sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Saudação do Santo Padre a catequistas e professores em Munyonyo

Queridos catequistas e professores, Queridos amigos!

Com afecto, vos saúdo a todos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e Mestre.

«Mestre»: como é belo este título! O nosso primeiro e maior mestre é Jesus. Diz-nos São Paulo que Jesus deu à sua Igreja não só apóstolos e pastores, mas também mestres, para edificar o Corpo inteiro na fé e no amor. Juntamente com os bispos, os presbíteros e os diáconos, que foram ordenados para pregar o Evangelho e cuidar do rebanho do Senhor, vós, como catequistas, tendes parte relevante na missão de levar a Boa Nova a todas as aldeias e lugares do vosso país.

Quero, antes de mais nada, agradecer-vos pelos sacrifícios que fazeis, vós e as vossas famílias, e pelo zelo e devoção com que realizais a vossa importante tarefa. Ensinais o que Jesus ensinou, instruís os adultos e ajudais os pais a fazer crescer os seus filhos na fé e, a todos, levais a alegria e a esperança da vida eterna. Obrigado pela vossa dedicação, pelo exemplo que dais, pela proximidade ao povo de Deus na sua vida quotidiana e pelos mais variados modos como plantais e cultivais as sementes da fé em todo este vasto território. Obrigado especialmente por ensinardes as crianças e os jovens a rezar.

Sei que o vosso trabalho, embora gratificante, não é fácil. Por isso vos encorajo a perseverar, pedindo aos vossos bispos e sacerdotes que vos ajudem com uma formação doutrinal, espiritual e pastoral capaz de vos tornar mais eficazes na vossa acção. Mesmo quando a tarefa se apresenta gravosa, os recursos pouquíssimos e os obstáculos enormes, far-vos-á bem lembrar que o vosso é um trabalho santo. O Espírito Santo está presente onde o nome de Cristo é proclamado. Está entre nós sempre que elevamos os corações e as mentes para Deus na oração. Ele dar-vos-á a luz e a força de que precisais. A mensagem, que transmitis, enraizar-se-á tanto mais profundamente no coração das pessoas quanto mais fordes não só mestres, mas também testemunhas. Que o vosso exemplo faça ver a todos a beleza da oração, o poder da misericórdia e do perdão, a alegria de partilhar a Eucaristia com todos os irmãos e irmãs.

A comunidade cristã no Uganda cresceu enormemente graças ao testemunho dos mártires. Eles deram testemunho da verdade que nos liberta; estavam prontos a derramar o seu sangue, para permanecer fiéis àquilo que sabiam ser bom, belo e verdadeiro. Estamos hoje aqui em Munyonyo, no lugar onde o rei Mwanga decidiu eliminar os seguidores de Cristo. Mas o seu objectivo faliu, tal como o rei Herodes não conseguiu matar Jesus. A luz brilhou nas trevas, e as trevas não prevaleceram (cf. Jo 1, 5). Depois de ter visto o corajoso testemunho de Santo André Kaggwa e seus companheiros, os cristãos do Uganda tornaram-se ainda mais convictos das promessas de Cristo.

Que Santo André, vosso padroeiro, e todos os catequistas mártires ugandeses vos obtenham a graça de serdes mestres sábios, homens e mulheres cujas palavras sejam cheias de graça, dando testemunho convincente do esplendor da verdade de Deus e da alegria de Evangelho. Ide sem medo por cada cidade e aldeia deste país espalhar a boa semente da Palavra de Deus e tende confiança na sua promessa de que voltareis, em festa, carregando os feixes duma seara abundante.

Omukama Abawe Omukisa! [Deus vos abençoe!]

