sábado, 4 de março de 2017

Mensagem do Papa Francisco aos membros do Opus Dei

Original na página do Facebook de Bruno López Ponce. Muito obrigado!

Reflexões Quaresmais

Quaresma – 3ª Reflexão

Obrigado, Senhor, porque vens ao meu encontro, para me fazer reflectir, sobretudo para me guiar e mostrar sempre mais caminho.

Cheio da Tua infinita paciência, perguntas-me:
Porque não assumes as tuas fraquezas, as tuas culpas, mas pretendes sempre diluí-las com as atitudes dos outros? Afinal, fizeste isto ou aquilo, porque o outro é que te provocou e tu apenas reagiste! A culpa, para ti, nunca é só tua, já percebeste?

Baixo a cabeça!

É verdade, Senhor, tantas vezes tento justificar as minhas fraquezas, tantas vezes tento diluir as minhas culpas, com as atitudes de outros, tentando passar para eles a razão das minhas faltas.
É mais fácil assim, Senhor! Parece que a culpa não é tanta!
Mas ninguém me obriga a proceder erradamente! Só assim procedo porque me deixo levar pelas minhas fraquezas. A fraqueza e a culpa são só minhas, Senhor!

Por isso o meu terceiro pedido nesta Quaresma:
Perdoa-me, Senhor, e ajuda-me a reconhecer a minha fraqueza e a minha culpa.
Afinal, Tu deste a vida por mim, deste a vida por nós, sabendo que a culpa era minha, era nossa, e só nossa, pois em Ti não havia qualquer culpa.
Que o reconhecimento da culpa em mim, me faça reconhecer melhor o Teu infinito perdão.

Marinha Grande, 13 de Fevereiro de 2016

Joaquim Mexia Alves na sua página no Facebook

O Evangelho de Domingo dia 5 de março de 2017

Então Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo demónio.  Jejuou quarenta dias e quarenta noites, e depois teve fome. E, aproximando-se d'Ele o tentador, disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, diz que estas pedras se convertam em pães». Jesus respondeu: «Está escrito: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”». Então o demónio transportou-O à cidade santa, pô-l'O sobre o pináculo do templo, e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, lança-Te daqui a baixo, porque está escrito: “Mandou aos seus anjos em teu favor, eles te levarão nas suas mãos, para que o teu pé não tropece em alguma pedra”». Jesus disse-lhe: «Também está escrito: “Não tentarás o Senhor teu Deus”». De novo o demónio O transportou a um monte muito alto, e Lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua magnificência, e disse-Lhe: «Tudo isto Te darei, se, prostrado, me adorares». Então, Jesus disse-lhe: «Vai-te, satanás, porque está escrito: “Ao Senhor teu Deus adorarás e a Ele só servirás”». Então o demónio deixou-O; e eis que os anjos se aproximaram e O serviram.

Mt 4, 1-11

São Josemaría Escrivá nesta data em 1948

Escreve uma carta de Roma aos seus filhos de Espanha em que lhes conta, com uma ponta de humor, que sofre de alguns achaques por causa da fome, do frio, e da humidade que padecem nesses primeiros tempos romanos: “Ficais a saber que há dois dias acordei com todo o lado esquerdo da cara paralisado, com a boca torcida, sem poder fechar o olho esquerdo: uma carantonha! Pensei: será hemiplegia? Mas o resto do corpo está normal e ágil. O professor Faelli afirma que é uma brincadeira do clima de Roma: reumatismo. Agora mesmo estou a escrever-vos com alguma dificuldade, porque, como a sobrancelha descai sobre a vista, não vejo muito bem”.

A Igreja e a pena de morte

O observador permanente da Santa Sé em Genebra afirmou que só com a abolição da pena de morte “será possível construir uma sociedade mais justa, centrada no total respeito pela dignidade humana”.

O arcebispo esloveno D. Ivan Jurkovic, observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas e de outras organizações internacionais com sede em Genebra, na sessão do Conselho dos Direitos Humanos do dia 1 de Março de 2017, declarou que o Vaticano é contra a pena de morte porque, como recordou, “a vida é sagrada desde a concepção até à morte natural” e, por isso, também “um criminoso tem o direito inviolável à vida”.

Esta posição oficial da Santa Sé, assumida pelo seu representante diplomático junto dos organismos das Nações Unidas em Genebra, não é absolutamente inédita, porque no magistério recente dos últimos papas, nomeadamente São João Paulo II e Bento XVI, foram frequentes os apelos neste sentido. Contudo, não é habitual que a Igreja Católica se afirme, de forma tão solene e formal, contra a pena capital, divergindo muito do que, a este propósito, se lê nas edições de 1993 e 1997 do Catecismo da Igreja Católica (CIC).

