quarta-feira, 3 de maio de 2017

Resumo da Audiência geral desta quarta-feira

Locutor: A recente viagem apostólica no Egito, em resposta ao convite do Presidente da República, do Patriarca Copto Ortodoxo, do Grande Imã de Al-Azhar e do Patriarca Copto católico, teve por objetivo oferecer um sinal de paz para aquela região, atribulada por conflitos e pelo terrorismo. Daí o lema da viagem, “O Papa da paz num Egito de paz”, que se revestiu de um duplo horizonte na visita à Universidade de Al-Alzhar: o diálogo entre cristãos e muçulmanos e a promoção da paz no mundo. Nesse sentido, a rica história do Egito, inspira o compromisso pela paz, que só é possível por meio da educação e da promoção de um humanismo fundado na Aliança entre Deus e o homem, manifestada nos 10 mandamentos e inscrita no coração de cada ser humano. Como este fundamento está também na base da construção da ordem social e civil, no encontro com o Presidente da República, lembrou-se a necessidade que prestem a sua colaboração todos os cidadãos, independentemente da sua cultura ou religião. De modo particular, os cristãos estão chamados a ser fermento de fraternidade. Por isso, a assinatura de uma Declaração comum entre o Patriarca dos Coptos Ortodoxos e o Papa apresentou-se como um forte sinal de comunhão. Por fim, o encontro com a comunidade católica local, num clima de fé e fraternidade na presença do Senhor Ressuscitado, renovou no coração de cada um o chamado a ser sal e luz para o povo egípcio.


Santo Padre:
Cari pellegrini di lingua portoghese, siate benvenuti! Saluto tutti con grande affetto e gioia, specialmente i gruppi venuti dal Brasile: i membri della Federazione brasiliana delle Accademie di Medicina, come anche i fedeli di Ribeirão Preto, Londrina e Caratinga. Scenda su di voi e sulle vostre famiglie la benedizione di Dio.

Locutor: Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, de modo especial os grupos vindos do Brasil: os membros da Federação brasileira de Academias de Medicina, bem como os fiéis de Ribeirão Preto, Londrina e Caratinga. Desça sobre vós e vossas famílias a bênção de Deus.

São Josemaría Escrivá nesta data em 1969

Numa entrevista publicada hoje, referindo-se ao Santuário de Torreciudad, em Huesca (Espanha), diz: “Espero frutos espirituais: graças, que o Senhor quer dar a quem for venerar a sua Mãe Bendita no seu santuário. Estes são os milagres que desejo: a conversão e a paz para muitas almas”.

Dignidade e natureza humanas

A Encíclica [Veritatis Splendor] insiste muito decididamente em que a moral não é questão de acordos, pois nesse caso estaria submetida ao jogo das maiorias. A moral baseia-se antes na ordem interna da própria realidade: a criação a traz em si. Estamos voltando a enxergar esta verdade nos urgentes problemas ecológicos. Tornamos a perceber que não devemos fazer tudo o que podemos fazer. Comprovamos que devemos respeitar a dignidade das criaturas. E, com mais razão, devemos voltar a compreender também que justamente o ser humano traz em si uma dignidade e uma missão interiores que são permanentes, apesar de todas as mudanças históricas. O homem é sempre homem. A sua dignidade essencial é sempre a mesma. Por isso, há comportamentos que nunca poderão chegar a ser bons, mas sempre serão incompatíveis com o respeito pelo homem e com a dignidade que lhe vem de Deus, e que ele traz dentro de si.

O Papa [João Paulo II] mostrou com grande poder de persuasão que o problema fundamental do nosso tempo é um problema moral. Os problemas económicos, sociais e políticos continuarão a ser insolúveis se não se encarar esta realidade central. E o Papa demonstra que o problema moral não pode ser separado da questão da verdade. Esta, por sua vez, está indissoluvelmente unida ao problema da busca de Deus.

(Cardeal Joseph Ratzinger em Entrevista a Jaime Antúnez Aldunate, na revista ‘Humanitas’, Santiago de Chile, 2005)