Discurso do Santo Padre na sua visita ao bairro de lata de Kangemi em Nairobi

Obrigado por me terdes acolhido no vosso bairro. Obrigado ao Senhor Arcebispo Kivuva e ao Padre Pascal pelas suas palavras. Na realidade, sinto-me em casa partilhando este momento com irmãos e irmãs que ocupam – não tenho vergonha de o dizer – um lugar especial na minha vida e nas minhas opções. Estou aqui, porque quero que saibais que as vossas alegrias e esperanças, as vossas angústias e sofrimentos não me são indiferentes. Conheço as dificuldades que enfrentais dia a dia! Como não denunciar as injustiças que sofreis?

Antes de mais nada, queria deter-me num aspecto que os discursos de exclusão não conseguem reconhecer ou parecem ignorar. Refiro-me à sabedoria dos bairros populares. Uma sabedoria que brota da «obstinada resistência daquilo que é autêntico» (Laudato si’, 112), de valores evangélicos que a sociedade opulenta, entorpecida pelo consumo desenfreado, parecia ter esquecido. Vós sois capazes de «tecer laços de pertença e convivência que transformam a superlotação numa experiência comunitária, onde se derrubam os muros do eu e superam as barreiras do egoísmo» (ibid., 149).

A cultura dos bairros populares, permeada por esta sabedoria particular, «tem características muito positivas, que são uma contribuição para o tempo em que vivemos, exprime-se em valores como a solidariedade, dar a vida pelo outro, preferir o nascimento à morte, dar sepultura cristã aos seus mortos; oferecer um lugar para os doentes na própria casa, partilhar o pão com o faminto: “onde comem 10, comem 12”; a paciência e a fortaleza nas grandes adversidades, etc» (EQUIPA DE SACERDOTES PARA AS «VILLAS DE EMERGÊNCIA» (Argentina), Reflexiones sobre la urbanización y la cultura villera, 2010). Valores baseados nisto: cada ser humano é mais importante do que o deus dinheiro. Obrigado por nos lembrardes que há outro tipo de cultura possível.

Queria começar por reivindicar estes valores que vós praticais, valores que não aparecem cotados na Bolsa, valores que não são objecto de especulação nem têm preço de mercado. Congratulo-me convosco, acompanho-vos e quero que saibais que o Senhor nunca Se esquece de vós. O caminho de Jesus começou na periferia, vai dos pobres e com os pobres para todos.

Reconhecer estas manifestações de vida boa que crescem diariamente entre vós não significa, de forma alguma, ignorar a terrível injustiça da marginalização urbana. São as feridas provocadas pelas minorias que concentram o poder, a riqueza e esbanjam egoisticamente enquanto a crescente maioria deve refugiar-se em periferias abandonadas, contaminadas, descartadas.

Isto agrava-se quando se vê a injusta distribuição do terreno (talvez não neste bairro, mas noutros) que, em muitos casos, leva famílias inteiras a pagarem aluguéis abusivos por habitações em condições imobiliárias completamente inadequadas. Sei também do grave problema da sonegação de terras por «empresários privados» sem rosto, que pretendem apropriar-se até do pátio da escola dos próprios filhos. Sucede isto porque se esquece que «Deus deu a terra a todo o género humano, para que ela sustente todos os seus membros sem excluir nem privilegiar ninguém» (JOÃO PAULO II, Centesimus annus, 31).

Nesta linha, um grave problema é a falta de acesso às infra-estruturas e serviços básicos. Refiro-me a balneários, fossas, esgotos, recolha de lixo, energia eléctrica, estradas, mas também escolas, hospitais, centros recreativos e desportivos, ateliês artísticos. Mas de modo particular refiro-me à água potável. «O acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável» (Laudato si’, 30). Negar a água a uma família, sob qualquer pretexto burocrático, é uma grande injustiça, sobretudo quando se lucra com essa necessidade.
Este contexto de indiferença e hostilidade, de que sofrem os bairros populares, agrava-se quando a violência se espalha e as organizações criminosas, ao serviço de interesses económicos ou políticos, utilizam crianças e jovens como «carne de canhão» para os seus negócios ensanguentados. Conheço também os sofrimentos das mulheres que lutam heroicamente para proteger os seus filhos e filhas destes perigos. Peço a Deus que as autoridades assumam juntamente convosco o caminho da inclusão social, da educação, do desporto, da acção comunitária e da tutela das famílias, porque esta é a única garantia duma paz justa, verdadeira e duradoura.

