quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: Concluímos as reflexões sobre a família hoje, nas vésperas do Encontro Mundial das famílias em Filadélfia e do Sínodo dos Bispos aqui em Roma, dois acontecimentos que darão nova luz à dimensão universal desta comunidade humana fundamental e insubstituível que é a família. Frente à mentalidade materialista que impera sobre a humanidade, é preciso promover uma nova aliança entre o homem e a mulher que possa orientar a política, a economia e a convivência civil. Deus confiou à família o projeto de tornar «doméstico» o mundo. Assim que tudo o que acontece entre o homem e a mulher deixa marcas na criação; em concreto, o pecado original – a rejeição à bênção de Deus – deixou o mundo doente. Mas, Deus nunca abandonou o homem; no livro do Gênesis, a promessa feita à mulher parece garantir a cada nova geração uma bênção especial para defender-se do maligno. Além disso, antes de expulsar os primeiros pais do Paraíso, Deus prepara-lhes túnicas de peles, um sinal da sua ternura que chegará à plenitude com a vinda de Jesus. Com isso, podemos ter a certeza de que cada família é uma bênção para o mundo, até ao final da história.

Santo Padre:
Saluto i pellegrini di lingua portoghese presenti in questa Udienza, e tramite ognuno di voi, saluto tutte le famiglie dei vostri Paesi! Rivolgo un saluto particolare ai membri della Fondazione Fede e Cooperazione di Portogallo e ai gruppi di brasiliani. Lasciatevi guidare dalla tenerezza divina, perché possiate trasformare il mondo con la vostra fede. Dio vi benedica.

Locutor: Saúdo a os peregrinos de língua portuguesa presentes nesta audiência, e através de cada um de vós, saúdo a todas as famílias dos vossos Países. Dirijo uma saudação particular aos membros da Fundação «Fé e Cooperação» de Portugal e aos grupos de brasileiros. Deixa-vos guiar pela ternura divina, para que possais transformar o mundo com a vossa fé. Deus vos abençoe.

A ignorância dos que não se convertem

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense e Doutor da Igreja
Sermão 38 sobre o Cântico dos Cânticos

O apóstolo Paulo diz: «Alguns de vós mostram que não conhecem a Deus» (1Cor 15, 34). Por mim, digo que partilham dessa ignorância todos os que não se querem converter a Deus, visto que recusam converter-se simplesmente porque O imaginam solene e severo, a este Deus que é todo doçura; fazem-No duro e implacável, quando Ele é só misericórdia; crêem violento e terrível Aquele que deseja apenas a nossa adoração. Assim, o ímpio a si mesmo se engana fabricando um ídolo em vez de conhecer a Deus tal como Ele é.

Que temem essas pessoas de pouca fé? Que Deus não lhes queira perdoar os pecados? Pois se Ele os cravou na cruz, nas Suas próprias mãos. Então porque receiam? Por serem fracos e vulneráveis? Ele sabe bem de que barro nos fez! Então de que têm medo? De estar demasiados habituados ao mal para conseguirem quebrar as cadeias do vício? O Senhor liberta os prisioneiros [Sl 146 (145), 7]. Receiam então que Deus, irritado devido à infinidade dos seus erros, hesite em lhes estender a mão para os socorrer? No entanto, onde aumentou o pecado superabundou a graça (Rom 5, 20). Ou será ainda a inquietação quanto ao que vestir, ao que comer e às outras necessidades da sua vida que os impede de se despojarem dos seus bens? Deus sabe que temos necessidade de tudo isso (Mt 6, 32). Que mais querem? Que mais lhes serve de obstáculo à salvação? O facto de não conhecerem a Deus e de não acreditarem no que lhes dizemos. Então, que se fiem na experiência de outros.

O Evangelho do dia 16 de setembro de 2015

«A quem, pois, compararei os homens desta geração? A quem são semelhantes? São semelhantes a essas crianças que estão sentadas na praça, e que falam umas para as outras, dizendo: Tocámos flauta e vós não dançastes; entoámos música triste, e não chorastes. Porque veio João Batista, que não come pão nem bebe vinho, e dizeis: está possesso do demónio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: eis um glutão e um bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores. Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos».

Lc 7, 31-35