sábado, 5 de outubro de 2019

Homilia Missa consistório para criação de 13 novos cardeais

No centro da narração evangélica que ouvimos (Mc 6, 30-37a) está a «compaixão» de Jesus (cf. 6, 34). Compaixão, palavra-chave do Evangelho; está escrita no coração de Cristo, está sempre escrita no coração de Deus.

Nos Evangelhos, vemos frequentemente Jesus sentindo compaixão pelas pessoas que sofrem. E quanto mais lemos, mais contemplamos e mais entendemos que a compaixão do Senhor não é uma atitude ocasional e esporádica, mas é constante; mais, parece ser a atitude do seu coração, no qual encarnou a misericórdia de Deus.

Marcos, por exemplo, refere que Jesus, quando começou a andar pela Galileia pregando e expulsando os demónios, «um leproso veio ter com Ele, caiu de joelhos e suplicou: “Se quiseres, podes purificar-me”. Compadecido, Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: “Quero, fica purificado”» (1, 40-42). Neste gesto e nestas palavras, temos a missão de Jesus, Redentor do homem: Redentor na compaixão. Ele encarna a vontade de Deus de purificar o ser humano doente da lepra do pecado; Ele é a «mão estendida de Deus», que toca a nossa carne enferma e, fazendo-o, preenche o abismo da separação.

Jesus vai procurar as pessoas descartadas, aquelas que já estão sem esperança. Como aquele homem, paralítico há trinta e oito anos que jaz perto da piscina de Betzatà esperando, em vão, por alguém que o ajude a mergulhar na água (cf. Jo 5, 1-9).

Esta compaixão não despontou a certo ponto da história da salvação. Não! Sempre existiu em Deus, gravada no seu coração de Pai. Vemo-lo na narração da vocação de Moisés, quando Deus lhe fala da sarça ardente dizendo: «Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egito, e ouvi o seu clamor, (...) conheço, na verdade, os seus sofrimentos» (Ex 3, 7).

O amor de Deus pelo seu povo está todo impregnado de compaixão, a ponto de, nesta relação de aliança, o que é divino é compassivo, enquanto aquilo que é humano aparece, infelizmente, tão desprovido, tão longe da compaixão. Di-lo o próprio Deus: «Como poderia abandonar-te, ó Efraim? Entregar-te ó Israel? (...) O meu coração dá voltas dentro de mim, comovem-se as minhas entranhas (…), porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti e não Me deixo levar pela ira» (Os 11, 8-9).

Muitas vezes, os discípulos de Jesus dão provas de não sentir compaixão, como neste caso da multidão faminta. Basicamente dizem: «Que se arranjem!» É uma atitude comum entre nós, seres humanos, mesmo em pessoas religiosos ou até ligadas ao culto. A função que desempenhamos não basta para nos fazer compassivos, como demonstra o comportamento do sacerdote e do levita que, vendo um homem moribundo na beira da estrada, passaram ao largo (cf. Lc 10, 31-32). Terão dito para consigo: «Não é da minha competência». Há sempre justificações; às vezes até se tornam lei, dando origem a «descartados institucionais», como no caso dos leprosos: «É certo que devem estar fora; é justo assim». Deste comportamento muito humano, demasiado humano, derivam estruturas de não-compaixão.

Neste ponto, podemos perguntar-nos: estamos conscientes – a começar por nós – de que fomos objeto da compaixão de Deus? Dirijo-me em particular a vós, irmãos já Cardeais ou próximo a sê-lo: está viva em vós esta consciência? A consciência de ter sido e continuar a ser incessantemente precedidos e acompanhados pela sua misericórdia? Esta consciência era o estado permanente do coração imaculado da Virgem Maria, que louva a Deus como seu «Salvador, porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1, 48).

A mim, ajuda-me muito rever-me no capítulo 16 de Ezequiel – a história do amor de Deus por Jerusalém –, mais concretamente na conclusão: «Estabelecerei contigo a minha aliança e, então, saberás que Eu sou o Senhor, a fim de que te lembres de Mim e sintas vergonha e não abras mais a boca no meio da tua confusão, quando Eu te perdoar tudo o que fizeste» (16, 62-63). Ou então neste oráculo de Oseias: «Ao deserto a conduzirei, para lhe falar ao coração. (...) Aí, ela responderá como no tempo da sua juventude, como nos dias em que subiu da terra do Egito» (2, 16-17).