Estas realidades, que enumerei, não são uma combinação casual de problemas isolados. São, antes, uma consequência de novas formas de colonialismo que pretendem que os países africanos sejam «peças de um mecanismo, partes de uma engrenagem gigantesca» (JOÃO PAULO II, Ecclesia in Africa, 52). Na realidade, não faltam pressões para que se adoptem políticas de descarte, como a da redução da natalidade que pretende «legitimar o modelo distributivo actual, no qual uma minoria se julga com o direito de consumir numa proporção que seria impossível generalizar» (Laudato si’, 50).

Neste sentido, proponho que se retome a ideia duma respeitosa integração urbana. Nem erradicação nem paternalismo, nem indiferença nem mero confinamento. Precisamos de cidades integradas e para todos. Precisamos de ir além da mera proclamação de direitos que, na prática, não são respeitados, e promover acções sistemáticas que melhorem o habitat popular e projectar novas urbanizações de qualidade para acolher as futuras gerações. A dívida social, a dívida ambiental para com os pobres das cidades paga-se tornando efectivo o direito sagrado aos «três T»: terra, tecto e trabalho. Não é filantropia, é um dever de todos.

Quero apelar a todos os cristãos, especialmente aos Pastores, para que renovem o impulso missionário, tomem iniciativa contra tantas injustiças, envolvam-se nos problemas dos vizinhos, acompanhem-nos nas suas lutas, salvaguardem os frutos do seu trabalho comunitário e celebrem juntos cada vitória pequena ou grande. Sei que já fazeis muito, mas peço-vos para recordardes que não é uma tarefa mais, mas é talvez a mais importante, porque «os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho» (BENTO XVI, Encontro com o Episcopado Brasileiro, Catedral de São Paulo/Brasil, 11 de Maio de 2007, 3).

Queridos vizinhos, queridos irmãos! Rezemos, trabalhemos, comprometamo-nos juntos para que cada família tenha um tecto digno, tenha acesso a água potável, tenha um banheiro, tenha energia segura para iluminar, cozinhar e melhorar as suas casas... para que todo o bairro tenha estradas, praças, escolas, hospitais, espaços desportivos, recreativos e artísticos; para que os serviços básicos cheguem a cada um de vós; para que sejam ouvidas as vossas reclamações e o vosso grito por melhores oportunidades; para que todos possais gozar da paz e segurança que mereceis de acordo com a vossa dignidade humana infinita.

Mungu awabariki [Deus vos abençoe].
E peço, por favor, que não vos esqueçais de rezar por mim.

Impossível não ter fé

Tornou-se já uma expressão comum a de que a Europa e, genericamente a sociedade ocidental, procura viver «como se Deus não existisse», expressão usada até em vários documentos pontifícios. Isso é evidente, por exemplo, na recusa do nome de Deus nos projectos de Constituição europeia, mas sobretudo no ensino e na legislação da família, em que se excluem critérios morais cristãos, como atentatórios da liberdade individual.

Também é verdade, no entanto, o contrário: os próprios ateus, ou agnósticos, vivem «como se Deus existisse». Por uma razão muito simples: não é possível a ninguém viver doutro modo, nem doutro modo pensar com coerência.

Ainda hoje lia um artigo no qual o autor negava o carácter científico do criacionismo (e não falava só do criacionismo «americano», que nega a evolução), pela «irracionalidade» de vermos causas e efeitos em simples coincidências do acaso. Mas a ciência procede exactamente desse modo: extraindo «leis» de acontecimentos repetitivos, pelo princípio de causa e efeito, e até de «finalidade», isto é, pela certeza de que existe uma ordem racional no universo, que a nossa inteligência consegue captar, e que tudo tem um sentido, um fim, um objectivo.

