segunda-feira, 10 de julho de 2017

São Josemaría Escrivá nesta data em 1912

Morre Lolita Escrivá, irmã de São Josemaría, com a idade de cinco anos. Os pais, Dona Dolores e José Escrivá, aceitam o desaparecimento das filhas com a mesma fortaleza e coragem, com a mesma entrega cristã à Vontade de Deus com que aceitaram a alegria do nascimento de ambas.

Todas as religiões conduzem à salvação?

Ultimamente, vem-se impondo de modo bastante geral esta tese: as religiões são todas caminhos de salvação. Talvez não o caminho ordinário, mas ao menos caminhos "extraordinários" de salvação: por todas as religiões se chegaria à salvação. Isto transformou-se na visão habitual.

Semelhante tese não corresponde apenas à ideia da tolerância e do respeito pelos outros que hoje nos é imposta. Corresponde também à imagem moderna de Deus: Deus não pode rejeitar homem algum apenas porque não conhece o cristianismo e, em consequência, cresceu noutra religião. Aceitará a sua vida religiosa da mesma forma que faz com a nossa.

Embora esta tese - reforçada nos últimos tempos com muitos outros argumentos – seja bastante clara à primeira vista, não deixa de suscitar dúvidas. Pois as religiões particulares não exigem apenas coisas diferentes, mas também coisas opostas. [...]

Sendo assim, está-se aceitando como válido que atitudes contraditórias conduzem à mesma meta; em poucas palavras, estamos novamente diante da questão do relativismo.

Pressupõe-se subrepticiamente que, no fundo, todos os conteúdos são igualmente válidos. O que é que vale realmente, não o sabemos.

Cada um tem de percorrer o seu caminho, ser feliz à sua maneira, como dizia Frederico II da Prússia. Assim, a cavalo das teorias da salvação, o relativismo torna a entrar subrepticiamente pela porta traseira: a questão da verdade é separada da questão das religiões e da salvação. A verdade é substituída pela boa intenção; a religião mantém-se no plano subjetivo, porque não se pode conhecer aquilo que é objetivamente bom e verdadeiro.

(Cardeal Joseph Ratzinger in ‘Fe, verdad y cultura’)

O Evangelho do dia 10 de julho de 2017

Enquanto lhes dizia estas coisas, eis que um chefe da sinagoga se aproxima e se prostra diante d'Ele, dizendo: «Senhor, morreu agora minha filha; mas vem, põe a Tua mão sobre ela, e viverá». Jesus, levantando-Se, seguiu-o com os Seus discípulos. E eis que uma mulher que padecia de um fluxo de sangue havia doze anos, se chegou por detrás d'Ele, e tocou na orla do Seu vestido. Dizia para si mesma: «Ainda que eu toque somente o Seu vestido, serei curada». Voltando-Se Jesus e, olhando-a, disse: «Tem confiança, filha, a tua fé te salvou». E ficou sã a mulher desde aquele momento. Tendo Jesus chegado a casa do chefe da sinagoga viu os tocadores de flauta e uma multidão de gente que fazia muito barulho. «Retirai-vos, disse, porque a menina não está morta, mas dorme». Mas riam-se d'Ele. Tendo-se feito sair a gente, Ele entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. E divulgou-se a fama deste milagre por toda aquela terra.

Mt 9, 18-26