Em nós, está viva a consciência desta compaixão de Deus por nós? Não se trata duma coisa facultativa, nem – diria – dum «conselho evangélico». Não! É um requisito essencial. Se não me sinto objeto da compaixão de Deus, não compreendo o seu amor. Não é uma realidade que se possa explicar. Ou a sinto, ou não. E, se não a sinto, como posso comunicá-la, testemunhá-la, dá-la? Concretamente: Tenho compaixão pelo irmão tal, pelo bispo tal, pelo padre tal? Ou sempre destruo com a minha atitude de condenação, de indiferença?

Desta consciência viva depende também a capacidade de ser leal no próprio ministério. Vale também para vós, irmãos Cardeais. A disponibilidade de um Purpurado para dar o seu próprio sangue – significado na cor vermelha das suas vestes – é certa, quando está enraizada nesta consciência de ter recebido compaixão e na capacidade de ter compaixão. Caso contrário, não se pode ser leal. Muitos comportamentos desleais de homens de Igreja dependem da falta deste sentimento da compaixão recebida e do hábito de passar ao largo, do hábito da indiferença.

Peçamos hoje, por intercessão do apóstolo Pedro, a graça dum coração compassivo, para ser testemunhas d’Aquele que nos olhou com misericórdia, escolheu, consagrou e enviou para levar a todos o seu Evangelho de salvação.

Santificar o nosso trabalho não é uma quimera

Santificar o nosso trabalho não é uma quimera; é missão de todos os cristãos... – tua e minha. Foi o que descobriu aquele torneiro, que comentava: – "Põe-me louco de contente essa certeza de que eu, manejando o torno e cantando, cantando muito – por dentro e por fora –, posso fazer-me santo... Que bondade a do nosso Deus!". (Sulco, 517)

Nesta hora de Deus, a da tua passagem por este mundo, decide-te a sério a realizar alguma coisa que valha a pena. O tempo urge, e é tão nobre, tão heróica, tão gloriosa a missão do homem e da mulher sobre a Terra quando abrasa no fogo de Cristo os corações murchos e apodrecidos!

Vale a pena levar aos outros a paz e a felicidade de uma corajosa e alegre cruzada! (Sulco, 613)

Umas vezes deixas explodir o teu mau génio, que em mais de uma ocasião aflora com uma dureza disparatada. Outras, não preparas o teu coração e a tua cabeça para servirem de aposento confortável à Santíssima Trindade... E acabas sempre por ficar um tanto afastado de Jesus, que conheces pouco.

Assim nunca terás vida interior.. (Sulco, 651)

Remédio para tudo: santidade pessoal! Por isso, os Santos estavam cheios de paz, de fortaleza, de alegria, de segurança. (Sulco, 653)

São Josemaría Escrivá

O Evangelho de Domingo dia 6 de outubro de 2019

Os apóstolos disseram ao Senhor: «Aumenta-nos a fé!». O Senhor disse-lhes: «Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te para o mar, e ela vos obedecerá. «Quem de vós, tendo um servo a lavrar ou a guardar gado, lhe dirá quando ele voltar do campo: Vem depressa, põe-te à mesa? Não lhe dirá antes: Prepara-me a ceia, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois comerás tu e beberás? Porventura, fica o senhor obrigado àquele servo, por ter feito o que lhe tinha mandado? Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer».

Lc 17, 5-10

Às vezes, parece um salto sem paraquedas

Começou no dia 3 (2018) o Sínodo dos bispos, em Roma, dedicado à juventude e à vocação. Logo no início, o Papa pediu aos participantes que falassem com franqueza e se disponibilizassem para ouvir. «Somos chamados a colocar-nos à escuta daquilo que o Espírito nos sugere, segundo modalidades e direcções muitas vezes imprevisíveis».

Este assunto tem uma larga história na Igreja, porque muitas vezes a confiança em Deus parece mais temerária que saltar de um avião sem paraquedas. Perante uma opção razoável e um caminho inspirado pelo Espírito Santo, a tendência a agarrar-se aos paraquedas desta vida é quase irresistível.

Um destes momentos de clara definição ocorreu em 1965, durante o Concílio Vaticano II. Examinava-se o celibato dos padres. Por um lado, estava claro que não existia uma necessidade absoluta de que os padres fossem solteiros e não se ignorava a escassez de clero. Por outro lado, reconhecia-se a grande conveniência do celibato.