Com efeito, na sua primeira versão, o CIC afirmava: “reconhece-se aos detentores da autoridade pública o direito e a obrigação de castigar com penas proporcionadas à gravidade do delito, incluindo a pena de morte em casos de extrema gravidade, se outros processos não bastarem” (CIC,1993, nº 2266). Acrescentava-se contudo que “Na medida em que outros processos, que não a pena de morte e as operações militares, bastarem para defender as vidas humanas contra o agressor e para proteger a paz pública, tais processos não sangrentos devem preferir-se” (CIC, 1993, nº 2267).

Não obstante nesta primeira edição se dizer, expressamente, que a pena de morte só poderia ser legítima “em casos de extrema gravidade” e apenas “se outros processos não bastarem”, muitos bispos consideraram inadequados estes termos pelo que, na edição seguinte, a pena de morte só é permitida em casos tão excepcionais que, na realidade, é praticamente abolida: “a doutrina tradicional da Igreja, desde que não haja a mínima dúvida acerca da identidade e da responsabilidade do culpado, não exclui o recurso à pena de morte, se for esta a única solução possível para defender eficazmente vidas humanas de um injusto agressor. […] Na verdade, nos nossos dias, devido às possibilidades de que dispõem os Estados para reprimir eficazmente o crime, tornando inofensivo quem o comete, sem com isso lhe retirar definitivamente a possibilidade de se redimir, os casos em que se torna absolutamente necessário suprimir o réu ‘são já muito raros, se não mesmo praticamente inexistentes’” (CIC, 1997, nº 2267).

Segundo o representante pontifício nas Nações Unidas, em Genebra, a pena de morte é eticamente reprovável pelo facto de “toda a justiça humana ser falível” e, por isso, “na aplicação da pena capital há sempre a possibilidade de tirar a vida a uma pessoa inocente”. D. Ivan Jurkovic acrescentou que não consta que a pena de morte seja particularmente eficaz na prevenção da criminalidade.

Para o observador da Santa Sé, que evocou, para o efeito, várias intervenções do Papa Francisco neste sentido, o Estado, através da lei e da justiça, deve “dar aos condenados a possibilidade de se arrependerem e de rectificarem, na medida em que ainda seja possível, as consequências dos seus actos”.

Por sua vez, o Papa Francisco, numa carta recentemente enviada ao presidente da Comissão Internacional contra a Pena de Morte, defendia que, “para um Estado constitucional, a pena de morte representa um fracasso, porque leva o Estado a matar em nome da justiça”. “E a justiça – segundo o Papa Francisco – nunca se alcança pela morte de um ser humano”.

D. Ivan Jurkovic afirmou ainda que só com a abolição da pena de morte “será possível construir uma sociedade mais justa, centrada no total respeito pela dignidade humana”. O observador permanente da Santa Sé em Genebra aproveitou ainda para fazer um apelo: “Esta deve ser também uma ocasião para encorajar os Estados a melhorarem as condições nos estabelecimentos prisionais, de modo a que o respeito pela dignidade humana a todos seja garantido, independentemente do crime cometido”.

Para Portugal, que muito justamente se orgulha de ter sido pioneiro na abolição da pena de morte, são excelentes estas notícias vindas de Genebra, como o são também para todos os que, no mundo inteiro, sendo ou não católicos, partilham os mesmos ideais humanitários. Queira Deus que seja em breve possível a definitiva erradicação da pena capital, nomeadamente na China, na Coreia do Norte, no Afeganistão, nos Estados Unidos da América e em todos os outros países onde, lamentavelmente, ainda vigora.

Pe. Gonçalo Portocarrero de Almada in Observador AQUI
(seleção de imagem 'Spe Deus')

O Evangelho do dia 4 de março de 2017

Depois disto, Jesus saiu, e viu sentado no banco de cobrança um publicano, chamado Levi, e disse-lhe: «Segue-Me». Ele, deixando tudo, levantou-se e seguiu-O. E Levi ofereceu-Lhe um grande banquete em sua casa, e havia grande número de publicanos e outros, que estavam à mesa com eles. Os fariseus e os seus escribas murmuravam dizendo aos discípulos de Jesus: «Porque comeis e bebeis com os publicanos e os pecadores?». Jesus respondeu-lhes: «Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os doentes. Não vim chamar os justos, mas os pecadores à penitência».

Lc 5, 27-32