Mas onde melhor se vê que é impossível (embora se «procure») viver como se Deus não existisse, é na ordem dos «valores». Se não houvesse Deus, se tudo fosse um «acaso», não haveria mal nem bem, verdade ou erro, deveres nem direitos. Quem no-los impunha? E ninguém consegue viver assim. Os mais confessos e convictos ateus e agnósticos prezam-se de honestidade, criticam quem procede «mal», invocam as «grandes palavras»: dignidade, justiça, solidariedade, igualdade, etc. Que sentido teria isso, se o mundo fosse «uma história de doidos contada por um idiota»? Não conseguem imaginar sequer o que seria a sua vida, se não cressem (solapadamente) em Deus! Afinal, vivem de valores «emprestados»...

O próprio «acaso» é uma noção curiosa: um acaso que fizesse um mundo tão ordenado, inteligente, grandioso, belíssimo, riquíssimo, seria um «Acaso», com maiúscula, omnipotente e sapientíssimo, isto é, seria outro nome de Deus. E, se esse «Acaso» foi capaz de gerar seres pessoais, conscientes, livres, terá de ser Ele mesmo pessoalíssimo, conscientíssimo, libérrimo. Pois nada de puramente material, químico-físico, poderia dar origem à auto-consciência que nos caracteriza e distingue da simples matéria.

Por isso, lamento imenso que muita gente pretenda enganar-se a si mesma, negando com palavras o que confessa com a vida.

A experiência diz ainda que nos países de tradição cristã, ninguém consegue viver como se Jesus Cristo não existisse. Todos esses valores que invocam (paradoxalmente) os ateus e agnósticos radicam no Evangelho. É curioso notar que o fenómeno cultural do ateísmo e do agnosticismo é um fenómeno exclusivo do Cristianismo. Foi no Ocidente cristão que ele se formulou e daqui se estendeu. A razão é simples: uma vez que se recebeu da Igreja a noção de Deus, já não é possível mudar para outra noção melhor. A única maneira «lógica» de nos afastarmos de Deus tal como a Igreja O apresenta é a de negarmos a própria existência de Deus; não podemos substituí-la por nenhuma outra noção mais perfeita.

Nesse artigo citado, lá se volta a contrapor a superioridade da ciência à visão «infantil» ou «mágica» do «povinho», como se milhões de adultos não albergassem idêntica aspiração à transcendência e não tivessem mesmo alcançado e elaborado profundamente essas verdades fundamentais sobre o mundo e a vida, que até uma criança exige - e compreende. É, de facto, irritante para muitos «intelectuais» verificar que a gente «simples», o simples «povinho» tem aspirações mais exigentes, mais racionais, mais metafísicas, do que eles, não desistindo de perceber este mundo e a sua própria existência.

A grande fraqueza de muitos «intelectuais» é precisamente a capacidade de viverem mentalmente num mundo abstracto, virtual, imaginário, inclusivamente absurdo. Mentalmente, digo, porque, na vida real, prática, procedem como toda a gente, num mundo de causas e efeitos, racional, com valores, com sentido, com finalidade, com deveres de consciência, etc. Com Deus. Porque se pode viver com fraquezas, mas não se pode viver de contradições.

E a sua fé vai ao ponto de acreditarem na «ressurreição da carne»: senão, que sentido teria o respeito pelo corpo, ainda que morto e apodrecido? Porque não atiram os cadáveres a uma fossa qualquer, de preferência asséptica? Os médicos mais endurecidos tratam dos velhotes mais degradados com uns cuidados só dignos de algo sagrado... E, se esses corpos são de entes queridos, então não se diga!

Enfim, a experiência diz-nos que anda meio mundo a fingir que não crê, embora o finja «convictamente»... até chegar a hora em que, como dizia Köestler, «o metafísico se torna real». E nessa altura, que consolo para eles ter alguém a rezar à cabeceira! O perigo está em habituar-se de tal modo a viver como quem não crê, que mesmo nessa hora se continue a representar o papel escolhido no teatro da vida - e que, no fundo, na prática, nunca se tomou a sério.

