terça-feira, 3 de setembro de 2019

Está ali, com a sua Carne e com o seu Sangue

"Isto é o meu Corpo"... e Jesus imolou-se, ocultando-se sob as espécies de pão. Agora está ali, com a sua Carne e com o seu Sangue, com a sua Alma e com a sua Divindade: como no dia em que Tomé meteu os dedos nas suas Chagas gloriosas. E, no entanto, em tantas ocasiões, tu passas de largo, sem esboçares sequer uma breve saudação de simples cortesia, como fazes com qualquer pessoa conhecida que encontras ao passar! Tens bastante menos fé do que Tomé! (Sulco, 684)

O Criador se desfez em carinho pelas suas criaturas. Nosso Senhor Jesus Cristo, como se já não fossem suficientes todas as outras provas da sua misericórdia, institui a Eucaristia para que possamos tê-Lo sempre perto de nós e porque – tanto quanto nos é possível entender – movido pelo seu Amor, Ele, que de nada necessita, não quis prescindir de nós. A Trindade apaixonou-se pelo homem, elevado à ordem da graça e feito à sua imagem e semelhança, redimiu-o do pecado – do pecado de Adão que se propagou a toda a sua descendência e dos pecados pessoais de cada um – e deseja vivamente morar na nossa alma, como diz o Evangelho:se alguém Me ama, guardará a minha palavra, e Meu Pai o amará, e nós viremos a ele, e faremos nele morada.

Esta corrente trinitária de amor pelos homens perpetua-se de maneira sublime na Eucaristia. Há já muitos anos, todos aprendemos no catecismo que a Sagrada Eucaristia pode ser considerada como Sacrifício e como Sacramento e que o sacramento se nos apresenta como Comunhão e como um tesouro no altar, mais concretamente, no Sacrário. (Cristo que passa, 84–85)

São Josemaría Escrivá

A mão de Deus...

«(…), mas Deus não cria a dor e não quer a miséria da sua criatura, não é um Deus invejoso. Na realidade esta mão, face ao poder dum agir baseado na não-verdade autodestrutiva, é a força que dá esperança à história. A mão de Deus impede o homem de realizar o último acto de auto destruição. Deus não permite o aniquilamento da sua criatura».

(Joseph Ratzinger - Olhar para Cristo)

Evangelho do dia 3 de setembro de 2019

Foi a Cafarnaum, cidade da Galileia, e ali ensinava aos sábados. Admiravam-se da Sua doutrina, porque falava com autoridade. Estava na sinagoga um homem possesso de um demónio imundo, o qual exclamou em alta voz: «Deixa-nos. Que tens Tu que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus». Jesus o repreendeu, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». E o demónio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer nenhum mal. Todos se atemorizaram e falavam uns com os outros, dizendo: «Que é isto, Ele manda com autoridade e poder aos espíritos imundos, e estes saem?» E a Sua fama ia-se espalhando por todos os lugares da região.

Lc 4, 31-37