quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Mensagem do Santo Padre por ocasião dos Jogos Olimpícos

Queria agora dirigir uma saudação afetuosa ao povo brasileiro, em particular à cidade do Rio de Janeiro, que acolhe atletas e torcedores do mundo inteiro por ocasião das Olimpíadas. Diante de um mundo que está sedento de paz, tolerância e reconciliação, faço votos de que o espírito dos Jogos Olímpicos possa inspirar a todos, participantes e espectadores, a combater o bom combate e a terminar juntos a corrida (cf. 2 Tm 4, 7-8), almejando alcançar como prêmio não uma medalha, mas algo muito mais valioso: a realização de uma civilização onde reine a solidariedade, fundada no reconhecimento de que todos somos membros de uma única família humana, independentemente das diferenças de cultura, cor da pele ou religião. E aos brasileiros, que com sua característica alegria e hospitalidade organizam a Festa do Esporte, desejo que esta seja uma oportunidade para superar os momentos difíceis e comprometer-se a “trabalhar em equipe” para a construção de um país mais justo e mais seguro, apostando num futuro cheio de esperança e alegria! Que Deus abençoe a todos!

N. Spe Deus: mensagem lida por um assistente durante a Audiência geral de 03.08.2016

Audiência geral sobre as JMJ (resumo)

Locutor:
O motivo principal da minha recente Viagem Apostólica foi a celebração da Jornada Mundial da Juventude, que ofereceu um sinal de fraternidade e de paz à Polónia, à Europa e ao mundo. Em Cracóvia (como há 25 anos em Częstochowa), os jovens deram resposta ao desafio de hoje, mandando um sinal de esperança; e este sinal chama-se fraternidade. Uma imagem emblemática era aquela vastidão multicolor de bandeiras esvoaçando ao vento pelas mãos dos jovens, vendo lado a lado estandartes até de povos em conflito: na JMJ, as bandeiras das nações tornam-se mais belas; de certo modo «purificam-se». Com os jovens, deixamo-nos conquistar, envolver e habitar pela misericórdia de Deus, comprometendo-nos a fazê-la frutificar em obras espirituais e corporais a favor de nossos irmãos e irmãs carentes e atribulados. «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia». Na visita ao campo de extermínio de Auschwitz–Birkenau, senti esta misericórdia de Deus que algumas pessoas santas souberam levar mesmo àquele abismo. Naquele grande silêncio, rezei por todas as vítimas da violência e da guerra e compreendi melhor o valor da memória, não só como recordação do passado, mas também e sobretudo com advertência para o presente e o futuro a fim de que a semente do ódio e da violência não germine e lance raízes nos sulcos da história. Mas germine a misericórdia no coração da humanidade inteira.

Santo Padre:
Saluto cordialmente i pellegrini di lingua portoghese, in particolare i fedeli di Rio de Janeiro e le Suore di Santa Marcellina, e vi auguro il dono di quello sguardo della Madonna che ho avuto su di me a Częstochowa: Ella conforta quanti sono nella prova e tiene aperto l’orizzonte della speranza. Nell’affidare voi e le vostre famiglie alla sua protezione, invoco su tutti la Benedizione di Dio.

Locutor:
Saúdo cordialmente os peregrinos de língua portuguesa, em particular os fiéis do Rio de Janeiro e as Irmãs de Santa Marcelina, desejando-vos o dom daquele olhar de Nossa Senhora que tive pousado sobre mim em Częstochowa: Ela conforta todos aqueles que estão na provação e mantém aberto o horizonte da esperança. Enquanto vos entrego, a vós e às vossas famílias à sua proteção, invoco sobre todos a Bênção de Deus.

O Evangelho do dia 3 de agosto de 2016

Partindo dali, Jesus retirou-Se para a região de Tiro e de Sidónia. E eis que uma mulher cananeia, que viera daqueles arredores, gritou: «Senhor, Filho de David, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada pelo demónio». Ele, porém, não lhe respondeu palavra. Aproximando-se Seus discípulos, pediram-Lhe: «Despede-a, porque vem gritando atrás de nós». Ele respondeu: «Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». Ela, porém, veio e prostrou-se diante d'Ele, dizendo: «Senhor, valei-me». Ele respondeu: «Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães». Ela replicou: «Assim é, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos». Então Jesus disse-lhe: «Ó mulher, grande é a tua fé! Seja-te feito como queres». E, desde aquela hora, a sua filha ficou curada.

Mt 15, 21-28