Antes de a teologia se ocupar do assunto, o Povo de Deus captou a profunda relação entre o celibato e o sacerdócio e escolheu os padres com este critério (nos primeiros séculos, as pessoas não se propunham para serem padres, eram escolhidas). O Magistério reconheceu que o Espírito Santo inspirava o povo e por isso recomendou e mais tarde estabeleceu que, excepto em casos específicos, só fossem ordenados padres na Igreja Latina homens solteiros. Diversas vezes, ao longo de dois mil anos, esta disposição foi confirmada. Em 1965, reunida no Concílio Vaticano II, a Igreja voltou a examinar a questão.

A primeira pergunta foi: «a autoridade eclesiástica pode impor o celibato?» – evidentemente que não. A segunda pergunta foi: «qual a origem da virgindade pelo Reino de Deus?» – é um dom de Deus livremente recebido, um tesouro que Deus entrega a quem quer. A terceira questão dizia respeito ao próprio sacerdócio: «qual a sua origem deste chamamento?» – é um dom divino, uma graça que a pessoa pode rejeitar ou aceitar. A questão que teve mais eco nos meios de comunicação social é se seria prudente só ordenar quem tivesse recebido de Deus os dois dons, da vocação ao celibato e da vocação ao sacerdócio.

Normalmente, ao amadurecer a vocação ao sacerdócio, ao abrir-se generosamente ao convite de Deus, a pessoa toma consciência de que esse caminho lhe vai ocupar tão completamente as forças e o coração que decide entregar-se no celibato. Não compete à hierarquia forçar essa decisão, que tem de ser absolutamente livre, mas cabe-lhe decidir quem admite à ordem sagrada. Assim, a Igreja, reunida em Concílio, decidiu confiar inteiramente em Deus. Face às inquietações da sociologia e da estatística, o Concílio argumentou que o dom do celibato era tão importante para a vida de um padre que o Espírito Santo, ao suscitar em alguém a vocação sacerdotal, o faria compreender igualmente a vocação à entrega plena no celibato.

Chegou o dia 7 de Dezembro de 1965, véspera da grande festa de Nossa Senhora a quem o Concílio queria oferecer os seus trabalhos. Dos 2394 bispos reunidos, 2390 votaram a favor do decreto «Presbyterorum ordinis», no qual se diz:

«O celibato harmoniza-se por muitos títulos com o sacerdócio. [Segue-se uma lista de razões]. Por todas estas razões, fundadas no mistério de Cristo e na sua missão, este sagrado Concílio aprova e confirma novamente a legislação (...), confiando no Espírito Santo que o dom do celibato, tão harmónico com o sacerdócio do Novo Testamento, será dado generosamente pelo Pai, desde que (...) toda a Igreja o peça, humilde e insistentemente. (...) Por isso, este sagrado Concílio pede (...) a todos os fiéis que tenham a peito este dom precioso do celibato sacerdotal e supliquem a Deus que o confira sempre abundantemente à sua Igreja».

Confiar ao Espírito Santo as vocações sacerdotais, tão essenciais para a Igreja, colocando ao mesmo tempo a fasquia tão alta ...parece equivalente a saltar de um avião sem paraquedas. Mas a Igreja, quando trata de vocação, atira-se mesmo ou, como dizia o Papa Francisco, «escuta aquilo que o Espírito sugere, segundo modalidades e direcções muitas vezes imprevisíveis».
José Maria C.S. André

LADAINHA DA HUMILDADE

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus manso e humilde de coração: ouvi-nos.
Jesus manso e humilde de coração: atendei-nos.
Jesus manso e humilde de coração: fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.

Do desejo de ser estimado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser amado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser buscado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser louvado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de honrado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser preferido, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser consultado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser aprovado, livrai-me, Jesus!
Do desejo de ser adulado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser humilhado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser desprezado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser rejeitado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser caluniado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser esquecido, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser ridicularizado, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser escarnecido, livrai-me, Jesus!
Do temor de ser injuriado, livrai-me, Jesus!

Que os outros sejam mais amados do que eu – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros sejam mais estimados do que eu – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros possam crescer na opinião do mundo e que eu possa diminuir – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que aos outros seja concedida mais confiança no seu trabalho e que eu seja deixado de lado – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros sejam louvados e eu esquecido – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros possam ser preferidos a mim em tudo – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Que os outros possam ser mais santos do que eu, contanto que eu pelo menos me torne santo como puder – Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!

