sábado, 25 de março de 2017

Reflexões Quaresmais

Quaresma – 24ª Reflexão

Hoje, Senhor, a minha reflexão nesta caminhada quaresmal é acção de graças!

Quero dar-Te graças, Senhor, pela oração que ainda neste momento, de uma ponta à outra na terra, a pedido do Teu Vigário, o Papa Francisco, se eleva aos Céus, se move na direcção do Teu Coração de amor, para que a humanidade se reencontre em Ti, por Ti e para Ti.

Quero dar-Te graças pelas horas que passámos, que passei, em adoração na Tua Presença Eucarística, fonte de graças infindas, fonte de amor inesgotável, fonte de paz indelével, fonte de alegria serena e constante.

Quero dar-Te graças por todos os corações, todas as vidas, que durante esta oração tocaste e vais tocando, levando-os a descobrir em Ti o verdadeiro sentido da vida, a maravilhosa paternidade de sermos Teus filhos, de sermos Tua herança, a descobrir o verdadeiro amor que faz de todos os homens irmãos em Ti, Senhor Nosso Deus, que fazes de nós comunhão contigo e connosco.

Quero dar-Te graças, Senhor, porque acredito, porque acreditamos firmemente que, talvez bem perto de mim ou talvez no ponto mais recôndito da terra, Tu abençoas nestes momentos de oração, tanta gente que necessita de amor, porque é perseguida, (seja em Teu Nome, ou por qualquer outra razão), porque se sente só e sem ninguém, porque nada tem que possa chamar seu, porque tem fome e sede, porque quer desistir da vida, porque não tem um simples abraço, um simples beijo, um simples sorriso, um simples “bom dia”.

Quero dar-Te graças, Senhor, porque hoje e nesta oração, o mundo que criaste em amor se aproximou um pouco mais de Ti à procura do Teu amor, que derramas sem cessar sobre toda a humanidade.

Quero dar-Te graças, Senhor, pela Igreja que congrega os homens nesta oração ao Deus que tudo pode e a Quem nada é impossível.

Quero dar-Te graças, Senhor, apenas e só dar-Te graças hoje e continuamente em todo o tempo.

Amen.

Marinha Grande, 5 de Março de 2016

Joaquim Mexia Alves na sua página no Facebook

O Evangelho de Domingo dia 26 de março de 2017

Passando Jesus, viu um homem cego de nascença. Os Seus discípulos perguntaram-Lhe: «Mestre, quem pecou, este ou os seus pais, para que nascesse cego?». Jesus respondeu: «Nem ele nem seus pais pecaram; mas foi para se manifestarem nele as obras de Deus. Importa que Eu faça as obras d'Aquele que Me enviou enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo». Dito isto, cuspiu no chão, fez lodo com a saliva, e ungiu com o lodo os olhos do cego. Depois disse-lhe: «Vai, lava-te na piscina de Siloé!», que quer dizer “Enviado”. Foi, lavou-se e voltou com vista. Então os seus vizinhos e os que o tinham visto antes a mendigar diziam: «Não é este aquele que estava sentado e pedia esmola?». Uns diziam: «É este!». Outros, porém: «Não é, mas é outro, que se parece com ele!». Porém ele dizia: «Sou eu mesmo!». Perguntaram-lhe: «Como se abriram os teus olhos?». Ele respondeu: «Aquele homem, que se chama Jesus, fez lodo, ungiu os meus olhos e disse-me: Vai à piscina de Siloé e lava-te. Fui, lavei-me e vejo». Perguntaram-lhe: «Onde está Ele?». Respondeu: «Não sei». Levaram aos fariseus o que tinha sido cego. Ora era dia de sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos. Perguntaram-lhe, pois, também os fariseus de que modo tinha adquirido a vista. Respondeu-lhes: «Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me e vejo». Então, alguns fariseus diziam: «Este homem, que não guarda o sábado, não é de Deus». Porém, outros diziam: «Como pode um homem pecador fazer tais prodígios?». E havia desacordo entre eles. Disseram, por isso, novamente ao cego: «Tu que dizes d'Aquele que te abriu os olhos?». Ele respondeu: «Que é um profeta!». Mas os judeus não acreditaram que ele tivesse sido cego e recuperado a vista, enquanto não chamaram os pais. Interrogaram-nos: «É este o vosso filho, que dizeis que nasceu cego? Como vê, pois, agora?». Seus pais responderam: «Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego; mas não sabemos como ele agora vê e também não sabemos quem lhe abriu os olhos; perguntai-o a ele mesmo. Tem idade; ele próprio fale de si!». Seus pais falaram assim porque tinham medo dos judeus; porque estes tinham combinado que, se alguém confessasse que Jesus era o Messias, fosse expulso da sinagoga. Por isso é que os pais disseram: «Ele tem idade, interrogai-o a ele!». Tornaram, pois, a chamar o homem que tinha sido cego e disseram-lhe: «Dá glória a Deus! Nós sabemos que esse homem é um pecador». Então disse-lhes ele: «Se é pecador, não sei; o que sei é que eu era cego, e agora vejo».2Disseram-lhe pois: «Que é que Ele te fez? Como te abriu os olhos?».2Respondeu-lhes: «Eu já vo-lo disse e vós não me destes atenção; porque o quereis ouvir novamente? Quereis, porventura, fazer-vos também Seus discípulos?». Então, injuriaram-no e disseram: «Discípulo d'Ele sejas tu; nós somos discípulos de Moisés. Sabemos que Deus falou a Moisés; mas Este não sabemos donde é». O homem respondeu-lhes: «É de admirar que vós não saibais donde Ele é, e que me tenha aberto os olhos. Nós sabemos que Deus não ouve os pecadores; mas quem honra a Deus e faz a Sua vontade, esse é ouvido por Deus. Desde que existe o mundo, nunca se ouviu dizer que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença. Se Este não fosse de Deus, não podia fazer nada». Responderam-lhe: «Tu nasceste coberto de pecados e queres ensinar-nos?». E lançaram-no fora. Jesus ouviu dizer que o tinham lançado fora e, tendo-o encontrado, disse-lhe: «Tu crês no Filho de Deus?». Ele respondeu: «Quem é, Senhor, para eu acreditar n'Ele?». Jesus disse-lhe: «Estás a vê-l'O; é Aquele mesmo que fala contigo». Então ele disse: «Creio, Senhor!». E O adorou. Jesus disse: «Eu vim a este mundo para exercer um justo juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem se tornem cegos». Ouviram isto alguns dos fariseus que estavam com Ele, e disseram-Lhe: «Porventura também nós somos cegos?». Jesus disse-lhes: «Se vós fosseis cegos, não teríeis culpa; mas, pelo contrário, vós dizeis: Nós vemos! E permanece o vosso pecado».

