segunda-feira, 8 de maio de 2017

Oração do Santo Padre a ser rezada no dia 12 de maio na Capelinha

Salve Rainha,
bem-aventurada Virgem de Fátima, Senhora do Coração Imaculado,qual refúgio e caminho que conduz até Deus!
Peregrino da Luz que das tuas mãos nos vem,
dou graças a Deus Pai que,
 em todo o tempo e lugar,
 atua na história humana;
peregrino da Paz que neste lugar anuncias,
louvo a Cristo, nossa paz,
 e para o mundo peço a concórdia
 entre todos os povos;
peregrino da Esperança que o Espírito alenta,
quero-me profeta
 e mensageiro para a todos lavar os pés,
 na mesma mesa que nos une.
Salve Mãe de Misericórdia,
Senhora da veste branca!
Neste lugar onde há cem anos
a todos mostraste
 os desígnios da misericórdia do nosso Deus,
olho a tua veste de luz
e, como bispo vestido de branco,
lembro todos os que,
vestidos da alvura batismal,
querem viver em Deus
e rezam os mistérios de Cristo
 para alcançar a paz.
Salve, vida e doçura,
Salve, esperança nossa,
ó Virgem Peregrina, ó Rainha Universal!
No mais íntimo do teu ser,
no teu Imaculado Coração,
vê as alegrias do ser humano
quando peregrina para a Pátria Celeste.
No mais íntimo do teu ser,
no teu Imaculado Coração,
vê as dores da família humana
que geme e chora neste vale de lágrimas.
No mais íntimo do teu ser,
no teu Imaculado Coração,
adorna-nos do fulgor de todas
 as joias da tua coroa
e faz-nos peregrinos como peregrina foste Tu.
Com o teu sorriso virginal
robustece a alegria da Igreja de Cristo.
Com o teu olhar de doçura
fortalece a esperança dos filhos de Deus.
Com as mãos orantes que elevas ao Senhor
a todos une numa só família humana.
Ó clemente, ó piedosa,
ó doce Virgem Maria,
Rainha do Rosário de Fátima!
Faz-nos seguir o exemplo dos Bem-
aventurados Francisco e Jacinta,
e de todos os que se entregam
 à mensagem do Evangelho.
Percorreremos, assim, todas as rotas,
seremos peregrinos de todos os caminhos,
derrubaremos todos os muros
e venceremos todas as fronteiras,
saindo em direção a todas as periferias,
aí revelando a justiça e a paz de Deus.
Seremos, na alegria do Evangelho,
 a Igreja vestida de branco,
da alvura branqueada no sangue do Cordeiro
derramado ainda em todas as guerras
 que destroem o mundo em que vivemos.
E assim seremos, como Tu,
 imagem da coluna luminosa
que alumia os caminhos do mundo,
a todos mostrando que Deus existe,
que Deus está,
que Deus habita no meio do seu povo,
ontem, hoje e por toda a eternidade.
Salve, Mãe do Senhor,
Virgem Maria, Rainha do Rosário de Fátima!
Bendita entre todas as mulheres,
és a imagem da Igreja vestida da luz pascal,
és a honra do nosso povo,
és o triunfo sobre a marca do mal.
Profecia do Amor misericordioso do Pai,
Mestra do Anúncio da Boa-Nova do Filho,
Sinal do Fogo ardente do Espírito Santo,
ensina-nos, neste vale de alegrias e dores,
as verdades eternas
que o Pai revela aos pequeninos.
Mostra-nos a força do teu manto protetor.
No teu Imaculado Coração,
sê o refúgio dos pecadores
e o caminho que conduz até Deus.
Unido aos meus irmãos,
na Fé, na Esperança e no Amor,
a Ti me entrego.
Unido aos meus irmãos, por Ti,
 a Deus me consagro,
ó Virgem do Rosário de Fátima.
E, enfim, envolvido na Luz
 que das tuas mãos nos vem,
darei glória ao Senhor
 pelos séculos dos séculos.
Amen.

São Josemaría Escrivá nesta data em 1970

Tem uma locução interior em que escuta: Si Deus nobiscum, quis contra nos? [Se Deus está connosco, quem estará contra nós?].

Mantém a calma com os teus filhos, não lhes batas só porque sim

Nos últimos anos da sua vida, S. Josemaria teve encontros com muitas pessoas que lhe expunham os seus pequenos e não tão pequenos problemas, e lhe pediam conselhos. Não era raro que os pais e mães de família estivessem a sofrer porque alguns dos seus filhos ou filhas se mostravam rebeldes ao chegar à adolescência. O nosso Fundador procurava tranquilizá-los e recordava-lhes que a rebeldia sempre existiu nessa idade, embora tenha talvez ganho mais relevância nos tempos atuais. Mas o remédio, juntamente com a oração, não mudou: mantém a calma com os teus filhos, não lhes batas só porque sim. Os rapazes ficam furiosos, tu ficas incomodado, sofres porque os amas muito, e ainda por cima tens de te 'des-incomodar'. Tem um pouco de paciência, ralha com eles quando já te tiver passado o 'incómodo', e a sós. Não os humilhes diante dos outros irmãos. Fala, raciocinando um pouco com eles, para que se apercebam que devem agir de outra maneira, porque assim agradam a Deus. Desta forma os vais educando e, no dia de amanhã, poderão abrir caminho na vida e ser bons cristãos e bons pais de família, se Deus os levar por aí.

