quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Jesus ficou na Eucaristia por amor

A frequência com que visitamos o Senhor está em função de dois factores: fé e coração; ver a verdade, e amá-la. (Sulco, 818)

O coração! De vez em quando, sem poderes evitá-lo, projecta-se uma sombra de luz humana, uma recordação grosseira, triste, "saloia"...

Vai imediatamente ao Sacrário, física ou espiritualmente; e voltarás à luz, à alegria, à Vida! (Sulco, 817)

Assoma muitas vezes a cabeça ao oratório, para dizeres a Jesus: –... abandono-me nos teus braços.

Deixa a seus pés o que tens: as tuas misérias!

Desta maneira, apesar da turbamulta de coisas que levas dentro de ti, nunca perderás a paz. (Forja, 306)

Jesus ficou na Eucaristia por amor..., por ti.

Ficou, sabendo como o receberiam os homens... e como o recebes tu.

Ficou, para que o comas, para que o visites e lhe contes as tuas coisas e, falando intimamente com Ele na oração junto do Sacrário e na recepção do Sacramento, te apaixones cada dia mais e faças com que outras almas – muitas! – sigam o mesmo caminho. (Forja, 887)

São Josemaría Escrivá

Na humildade de ser Igreja, de viver cada dia o Evangelho

«Esta obra de Cristo é sempre silenciosa, não é espetacular. Precisamente na humildade de ser Igreja, de viver cada dia o Evangelho, cresce a frondosa árvore da verdadeira vida. Precisamente com estes humildes inícios o Senhor nos encoraja porque, também na humildade da Igreja de hoje, na pobreza da nossa vida cristã, podemos ver a Sua presença e ter assim a coragem de ir ao Seu encontro e de tornar presente nesta Terra o Seu Amor, esta força de paz e de verdadeira vida» [7]. Mesmo que não faltem acontecimentos na história que possam sugerir o contrário, essa permissão do Céu é o modo de atuar de Deus, que quer realizar o Seu desígnio salvador «no respeito pela nossa liberdade, porque o amor não pode, por natureza, ser imposto. Então a Igreja é, em Cristo, o espaço de acolhimento e de mediação do amor de Deus. Nesta perspetiva, manifesta-se claramente como a santidade e a missionariedade da Igreja constituem duas faces da mesma moeda: só enquanto santa, ou seja, repleta do amor divino, a Igreja pode cumprir a sua missão, e é precisamente em função de tal tarefa que Deus a escolheu e santificou como Sua propriedade pessoal» [8].

Jesus Cristo é o Rei do universo, pela Sua Incarnação e o Seu triunfo na Cruz [9]. E o Prefácio da solenidade oferece-nos algumas características desse reino: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, de amor e de paz [10]. Descubramos nestas expressões as várias manifestações do triunfo de Cristo quando as almas se mostram dóceis à ação do Espírito Santo, expressões que nos ajudarão a preparar-nos para a grande festa em que renovamos a Consagração do Opus Dei ao Coração santíssimo e misericordioso de Jesus.

[7]. Bento XVI, Homilia 15-VI-2008. Ibid.
[8]. Ibid.
[9]. Cfr. Pio XI, Encíclica Quas primas, 11-XII-1925.
[10]. Missal Romano, Solenidade de Cristo-Rei, Prefácio.

D. Javier Echevarría na carta do mês de novembro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

São Nuno de Santa Maria (Santo Condestável)

Nasceu a 24 de Junho de 1360 no Castelo do Bonjardim. Aos 13 anos fazia parte do séquito do rei Dom Fernando e por essa altura foi armado Cavaleiro. Por obediência a seu pai casa com D. Leonor de Alvim, rica dama de Entre-Douro-e-Minho. Do casamento nasceu uma filha: Dona Beatriz. Após a morte de D. Fernando e porque a filha deste era casada com o rei de Espanha, vendo ameaçada a independência nacional entra em actividade política. Em Santarém dá-se o estranho encontro com o Alfageme de Santarém. Convidado pelo Mestre de Avis foi eleito Regedor e Defensor do Reino. Após vencer várias batalhas (Atoleiros, Aljubarrota) e já viúvo lança ombros à construção do Convento do Carmo, em Lisboa. Em 1422 partilha os seus bens e professa no Carmo, em 15 de Agosto de 1423. Sempre o dia de Nossa Senhora da Assunção a presidir aos momentos culminantes da sua vida. Ei-lo agora o asceta despegado de toda as ambições terrenas, frivolidades, entregue por completo ao único fito de adorar e servir a Deus: o herói de outra batalha que, depois de se ter mostrado invencível nas lutas do mundo, abandona tudo para se tornar apenas, humilde e feliz, Frei Nuno de Santa Maria.

A 15 de Janeiro de 1918 a Sagrada Congregação dos ritos, em sessão plenária, aprova e reconhece o culto do Santo Condestável, que o Papa Bento XV confirma, no decreto de 23 de Janeiro do mesmo ano. Em 26 de Abril de 2009, foi canonizado por Bento XVI.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 6 de novembro de 2019

Ia com Ele grande multidão de povo. Jesus, voltando-Se, disse-lhes: «Se alguém vem a Mim e não odeia seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, e até a sua vida, não pode ser Meu discípulo. Quem não leva a sua cruz e não Me segue não pode ser Meu discípulo. Porque qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e ver se tem com que a acabar? Para que, se depois de ter feito as fundações não a puder terminar, não comecem todos os que a virem a troçar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde terminar. Ou qual é o rei que, estando para entrar em guerra contra outro rei, não se assenta primeiro a considerar se com dez mil homens pode ir enfrentar-se com aquele que traz contra ele vinte mil? Doutra maneira, quando o outro ainda está longe, enviando embaixadores, pede-lhe paz. «Assim pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo o que possui não pode ser Meu discípulo.

Lc 14, 25-33