sábado, 20 de abril de 2019

Tudo atrairei a mim

Tu, que vives no meio do mundo; que és um cidadão mais, em contacto com os homens a que chamam bons ou maus...; tu hás-de sentir o desejo constante de dar aos outros a alegria de que gozas pelo facto de seres cristão. (Caminho, 301)

Instaurare omnia in Christo, é o lema que S. Paulo dá aos cristãos de Éfeso: dar forma a tudo segundo o espírito de Jesus; colocar Cristo na entranha de todas as coisas: Si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum: quando Eu for levantado sobre a terra, tudo atrairei a mim. Cristo, com a sua Encarnação, com a sua vida de trabalho em Nazaré, com a sua pregação e os seus milagres por terras da Judeia e da Galileia, com a sua morte na Cruz, com a sua Ressurreição, é o centro da Criação, Primogénito e Senhor de toda a criatura.

A nossa missão de cristãos é proclamar essa Realeza de Cristo; anunciá-la com a nossa palavra e com as nossas obras. O Senhor quer os seus em todas as encruzilhadas da Terra. A alguns, chama-os ao deserto, desentendidos das inquietações da sociedade humana, para recordarem aos outros homens, com o seu testemunho, que Deus existe. Encomenda a outros o ministério sacerdotal. À grande maioria, o Senhor quere-a no mundo, no meio das ocupações terrenas. Estes cristãos, portanto, devem levar Cristo a todos os ambientes em que se desenvolve o trabalho humano: à fábrica, ao laboratório, ao trabalho do campo, à oficina do artesão, às ruas das grandes cidades e às veredas da montanha. (Amigos de Deus, 105)

O Evangelho de Domingo de Páscoa dia 21 de abril de 2019

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. Correu então, e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo a quem Jesus amava, e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde O puseram». Partiu, pois, Pedro com o outro discípulo e foram ao sepulcro. Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. Tendo-se inclinado, viu os lençóis no chão, mas não entrou. Chegou depois Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro e viu os lençóis postos no chão, e o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus, que não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Entrou também, então, o outro discípulo que tinha chegado primeiro ao sepulcro. Viu e acreditou. Com efeito, ainda não entendiam a Escritura, segundo a qual Ele devia ressuscitar dos mortos. 

Jo 20, 1-9

Evangelho do dia 20 de abril de 2019 - Sábado Santo

No primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado. Encontraram removida a pedra do sepulcro. Entrando, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Aconteceu que, estando perplexas com isso, eis que apareceram junto delas dois homens com vestidos resplandecentes. Estando elas medrosas e com os olhos no chão, disseram-lhes: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Ele não está aqui, ressuscitou. Lembrai-vos do que Ele vos disse quando estava na Galileia: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de homens pecadores, e seja crucificado, e ressuscite ao terceiro dia». Então lembraram-se das Suas palavras. Tendo voltado do sepulcro, contaram todas estas coisas aos onze e a todos os outros. As que diziam aos Apóstolos estas coisas eram Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago, e as outras que estavam com elas. Mas estas palavras pareciam-lhes como que um delírio e não lhes deram crédito. Todavia, Pedro levantou-se, correu ao sepulcro e, inclinando-se, viu só os lençóis e retirou-se para casa, admirado com o que sucedera.

Lc 24, 1-12