Por isso, a primeira coisa a fazer é evitar os extremos: nem demasiada benevolência nem demasiado rigor [3].

S. Josemaria aprendeu do Evangelho esta maneira de atuar. É fácil reconhecer nas suas conversas com os pais, as instruções do Senhor sobre a prática caritativa da correção fraterna, embora nesses casos não se lhe dê propriamente este nome. No Opus Dei, todos devemos procurar pôr em prática este compromisso cristão, tão unido aos ensinamentos do próprio Jesus Cristo. Assim se compreende que o nosso Padre, entre as perguntas que fazia ao chegar a um Centro, para medir o pulso, fizesse esta: Vive-se a correção fraterna?

Sabemos como S. José recebia mensagens do Céu durante o sono. E o Papa, partindo deste facto, adverte que não é possível uma família sem o sonho. Numa família, quando se perde esta capacidade, os filhos não crescem, o amor não cresce, a vida debilita-se e apaga-se [4]. E faz este convite aos pais e mães, para que nele meditem em cada dia, antes de ir descansar: Hoje sonhei com o futuro dos meus filhos? Hoje sonhei com o amor do meu esposo, da minha esposa? Hoje sonhei com os meus pais, com os meus avós que trouxeram até mim a História? [5].
[3]. S. Josemaria, Notas de uma reunião familiar, 24-XI-1972.
[4]. Papa Francisco, Encontro com as famílias nas Filipinas, 16-I-2015.
[5]. Papa Francisco, Encontro com as famílias nas Filipinas, 16-I-2015.
(D. Javier Echevarría na carta do mês de maio de 2015)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

A necessidade de orar sempre, sem nunca desistir

Podemos pensar como aqueles pais e mães de família que esperam - todos os dias! - que os seus filhos lhes digam algo, que lhes demonstrem o seu afeto amoroso.

Deus, que é Pai de todos, também o espera, Jesus nos o diz muitas vezes no Evangelho, e sabemos que falar com Deus é fazer oração. A oração é a voz da fé, da nossa crença nele, também da nossa confiança, e tomara fosse sempre manifestação do nosso amor.

Para que a nossa oração seja perseverante e confiada, diz São Lucas, que «Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de orar sempre, sem nunca desistir» (Lc 18,1). Sabemos que a oração se pode fazer louvando o Senhor ou dando graças, ou reconhecendo a própria debilidade humana - o pecado -, implorando a misericórdia de Deus, mas na maioria das vezes será pedindo alguma graça ou favor. E, mesmo que no momento não se consiga o que se pede, só o fato de se poder dirigir a Deus, o fato de poder contar a esse Alguém a pena ou a preocupação, já é a obtenção de algo, e seguramente, - mesmo que não de imediato, mas no tempo -, obterá resposta, porque «Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? (Lc 18,7).

São João Clímaco, a propósito desta parábola evangélica, diz que «aquele juiz que não temia a Deus, cede frente à insistência da viúva para não ter mais o peso de a ouvir. Deus fará justiça à alma, viúva dele pelo pecado, frente ao Corpo, o seu primeiro inimigo, e frente aos demónios, os seus adversários invisíveis. O Divino Comerciante saberá intercambiar bem as nossas boas mercadorias, pôr à disposição os seus grandes bens com amorosa solicitude e estar pronto para acolher as nossos súplicas».

Perseverança na oração, confiança em Deus. Dizia Tertuliano que «só a oração vence a Deus».

Rev. D. Joan FARRÉS i Llarisó (Rubí, Barcelona, Espanha)

O Evangelho do dia 8 de maio de 2017

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas. O mercenário, o que não é pastor, de quem não são próprias as ovelhas, vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge - e o lobo arrebata e dispersa as ovelhas -, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as Minhas ovelhas e as Minhas ovelhas conhecem-Me. Como o Pai Me conhece, assim Eu conheço o Pai; e dou a Minha vida pelas Minhas ovelhas. Tenho outras ovelhas que não são deste redil; importa que Eu as traga; elas ouvirão a Minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor. Se o Pai Me ama, é porque dou a Minha vida para outra vez a assumir. Ninguém Ma tira, mas Eu a dou por Mim mesmo e tenho poder de a dar e tenho poder de a retomar. Este é o mandamento que recebi de Meu Pai».

Jo 10, 11-18