Jo 9, 1-41

São Josemaría Escrivá nesta data

Triste?... Porque caíste nessa pequena batalha?

Não! Alegre! Porque na próxima, com a graça de Deus e com a tua humilhação de agora, vencerás!

Enquanto houver luta, luta ascética, há vida interior. Isso é o que o Senhor nos pede: a vontade de querer amá-Lo com obras, nas coisas pequenas de cada dia.

Se venceste no pequeno, vencerás no grande.

Via Sacra, IIIª Estação: Jesus cai pela primeira vez

ÀS VEZES “EXAGERAS”, SENHOR!

Deus, às vezes, até “exagera” no modo como nos toca! Hoje senti isso mesmo!

Era/É um Domingo como os outros, tirando o facto de ser Domingo de Ramos e eu ser chamado pela paróquia a servir como Ministro Extraordinário da Comunhão. Tudo bem e tudo normal!

Mas então começam alguns factos que já vinham de trás, pelo menos um deles.
Um grande amigo meu, um amigo do coração, depois de um caminho que começou a fazer e continua a fazer, quis estar presente nesta Missa de Domingo de Ramos, para, por pura amizade, receber das minhas mãos pecadoras, a Comunhão, que marca para ele um recomeço, uma nova vida, um novo caminho alicerçado em Deus.
Claro, o meu coração sentimental, já antevia dificuldades de conter a emoção, mas tudo bem, nada que não fosse possível viver e conter.

Depois o sacerdote celebrante, meu amigo, vizinho, e sobretudo companheiro de oração, pediu-me para eu ser o narrador da Paixão de Cristo, ou seja, o Evangelho do dia.
Mas tudo bem ainda!

O dia está de chuva, a celebração começa cá fora com a bênção dos ramos, e eu penso e até digo com ironia saudável, a quem está ao meu lado: O padre que abençoe as nuvens e assim a chuva, a água abençoada, irá cair sobre todos os ramos e sobre todas as pessoas!

A celebração continua e canta-se de um modo profundamente tocante o Salmo: «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste.»
Começa ser demais e a presença dEle tão forte ali, junto de todos, junto de mim, abre as cisternas dos meus olhos e o mais disfarçadamente possível deixo cair umas lágrimas.
Claro, apetece-me gritar: Eu amo-te, meu Senhor e meu Deus!

Depois vem a narração do Evangelho!
O meu coração já fragilizado começa a contrair-se, mas quando leio que Ele começou a orar no Horto das Oliveiras e suou sangue, sinto dentro de mim que Ele me diz para não adormecer eu também nos meus pecados, e a voz embarga-se-me, e uma lágrima teimosa, incontrolável, decide aflorar aos meus olhos.
Preparo-me logo para o momento do «Dito isto, expirou!»
Engulo em seco, sinto-O ali, connosco, a dizer a cada um: Como Eu te amo, minha filha e meu filho!

E tudo continua quando Ele se faz pão e vinho, ou faz do pão e vinho, o Seu Corpo e Sangue, e apenas posso dizer: Meu Senhor e meu Deus!

E vem a Comunhão e o meu amigo aproxima-se de mim, olha-me nos olhos, e eu vejo Cristo nEle e até ouso ver Cristo em mim, e dou-lhe o Senhor que assim se faz alimento de vida nova.
Fecho os olhos com força e apetece-me dizer: Ai, Senhor, assim Tu “matas-me” de amor!

Fico por aqui, nada mais escrevo, nada mais quero pensar, nem refletir, mas apenas, Senhor, pensar como Te serves Tu de mim, pobre pecador, e assim me enches o coração de gozo e alegria!
Ah, Senhor, Tu vieste mesmo para todos, vieste para os pecadores, nos quais por Tua graça me incluo!

Marinha Grande, 20 de Março de 2016

Joaquim Mexia Alves

O Evangelho do dia 25 de março de 2017

Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossível . Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Lc 1, 26-38