quinta-feira, 15 de outubro de 2015

RESPOSTAS DE JOVENS CASAIS CATÓLICOS

No artigo publicado no passado dia 14 de Outubro de 2014, o jornal I AQUI quis saber como vivem e pensam os jovens casais católicos de hoje. Para ajudar a cumprir o propósito do artigo, vimos por este meio apresentar-nos: somos jovens casais católicos de hoje, unidos pelo Sacramento do Matrimónio, fiéis à doutrina da Igreja. Passamos a explicar:

1) Somos casais, homem e mulher, baptizados , que aderiram a Cristo por Amor, em total liberdade. E esta adesão é completa porque, para nós, Amar implica uma experiência de entrega total, sem reservas ou limites: por isso frequentamos regularmente os Sacramentos e participamos activamente das comunidades e Movimentos a que pertencemos.

2) Entendendo o Amor como a nossa vocação, ou seja, aquilo para que fomos chamados, e tendo como exemplo máximo Cristo que morreu por nós na Cruz, para nós o Sacramento do Matrimónio não pode significar uma entrega menor que esta. Por isso, com Deus, tornamo-nos um só, uma só carne, até que a morte nos separe.

3) Sabemos que a sexualidade é parte integrante do nosso corpo e que, tal como ele, é boa e foi criada por Deus. Sabemos que não temos um corpo, mas que somos um corpo, e o sexo para nós só faz sentido se corresponder a uma entrega total por amor: livre, aberto a todas as suas consequências, sem reservas, uma experiência de comunhão total entre 2 pessoas. Menos do que isto não queremos.

Trocado por miúdos, dispensamos as pílulas, os preservativos e tudo o que poderia distorcer esta união livre. Não queremos ser objectos sexuais, queremos amar e ser amados. E não queremos excluir Deus desta parte da nossa vida. Para nós, o sexo tem tanto de humano como de divino. Os casais católicos de hoje são sem dúvida muito exigentes neste assunto.

4) Sim, estamos abertos à procriação, porque consideramos que a Vida é um dom. Os filhos são os frutos do nosso amor e não faria sentido negá-los, adiá-los ou planeá-los com a leveza de quem projecta umas férias ou a compra de uma casa. Viver assim, em generosidade, traz-nos uma alegria imensa. Mas sabemos que as circunstâncias da vida nem sempre são fáceis. E por essa razão procuramos conhecer o nosso corpo, estudar em casal a fertilidade da mulher, e os métodos naturais que melhor se adaptarem a nós nessas alturas difíceis. Mas a generosidade mantém-se. Os bebés, para nós, nunca são persona non grata.

5) Por último, era bom que fosse, mas nada disto veio da nossa cabeça. Veio do Novo Testamento, das encíclicas dos Papas (Humanae Vitae, Familiaris Consortio, ...), das catequeses do Papa João Paulo II que deram origem à Teologia do Corpo, e do próprio Catecismo, que estabelece inequivocamente, apesar de V.Exas. não terem publicado no fim do artigo, que: "a sexualidade é fonte de alegria e de prazer. (...) foi o próprio Criador quem estabeleceu que, nesta função, os esposos experimentassem prazer e satisfação do corpo e do espírito."

Serve esta carta aberta para dar testemunho real de casais jovens que vivem de acordo com aquilo que a Igreja lhes pede. Não faz sentido querer fazer uma entrevista a um maratonista e para tal inquirir uma pessoa que faz jogging aos sábados de manhã.

Queremos dizer que é possível e que desejamos que todos os casais sejam tão felizes como nós somos, apesar das dificuldades que possam surgir.

Pelos inúmeros casais católicos de hoje, (idades há um ano)
Catarina e Miguel Nicolau Campos, 25 e 31 anos
Sofia e José Maria Duque, 27 e 29 anos
Margarida e Bernardo Oom Sacadura, 24 e 26 anos
Maria Ana e Luís Mascarenhas Gaivão, 26 e 33 anos
Maria do Carmo e Simão Pedro Silveira Botelho, 25 e 26 anos
Joana e Tiago Rodrigues, 29 e 31 anos
Mariana e Stanislaw Biela, 32 anos
Maria e Nuno Rodrigues, 30 anos
Carolina e Rafael Souza-Falcão, 24 e 30 anos
Catarina e Hugo Lopes, 25 e 31 anos

«Os doutores da Lei e os fariseus começaram a pressioná-Lo fortemente»

Balduíno de Ford (? - c. 1190), abade cisterciense, depois bispo
O sacramento do altar, II,1; SC 93

Os que derramaram o sangue de Cristo não o fizeram para apagar os pecados do mundo. [...] Mas, inconscientemente, serviram o plano de salvação. A salvação do mundo, que se seguiu, não se realizou, nem pelo seu poder, nem pela sua vontade, nem pela sua intenção, nem pelo seu acto, mas veio do poder, da vontade, da intenção, do acto de Deus. Nesta efusão de sangue, com efeito, o ódio dos perseguidores não era só à obra, mas também ao amor do Salvador. O ódio fez o seu trabalho de ódio, o amor fez a sua obra de amor. Não foi o ódio, mas o amor que realizou a salvação.

Ao derramar o sangue de Cristo, o ódio derramou-se a si próprio, «a fim de se revelarem os pensamentos de muitos corações» (Lc 2,35). Também o amor, ao verter o sangue de Cristo, se verteu a si próprio, para que o homem soubesse como Deus o amava: «não poupou o próprio Filho» (Rom 8,32); «porque Deus amou tanto o mundo que lhe deu o Seu Filho único» (Jo 3,16). 

Este Filho único foi oferecido, não porque os Seus inimigos prevaleceram, mas porque Ele próprio o quis. «Amou os seus e amou-os até ao fim» (Jo 13,1). O fim é a morte, aceite por aqueles que ama: eis o fim de toda a perfeição, o fim do amor perfeito. «Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos» (Jo 15,13).

O Evangelho do dia 15 de outubro de 2015

Ai de vós, que edificais sepulcros aos profetas, e foram vossos pais que lhes deram a morte! Assim dais a conhecer que aprovais as obras de vossos pais; porque eles os mataram, e vós edificais os seus sepulcros. Por isso disse a sabedoria de Deus: Mandar-lhes-ei profetas e apóstolos, e eles darão a morte a uns e perseguirão outros, para que a esta geração se peça conta do sangue de todos os profetas, derramado desde o princípio do mundo, desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o templo. Sim, Eu vos digo que será pedida conta disto a esta geração. Ai de vós, doutores da lei, que usurpastes a chave da ciência, e nem entrastes vós, nem deixastes entrar os que queriam entrar!». Dizendo-lhes estas coisas, os fariseus e doutores da lei começaram a insistir fortemente e a importuná-Lo com muitas perguntas, armando-Lhe ciladas, e buscando ocasião de Lhe apanharem alguma palavra da boca para O acusarem.

Lc 11, 47-54