quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: Na vida da família, além das horas de trabalho e dos momentos de festa, há também o tempo da oração. Sabemos como o tempo é sempre pouco; nunca chega para tudo. É frequente ouvir este lamento: «Devia rezar mais…, mas não tenho tempo». Quem tem uma família, aprende a resolver uma equação que nem os grandes matemáticos conseguem: dentro das vinte e quatro horas do dia, fazem entrar o dobro. Há pais e mães que merecem o Prémio Nobel por isso! O segredo está no afecto que provam pelos seus. Daí a pergunta: Pensamos em Deus apenas como um Ser imenso, o Omnipotente que tudo criou, o Juiz que tudo vê e controla? Ou vemos Deus como uma carícia que nos dá e mantém a vida, uma carícia da qual nem a morte nos pode separar. Só neste caso nos sentimos felizes, senão mesmo confusos, porque Deus pensa em nós e nos ama. Um coração possuído pelo afecto de Deus é capaz de tornar oração até um pensamento sem palavras, uma invocação diante duma Imagem sacra, um beijo para Jesus na Igreja. É belo ver as mães ensinando aos filhos pequeninos a mandar um beijo a Jesus ou à sua Mãe bendita. Está aqui o espírito da oração, que nos leva a arranjar tempo para Deus, fazendo-nos sair da obsessão duma vida onde sempre falta tempo, para encontrar a paz das coisas necessárias. E a coisa verdadeiramente essencial, a «parte melhor» do tempo é aquela em que se escuta o Senhor, como fez Maria de Betânia. O Evangelho, lido e meditado em família, é como um pãozinho bom que nutre o coração de todos.

Santo Padre:
Carissimi pellegrini di lingua portoghese, benvenuti! Saluto cordialmente i fedeli presenti delle diverse parrocchie del Portogallo e il gruppo dei nuovi studenti del Collegio Pio Brasiliano. Il Signore vi benedica, perché siate dovunque per tutti faro di luce del Vangelo. Possa questo pellegrinaggio rinvigorire nei vostri cuori il sentire e il vivere con la Chiesa. La Madonna accompagni e protegga voi tutti e i vostri cari!

Locutor: Queridos peregrinos de língua portuguesa, bem-vindos! Saúdo cordialmente os fiéis presentes das diversas paróquias de Portugal e o grupo dos novos estudantes do Colégio Pio Brasileiro. O Senhor vos abençoe, para serdes em toda a parte farol de luz do Evangelho para todos. Possa esta peregrinação fortalecer nos vossos corações o sentir e o viver com a Igreja. Nossa Senhora acompanhe e proteja a vós todos e aos vossos entes queridos.

Sofrimento

«Se um homem, se torna participante dos sofrimentos de Cristo, isso acontece porque Cristo abriu o seu sofrimento ao homem, porque Ele próprio, no seu sofrimento redentor, se tornou, num certo sentido, participante de todos os sofrimentos humanos. Ao descobrir, pela fé, o sofrimento redentor de Cristo, o homem descobre nele, ao mesmo tempo, os próprios sofrimentos, reencontra-os, mediante a fé, enriquecidos de um novo conteúdo e com um novo significado».

(São João Paulo II - Salvifici doloris, nº 20)

«Com Cristo estou cravado na Cruz; e já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. E, enquanto eu vivo a vida mortal, vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim»

(S. Paulo - Gálatas 2,20)

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!

+ Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué (Manresa, Barcelona, Espanha)

Hoje, assim como nos dias anteriores e nos que seguiram, contemplamos Jesus fora de si, condenando atitudes incompatíveis com um viver digno, não somente cristão, mas também humano: «Por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça» (Mt 23,28). Vem confirmar que a sinceridade, a honestidade, a lealdade, a nobreza..., são virtudes amadas por Deus, e também, muito valorizadas pelo homem.

Para evitar, portanto, a hipocrisia, devo ser muito sincero. Em primeiro lugar com Deus, porque me quer limpo de coração, e que eu deteste toda mentira por ser Ele totalmente puro, a Verdade absoluta. Em segundo lugar, comigo mesmo, para não ser eu o primeiro a ser enganado, expondo-me a cometer um pecado contra o Espírito Santo por não reconhecer meus próprios pecados nem deixá-los de manifestar claramente no sacramento da Penitência, ou por não confiar suficientemente em Deus, que nunca condena quem faz como o filho pródigo, nem perde ninguém por ser um pecador, mas por não reconhecer-se como tal. Em terceiro lugar, com os outros, já que também — como a Jesus — a todos coloca fora de si, a mentira, o engano, a falta de sinceridade, de honradez, de lealdade, de nobreza..., e, por isso mesmo, havemos de nos aplicar o princípio: «O que não quer para você, não o deseje para ninguém».

Essas três atitudes — que são do senso comum — as temos que tornar nossas para evitar cair na hipocrisia, e devemos tomar consciência da necessidade da graça santificante, por causa do pecado original provocada pelo “pai da mentira”: o diabo. Por isso levaremos em conta o conselho de São Josemaría: «Na hora da prova, ide prevenido contra o demónio mudo»; teremos também presente a Origines, que diz: «Uma falsa santidade jaz morta, porque não trabalha movida por Deus», e nós nos regeremos sempre, pelo princípio elementar e simples proposto por Jesus: «Seja o vosso ‘sim, sim ’; e o vosso ‘não, não’» (Mt 5,37).

Maria não se esvai em palavras, mas o seu sim ao bem, à graça, foi único e verdadeiro; seu não ao mal, ao pecado, foi rotundo e sincero.

(Fonte: Evangeli.net)

O Evangelho do dia 26 de agosto de 2015

«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que sois semelhantes aos sepulcros branqueados, que por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a espécie de podridão! Assim também vós por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniquidade. «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que edificais os sepulcros dos profetas e adornais os túmulos dos justos, e dizeis: “Se nós tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no derramamento do sangue dos profetas!”. Assim dais testemunho contra vós mesmos de que sois filhos daqueles que mataram os profetas, e acabais de encher a medida de vossos pais.

Mt 23, 27-32