segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Amontoar para si ou ser rico em relação a Deus?

Concílio Vaticano II 
Constituição sobre a Igreja no Mundo Atual «Gaudium et spes», §§ 88-90


Os cristãos cooperem de bom grado e de todo o coração na construção da ordem internacional com verdadeiro respeito pelas liberdades legítimas e na amigável fraternidade de todos; e tanto mais quanto é verdade que a maior parte do mundo ainda sofre tantas necessidades, de maneira que, nos pobres, o próprio Cristo como que apela em alta voz para a caridade dos Seus discípulos. Não se dê aos homens o escândalo de haver algumas nações, geralmente de maioria cristã, na abundância, enquanto outras não têm sequer o necessário para viver e são atormentadas pela fome, pela doença e por toda a espécie de misérias. Pois o espírito de pobreza e de caridade é a glória e o testemunho da Igreja de Cristo. São, por isso, de louvar e devem ser ajudados os cristãos, sobretudo jovens, que se oferecem espontaneamente para ir em ajuda dos outros homens e povos. [...]

É, portanto, absolutamente necessário que a Igreja esteja presente na comunidade das nações, para fomentar e estimular a cooperação entre os homens; tanto por meio das suas instituições públicas como graças à inteira e sincera colaboração de todos os cristãos. [...] Dedique-se especial cuidado em formar neste ponto a juventude, tanto na educação religiosa como na cívica.

Finalmente, é de desejar que os católicos, para bem cumprirem a sua missão na comunidade internacional, procurem cooperar ativa e positivamente, quer com os irmãos separados que com eles professam a caridade evangélica, quer com todos os homens que anelam verdadeiramente pela paz.

O Evangelho do dia 19 de outubro de 2015

Então disse-Lhe alguém da multidão: «Mestre, diz a meu irmão que me dê a minha parte da herança». Jesus respondeu-lhe: «Meu amigo, quem Me constituiu juiz ou árbitro entre vós?». Depois disse-lhes: «Guardai-vos cuidadosamente de toda a avareza, porque a vida de cada um, ainda que esteja na abundância, não depende dos bens que possui». Sobre isto propôs-lhes esta parábola: «Os campos de um homem rico tinham dado abundantes frutos. Ele andava a discorrer consigo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? Depois disse: Farei isto: Demolirei os meus celeiros, fá-los-ei maiores e neles recolherei o meu trigo e os meus bens, e direi à minha alma: Ó alma, tu tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus disse-lhe: Néscio, esta noite virão demandar-te a tua alma; e as coisas que juntaste, para quem serão? Assim é o que entesoura para si e não é rico perante Deus».

Lc 12, 13-21