terça-feira, 10 de setembro de 2019

Recorre prontamente à Confissão

Se alguma vez caíres, filho, recorre prontamente à Confissão e à direcção espiritual: mostra a ferida!, para que te curem a fundo, para que te tirem todas as possibilidades de infecção, mesmo que te doa como numa operação cirúrgica. (Forja, 192)

A sinceridade é indispensável para progredir na união com Deus.

– Se dentro de ti, meu filho, há algo que não queres que se saiba, desembucha! Diz primeiro, como sempre te aconselho, o que gostarias de ocultar. Depois de ter desabafado na Confissão, como nos sentimos bem! (Forja, 193)

– Bendito seja Deus! – dizias depois de acabar a tua Confissão sacramental. E pensavas: é como se voltasse a nascer.

Depois, prosseguiste com serenidade: "Domine, quid me vis facere?". – Senhor, que queres que faça?

E deste a resposta tu próprio: – Com a tua Graça, por cima de tudo e de todos, cumprirei a tua Santíssima Vontade: "serviam!", servir-te-ei sem condições! (Forja, 238)

A humildade leva cada alma a não desanimar ante os próprios erros. A verdadeira humildade leva... a pedir perdão! (Forja, 189)

Se eu fosse leproso, a minha mãe abraçar-me-ia. Sem medo nem hesitações, beijar-me-ia as chagas.

E, então, a Virgem Santíssima? Ao sentir que temos lepra, que estamos chagados, temos de gritar: – Mãe! E a protecção da nossa Mãe é como um beijo nas feridas, que nos consegue a cura. (Forja, 190)

São Josemaría Escrivá

Na amizade de Cristo

«Quem deixa entrar Cristo não perde nada, absolutamente nada daquilo que torna a vida, bela e grande. Não! Só esta grande amizade nos abre plenamente as portas da vida. Só nela se revelam verdadeiramente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta.»

Bento XVI - Homilia da Missa Inaugural do Pontificado - 24.04.2005

A amizade e os bons conselhos de D. Álvaro

Para além de ser saxum, suporte para S. Josemaria em tantas ocasiões, D. Álvaro, com a sua maneira de ser, foi sobretudo um firme apoio para levar a Obra para a frente. E não só com a sua colaboração no governo do Opus Dei, ou com os seus trabalhos para conseguir a adequada configuração jurídica da Obra como Prelatura Pessoal, mas também na tarefa de facilitar a fidelidade de todos ao bom espírito, nas diversas circunstâncias. Muitas vezes o nosso Padre repetiu que D. Álvaro, inspirado pelo Espírito Santo, lhe recordava com frequência algum aspeto do espírito do Opus Dei de que S. Josemaria queria falar nalguma conversa: a prática da correção fraterna, a necessidade de ser como pai ou mãe em relação às pessoas que convivem connosco, o acolhimento bondoso e sereno dos que passam por algum desgosto ou preocupação…

Às vezes chegava a pedir-lhe alguma sugestão para aprofundar no seu trato pessoal com Deus. O nosso Padre falava disto, abrindo a sua alma a um pequeno grupo de filhos seus, e comentou uma vez: hoje, depois da ação de graças, pedi a D. Álvaro que me fizesse alguma consideração de piedade para me ajudar a amar mais Jesus no Sacrário. E lembrou-me que Maria também lá está, de alguma forma, necessariamente de alguma forma. E com Maria, José. De alguma forma inefável, mas estão lá: não se podem separar do seu Filho [10].

[10] S.Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 3-VI-1974.

(D. Javier Echevarría na carta do mês de fevereiro de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Da familiar amizade com Jesus

Grande arte é saber conversar com Jesus, e grande prudência conservá-lo consigo. Sê humilde e pacífico, e contigo estará Jesus; sê devoto e sossegado, e Jesus permanecerá contigo. Depressa podes afugentar a Jesus e perder a sua graça, se te inclinares às coisas exteriores; e se o afastas e o perdes, aonde irás e a quem buscarás por amigo? Sem amigo não podes viver, e se não for Jesus teu amigo acima de todos, estarás mui triste e desconsolado. Logo, loucamente procedes, se em qualquer outro confias e te alegras. Antes ter o mundo todo por adversário, que ofender a Jesus. Acima de todos os teus amigos seja, pois, Jesus amado dum modo especial.

Imitação de Cristo, 2, 8, 3

Evangelho do dia 10 de setembro de 2019

Naqueles dias Jesus retirou-se para o monte a orar, e passou toda a noite em oração a Deus. Quando se fez dia, chamou os Seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de Apóstolos: Simão, a quem deu o sobrenome de Pedro, seu irmão André, Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Simão, chamado o Zelote, Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor.  Descendo com eles, parou numa planície. Estava lá um grande número dos Seus discípulos e uma grande multidão de povo de toda a Judeia, de Jerusalém, do litoral de Tiro e de Sidónia, que tinham vindo para O ouvir, e para ser curados das suas doenças. Os que eram atormentados pelos espíritos imundos ficavam também curados. Todo o povo procurava tocá-l'O, porque saía d'Ele uma virtude que os curava a todos.

Lc 6, 12-19