quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Carta de Bento XVI ao "Corriere della Sera" (excerto)

«No lento declino das minhas forças físicas, encontro-me interiormente em peregrinação para Casa. É para mim uma grande graça estar rodeado, neste último troço de estrada por vezes cansativo, de um amor e bondade tal que não seria capaz de imaginar»

(tradução da responsabilidade de JPR)

Evangelho e homilia (audiência)

Locutor: O diálogo entre Deus e o seu povo, que tem lugar na Liturgia da Palavra, alcança a sua plenitude durante a proclamação do Evangelho. Como dizia Santo Agostinho, “a boca de Cristo é o Evangelho. Ele reina no céu, mas não deixa de falar na terra”. O Evangelho é a luz que ajuda a entender o sentido dos demais textos bíblicos proclamados na Missa; por isso é objeto de uma veneração particular: somente um ministro ordenado pode proclamá-lo, os fiéis se levantam e se persignam para escutá-lo. E, para fazer chegar a sua mensagem ao seu povo, Cristo também se serve da palavra do sacerdote durante a homilia. Esta, longe de ser um discurso de circunstância, uma conferência ou aula, deve retomar o diálogo que a Liturgia da Palavra estabelece entre Deus e o povo, a fim de consolidar o seu cumprimento na vida concreta.


Santo Padre:
Saluto i pellegrini di lingua portoghese, in particolare i seminaristi dell’Amministrazione Apostolica São João Maria Vianney, accompagnati dal Vescovo. Cari amici, nella vostra preparazione al Ministero ordinato, fate volentieri della Bibbia il cibo quotidiano del vostro dialogo con il Signore, perché, quando sarete inviati a proclamare questa Parola divina, la gente trovi nella vostra vita la testimonianza più eloquente della sua efficacia. Grazie per la vostra visita e pregate per me.


Locutor: Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, em particular os seminaristas da Administração Apostólica São João Maria Vianney, acompanhados pelo seu Bispo. Queridos amigos, na vossa preparação para o Ministério Ordenado, de bom grado fazei da Bíblia o alimento diário do vosso diálogo com o Senhor, para que, quando fordes enviados a proclamar esta Palavra divina, as pessoas encontrem na vossa vida o testemunho mais eloquente da sua eficácia. Obrigado pela vossa visita e rezai por mim.

'CINCO CHAGAS DO SENHOR'

Cinco são as Chagas do meu Senhor,
que na carne as suportou,
para que eu pudesse viver.

Cinco é o tudo que me faz viver,
o Pai, o Filho, o Espírito Santo,
a Mãe e a Igreja,
e eu espero que assim sempre seja.

Cinco são os dedos de cada mão
e quando os conto um a um
são menos que os meus pecados.

Cinco são os meus sentidos
e em cada um que eu sinto
me deixo pecar e perder.

Muito mais que cinco vezes
hei-de bater no meu peito,
bem junto ao coração,
hei-de baixar a cabeça,
num acto de contrição,
hei-de contar os meus pecados,
em perfeita confissão,
para viver o teu amor,
Senhor,
alcançando o teu perdão.

Monte Real, 7 de Fevereiro de 2012

Joaquim Mexia Alves AQUI

O Evangelho do dia 7 de fevereiro de 2018 - calendário litúrgico português - Cinco Chagas do Senhor

Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: «Tenho sede». Havia ali um vaso cheio de vinagre. Então, os soldados, ensopando no vinagre uma esponja e atando-a a uma cana de hissopo, chegaram-Lha à boca. Jesus, tendo tomado o vinagre, disse: «Tudo está consumado!». Depois, inclinando a cabeça, entregou o espírito.  Os judeus, visto que era o dia da Preparação, para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, porque aquele dia de sábado era de grande solenidade, pediram a Pilatos que lhes fossem quebradas as pernas e fossem retirados. Foram, pois, os soldados e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro com quem Ele havia sido crucificado. Mas, quando chegaram a Jesus, vendo que já estava morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança e imediatamente saiu sangue e água. Quem foi testemunha deste facto o atesta, e o seu testemunho é digno de fé e ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis. Porque estas coisas sucederam para que se cumprisse a Escritura: “Não Lhe quebrarão osso algum”. E também diz outro passo da Escritura: “Hão-de olhar para Aquele a quem trespassaram”.

Jo 19, 28-37