- «Sabe, nós, os intelectuais, não sabemos bem o que fazer quando temos de enfrentar a realidade...», ouvimos um dia a um conhecido intelectual, crente por sinal, pouco antes de falecer.

Mas a realidade acaba por se impor, queiramos ou não. E nessa altura a fé, que se julgava perdida, rebrota habitualmente, graças a Deus, como o despertar de um sonho. De um mau sonho.

Hugo de Azevedo

CHAMASTE-ME, SENHOR?

Chamaste-me, Senhor?


Pareceu-me ouvir a tua voz
vinda de dentro de mim,
da mente, do coração,
do centro do amor e da paz,
da minha vida,
do meu eu,
onde Tu estás.

Chamaste-me, Senhor?

É que ouvi um sussurro,
num fugidio momento,
um canto, uma melodia,
um suspiro,
parecia levado p’lo vento,
tão repleto de alegria,
que respondo ao chamamento.

Chamaste-me, Senhor?

É que senti no coração
um amor tão grande e puro,
que logo me apercebi,
sendo eu assim tão impuro,
que esse amor feito oração,
só podia vir de Ti.

Chamaste-me, Senhor?

Aqui estou ajoelhado,
esperando que me levantes,
assim por Ti abraçado,
cheio da tua bondade,
abrindo-me todo a Ti,
para fazer a tua vontade.

Chamaste-me, Senhor?

Aqui estou!
Enche-me do teu amor,
e envia-me,
porque por Ti, Senhor,
eu vou!

Marinha Grande, 27 de Novembro de 2014

Joaquim Mexia Alves
http://queeaverdade.blogspot.pt/2014/11/chamaste-me-senhor.html

«Conhecereis que o Reino de Deus está próximo»

Bem-aventurado Guerric d'Igny (v. 1080-1157), abade cistercense 
1º sermão para o Advento; PL 185,11

«Aguardamos o Salvador» (liturgia latina; cf. Fl 3,20). Na verdade, é feliz a espera dos justos, daqueles que aguardam «a esperança bendita e o advento na glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo» (Tt 2,13). «Qual é a minha esperança, diz o justo, não é o Senhor?» (Sl 38,8) Depois, volta-se para Ele e exclama: «Eu sei: Tu não desiludirás a minha espera (Sl 118,116). De facto, o meu ser já está perto de Ti, porque a nossa natureza, assumida por Ti e oferecida por nós, já foi glorificada em Ti. O que nos dá a esperança de que 'toda a carne virá a Ti' (Sl 64,3) [...]».

No entanto, é com uma confiança ainda maior que esperam o Senhor aqueles que podem dizer: «O meu ser está perto de Ti, Senhor, pois entreguei-Te todas as minhas riquezas; ao largá-las por Ti, 'juntei um tesouro no Céu' (Mt 6,20). Já depositei todos os meus bens a Teus pés: e sei [...] que mos devolverás 'cem vezes mais e ainda a vida eterna'» (Mc 10,30). Vós, que sois pobres de espírito, sois bem-aventurados! (Mt 5,3) [...] Porque o Senhor disse: «Onde estiver o teu tesouro, estará também o teu coração» (Mt 6,21). Que os vossos corações O sigam, que sigam o Seu Coração! Fixai o vosso pensamento lá no alto, e que a vossa espera esteja suspensa de Deus, para poderdes dizer como o Apóstolo Paulo: «A nossa vida está nos Céus; é de lá que aguardamos o Salvador» (Fl 3,20).

O Evangelho do dia 27 de novembro de 2015

Acrescentou esta comparação: «Vede a figueira e todas as árvores. Quando começam a desabrochar, conheceis que está perto o Verão. Assim, também, quando virdes que acontecem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas se cumpram. Passará o céu e a terra, mas as Minhas palavras não hão-de passar.

Lc 21, 29-33