domingo, 28 de julho de 2019

Bom Domingo do Senhor!

Tenhamos também nós a certeza de que servimos um só Senhor Jesus Cristo, que com o Pai é um só Deus na unidade do Espírito Santo e assim estaremos a dar livremente por ato de fé e entrega a nossa adesão ao que o Senhor nos fala no Evangelho de hoje (Lc 11, 1-13).

Senhor, que saibamos sempre dar-Te graças e louvores e amar-Te incondicionalmente!

Seus filhos no Filho

São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago, mártir 
A Oração do Senhor, 9-11; PL 4, 520ss.


Como são numerosas e intensas as riquezas da oração do Senhor! São coligidas em poucos palavras, mas de uma densidade espiritual inesgotável, a ponto de nada faltar neste resumo perfeito do que deve constituir a nossa oração. Está escrito: «Orai assim: Pai Nosso, que estais nos céus».

O homem novo, que nasceu de novo e foi conduzido a Deus pela graça, diz primeiro: «Pai», porque se tornou Seu filho. O Verbo, a Palavra de Deus, «veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam. Mas a quantos O receberam, aos que n'Ele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,11-12). Aquele que acreditou no Seu nome e se tornou filho de Deus deve começar por dar graças e proclamar que é realmente filho de Deus. [...] Mas não basta, irmãos bem-amados, termos consciência de que invocamos o Pai que está nos céus; também acrescentamos: «Pai nosso», ou seja Pai dos que crêem no Seu Filho, dos que se santificaram por Ele e nasceram de novo pela graça espiritual: esses tornaram-se realmente filhos de Deus. [...]

Quão grande é a misericórdia do Senhor, quão grandes são a Sua benevolência e a Sua bondade, para nos permitirem orar assim na presença de Deus, a ponto de Lhe chamamos Pai! Como Cristo é Filho de Deus, assim nós também somos chamados filhos. Nenhum de nós teria ousado empregar esta palavra na oração: foi necessário que o próprio Senhor nos encorajasse a isso.