domingo, 17 de março de 2019

Mons. Fernando Ocáriz aponta 8 desafios para os pais

Numa mensagem pastoral, Mons. Fernando Ocáriz apresentou estas 8 sugestões para os pais e mães de todo o mundo, animando-os a olhar em primeiro lugar para felicidade da família.
Do Prelado
Opus Dei - Mons. Fernando Ocáriz aponta 8 desafios para os paisPensai - sugeria o prelado do Opus Dei nesta mensagem pastoral - se os vossos filhos podem estar felizes de pertencer à sua família, porque têm uns pais:

1. Que os escutam e os tomam a sério;
2. Que os amam como são;
3. Que se atrevem a fazer com eles as suas próprias perguntas;
4. Que os ajudam a perceber, nas pequenas realidades da vida quotidiana, o valor das coisas, o esforço que exige a boa gestão de um lar;
5. Que sabem ser exigentes;
6. Que não têm medo de os pôr em contacto com o sofrimento e a fragilidade, tão presentes na vida de muita gente, talvez começando na própria família;
7. Que os ajudam, com a sua piedade, a tocar a Deus, a ser «almas de oração»;
8. Que os ajudam a crescer sãos e fortes de coração, para que possam ouvir a Deus que diz a cada um e a cada uma, como a João e a André, «vinde e vereis». 

Bom Domingo do Senhor!

Roguemos ao Senhor que nos faça gozar do esplendor do Seu Reino tal como nos narra o Evangelho de hoje (Lc 9, 28b-36) e fez ver a Pedro, João e Tiago. Permite-nos, Senhor, que um dia venhamos a montar a nossa tenda junto de Ti, de Elias e Moisés!

Jesus Cristo ouvi-nos e atendei-nos!

«Levou-os, só a eles, a um monte elevado»

São João Damasceno (c. 675-749), monge, teólogo, Doutor da Igreja
Homilia para a festa da Transfiguração; PG 96, 545

Noutros tempos, no monte Sinai, o fumo, a tempestade, a escuridão e o fogo (Ex 19, 16ss.) revelavam a extrema condescendência de Deus, anunciando que Aquele que dava a Lei era inacessível [...] e que o criador Se fazia conhecer pelas suas obras. Mas agora, tudo está cheio de luz e de esplendor. Porque o artífice e o Senhor de todas as coisas veio do seio do Pai. Não abandonou a morada que Lhe pertencia, isto é, o Seu assento no seio do Pai, mas desceu para estar com os escravos. Tomou a condição de servo e tornou-se homem na sua natureza e no seu comportamento (Fil 2, 7), para que Deus, que é incompreensível para os homens, pudesse ser compreendido. Por Si e em Si, Ele mostra o esplendor da natureza divina.

Outrora, Deus tinha estabelecido o homem em união com a Sua própria graça. Quando insuflou o espírito de vida no novo homem formado do barro, quando lhe comunicou o que tinha de melhor, honrou-o com a Sua própria imagem e semelhança (Gn 1, 27). Deu-lhe o Paraíso como morada e fez dele o irmão íntimo dos anjos. Mas, como escurecemos e fizemos desaparecer a imagem divina debaixo da lama dos nossos desejos desregrados, o Misericordioso decidiu-Se a uma segunda comunhão connosco, muito mais segura e extraordinária do que a primeira. Permanecendo na elevação da Sua divindade, aceita também o que está abaixo dela, criando em Si mesmo a natureza humana; mistura o arquétipo com a imagem e, nela, mostra hoje a Sua própria beleza.

O Seu rosto resplandece como o sol porque, na Sua divindade, Ele Se identifica com a luz imaterial; por isso Se tornou o Sol de justiça (Mal 3, 20). Mas as Suas vestes tornam-se brancas como a neve, porque recebem a glória por revestimento e não por união, por relação e não por natureza. E «uma nuvem de luz os cobriu com a sua sombra» tornando sensível o resplendor do Espírito.