domingo, 19 de março de 2017

Reflexões Quaresmais

Quaresma – 18ª Reflexão

Hoje ao acordar vinha ao meu coração a conversão. O que é a conversão, Senhor?

Tomas-me pela mão e levas-me a passear pela vida:
Lembras-te daquela figueira que não dava fruto? Eu não a queria transformar numa outra árvore qualquer, mas apenas que a mesma figueira desse o fruto que lhe era intrínseco.
O mesmo se passa contigo e com todos.
Eu não quero um Joaquim que seja diferente daquele Joaquim que Eu criei. Eu quero um Joaquim completo, com todo o seu passado e todo o seu presente, preparando o seu futuro.
Um Joaquim que, por força de se abrir à minha Palavra, de se deixar “regar” pela oração, de se alimentar dos sacramentos, faça uso de todos os dons que lhe dei para Me servir, servindo os outros e assim servir a vida que lhe dei.
Não um Joaquim diferente, mas o mesmo Joaquim com novas prioridades, que começam no amor e acabam na felicidade eterna.
Um Joaquim que chore lágrimas de alegria porque encontrou o caminho, e não um Joaquim que chore lágrimas de tristeza porque se perdeu num caminho sem sentido.
A conversão, meu filho, é encontrares-te em Mim e para Mim, e cheio de Mim para os outros.
A conversão, meu filho, é trabalho diário e leva-te à felicidade da vida em abundância, que permanentemente te dou.

Agarro-me ainda com mais força à Tua mão, pois não a quero largar.

E peço-Te com lágrimas de alegria nos olhos:
Converte-me, Senhor, ou melhor, leva-me à conversão.
Leva-me a fazer do meu passado um ensinamento para o presente e para o futuro, para que não caía nos mesmos erros, mas antes eles sirvam de testemunho para mim e para outros do que é uma vida sem sentido, sem Ti.
Como à figueira, Senhor, poda o que tem de ser podado, rega o que tem de ser regado, para que eu dê fruto, o fruto da Tua vontade de amor.

Para Tua glória, Senhor, hoje e sempre para Tua Glória!

Marinha Grande, 28 de Fevereiro de 2016

Joaquim Mexia Alves na sua página no Facebook

Bom Domingo do Senhor!

Imitemos a mulher da Samaria como nos narra o Evangelho de hoje (Jo 4, 5-42) e dialoguemos com o Senhor que nos conhece e escuta. Peçamos-Lhe a humildade de o seguir bebendo a Sua Palavra porque Ele é de facto o Salvador.

Senhor Jesus, Pão da Vida obrigado por nos deixares reter dentro de nós e de morarmos dentro de Ti, sejamos nós merecedores de tal!

José

«Ele entre todos, impõe-se pela sua sublime dignidade, dado que, por disposição divina, foi guardião e, na opinião dos homens, pai do Filho de Deus. Daí se seguia, portanto, que o Verbo de Deus fosse submisso a José, lhe obedecesse e lhe prestasse aquela honra e aquela reverência, que os filhos devem aos próprios pais».

(Papa Leão XIII)

«Então a mulher deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àquela gente: “Eia! Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será Ele o Messias?”»

São Máximo de Turim (?-c. 420), bispo 
CC Sermão 22; PL 57, 477


«A água apaga o fogo ardente e a esmola expia o pecado.» (Si 3,30): a água é comparada à misericórdia; mas, tal como a água vem de uma fonte, tenho de procurar a fonte da misericórdia. E encontrei-a no profeta: «Em Ti está a fonte da vida e é na tua luz que vemos a luz» (Sl 36,10).

É Ele próprio quem, no Evangelho, pede água à samaritana. […] O Salvador pede água à mulher e finge ter sede, para distribuir aos sedentos a graça eterna. Com efeito, a Fonte não podia ter sede, nem Aquele em quem se encontra a água viva podia beber a água poluída desta terra. Cristo tinha sede? Sim, tinha sede, não da bebida dos homens, mas de os salvar; tinha sede, não da água da terra, mas de redimir o género humano.

Cristo, que é a fonte, sentado ao pé do poço, faz jorrar milagrosamente, nesse mesmo sítio, as águas da misericórdia; e uma mulher que já tinha tido seis amantes é purificada pelas torrentes de água viva. Que grande maravilha: uma mulher leviana, que vem buscar água ao poço da Samaria, vai-se embora casta, depois de beber da fonte de Jesus! Tendo vindo buscar água, regressa com a virtude: confessa de imediato os pecados a que Jesus alude, reconhece a Cristo e anuncia o Salvador. Abandona o seu cântaro de água […] e, em vez dele, leva a graça à cidade; aliviada do seu fardo, regressa cumulada de santidade. […] Aquela que tinha vindo como pecadora regressa como profetisa.