Ó Maria, Mãe dos humildes, rogai por nós!
São José, protetor das almas humildes, rogai por nós!
São Miguel, que fostes o primeiro a lutar contra o orgulho e o primeiro a abatê-lo, rogai por nós!

Ó justos todos, santificados a partir do espírito de humildade, rogai por nós!

ORAÇÃO

Ó Deus, que, por meio do ensinamento e do exemplo do Vosso Filho Jesus, apresentastes a humildade como chave que abre os tesouros da Graça e como início de todas as outras virtudes – caminho certo para o Céu – concedei-nos, por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, a mais humilde e mais santa de todas as criaturas, aceitar agradecendo todas as humilhações que a Vossa Divina Providência nos oferecer. Por N. S. J. C. que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Amém.

(Cardeal RAFAEL MERRY DEL VAL, Secretário de São Pio X).

Humildade e obediência

Pela humildade, vivemos com Deus e Deus vive connosco numa paz verdadeira; nela se encontra o fundamento vivo de toda a santidade. Podemos compará-la com uma fonte de onde jorram quatro rios de virtudes e de vida eterna (cf Gn 2,10). [...] O primeiro rio que jorra do solo verdadeiramente humilde é a obediência [...]; o ouvido torna-se humildemente atento, a fim de ouvir as palavras de verdade e de vida que provêm da sabedoria de Deus, e as mãos estão sempre prontas a cumprir a Sua muito cara vontade. [...] Cristo, Sabedoria de Deus, fez-Se pobre para nos tornar ricos (2 Cor 8,9), tornou-Se servo para nos fazer reinar, e por fim morreu para nos dar a vida. [...] Para que saibamos segui-l'O e servi-l'O, disse-nos: «Aprendei de Mim porque sou manso e humilde de coração».

Beato Jan van Ruusbroec (1293-1381), cónego regular

O serviço humilde

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja 
Sermões sobre o Evangelho de João, 14,5; CCL 36, 143-144

Antes da vinda do Senhor Jesus, os homens gloriavam-se de si próprios. Ele veio como homem para que diminuísse a glória do homem e crescesse a glória de Deus. Porque Ele veio sem pecado e nos encontrou a todos pecadores. Se Ele veio para perdoar os pecados, é porque Deus é misericordioso: compete ao homem reconhecê-lo. Porque a humildade do homem está nesse reconhecimento, e a grandeza de Deus na sua misericórdia.

Se Ele veio perdoar ao homem os seus pecados, que o homem tome consciência da sua pequenez e de que Deus exerce a Sua misericórdia. «Ele deve crescer e eu diminuir» (Jo 3,30). Ou seja: é necessário que Ele dê e que eu receba; que Ele tenha a glória e que eu a reconheça. Que o homem entenda qual é o seu lugar, que reconheça Deus e escute o que o apóstolo Paulo diz ao homem soberbo e orgulhoso que pretendia superiorizar-se: «Que tens tu que não hajas recebido? E, se o recebeste, porque te glorias como se não o tivesses recebido?» (1 Cor 4,7). Que o homem que queria chamar seu ao que não era dele compreenda pois que o recebeu e se faça pequenino, porque é bom para ele que Deus seja glorificado nele. Que se diminua pois em si mesmo, para que Deus cresça nele.

Evangelho do dia 5 de outubro de 2019

Os setenta e dois voltaram alegres, dizendo: «Senhor, até os demónios se nos submetem em virtude do Teu nome». Ele disse-lhes: «Eu via Satanás cair do céu como um raio. Eis que vos dei poder de caminhar sobre serpentes e escorpiões, e de vencer toda a força do inimigo, e nada vos fará dano. Contudo não vos alegreis porque os espíritos maus vos estão sujeitos, mas alegrai-vos porque os vossos nomes estão escritos nos céus».  Naquela mesma hora Jesus exultou de alegria no Espírito Santo, e disse: «Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos simples. Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar». Depois, tendo-Se voltado para os discípulos, disse: «Felizes os olhos que vêem o que vós vedes. Porque Eu vos afirmo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram, ouvir o que vós ouvis e não o ouviram».

Lc 10, 17-24