. q. 2. a. 9. C)

Que alegria sabermo-nos seguros da nossa fé, não há lugar a angústias e a dúvidas; que maravilha sabê-Lo junto de nós, é enorme a segurança que nos transmite, saibamos pois, ser dignos das Suas promessas, sem nunca nos esquecermos, que amá-Lo verdadeiramente significa, assumirmos riscos e não nos acomodarmos burguesmente.

JPR

Compromisso para sempre

O casamento é sempre um chamamento a uma entrega incondicional ao outro por amor. Para o amor ser genuíno, o desejo de entrega tem de ser para sempre: “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida”.
Por esse motivo, é muito importante a preparação prévia para esse compromisso: o namoro. O que está em jogo é tão grande e afecta tanto a felicidade das pessoas que o namoro nunca pode ser uma simples brincadeira sentimental. Isso seria brincar com o fogo e “ter cá uma fezada de que, no meu caso, ele é capaz de não me queimar”. Néscia ilusão que sempre passou factura!
Desde o primeiro momento, é preciso que o namoro seja um verdadeiro caminho de fé.
Necessito conhecer as convicções profundas do outro. Para isso, é necessário muito diálogo e não ter medo de discordar, quando for o caso. Não temos de concordar em tudo. Mas temos de concordar no que é essencial. Senão, a casa virá abaixo, mais cedo ou mais tarde.
E, atenção: é muito enganador “resolver” as discórdias recorrendo a manifestações de carinho! Como se elas fossem uma varinha mágica capaz de fazer desaparecer os problemas. Eles só desaparecem na aparência.
As convicções profundas do outro adequam-se ao que eu penso que deve ser o pai ou a mãe dos meus futuros filhos?
Não?
Então, é prudente terminar o namoro.
Vai doer?
É muito mais salutar e sábio que doa agora - dói menos! - do que depois.
Mais: até diria que é necessário conhecer algumas convicções profundas do outro antes de decidir-se a começar o namoro.
Temos a mesma ideia sobre o que é o amor? Essa ideia corresponde à verdade? Captamos a relação que existe entre o amor, o compromisso e a entrega?
Como alguém dizia, para uns o amor é romanticismo, para outros é sexo. Para nós, cristãos, é entrega: compromisso para sempre!
Pe. Rodrigo Lynce de Faria

O Evangelho do dia 26 de novembro de 2019

Dizendo alguns, a respeito do templo, que estava ornado de belas pedras e de ricas ofertas, Jesus disse: «De tudo isto que vedes, virão dias em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada». Então interrogaram-n'O: «Mestre, quando acontecerão estas coisas, e que sinal haverá de que estão para acontecer?». Ele respondeu: «Vede, não vos deixeis enganar; porque muitos virão em Meu nome, dizendo: Sou eu, está próximo o tempo. Não os sigais. Quando ouvirdes falar de guerras e de tumultos, não vos assusteis; estas coisas devem suceder primeiro, mas não será logo o fim». Depois disse-lhes: «Levantar-se-á nação contra nação e reino contra reino. Haverá grandes terramotos por várias partes, pestes e fomes; aparecerão coisas espantosas e extraordinários sinais no céu.

Lc 21, 5-11