No dia 15 de Agosto a Igreja celebra a festa da Assunção de Nossa Senhora. "Pensa em Santa Maria, a cheia de graça, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo: no seu Coração cabe a humanidade inteira sem diferenças nem discriminações. Cada um é seu filho, ou sua filha."(Sulco, 801)
Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu. E os Anjos rejubilam!
Assim canta a Igreja. E é assim, com este clamor de regozijo, que começamos a contemplação, desta dezena do Santo Rosário.
Adormeceu a Mãe de Deus. Em volta do seu leito encontram-se os doze Apóstolos.
Matias substituiu Judas.
E nós, por graça que todos respeitam, estamos também a seu lado.
Mas Jesus quer ter Sua Mãe, em corpo e alma, na Glória. E a Corte celestial ostenta todo o seu esplendor, para receber a Senhora. Tu e eu crianças, afinal pegamos na cauda do esplêndido manto azul da Virgem e assim podemos contemplar aquela maravilha.
A Trindade Santíssima recebe e cumula de honras a Filha, Mãe e Esposa de Deus... E é tamanha a majestade da Senhora, que os Anjos perguntam Quem é esta? (Santo Rosário, 14)
Assumpta est Maria, in coelum, gaudent angeli. Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para os Céus. Há alegria entre os anjos e os homens. Qual a razão desta satisfação íntima que descobrimos hoje, com o coração que parece querer saltar dentro do peito e a alma cheia de paz?. Celebramos a glorificação da nossa Mãe e é natural que nós, seus filhos, sintamos um júbilo especial ao ver como é honrada pela Trindade Beatíssima.
Cristo, seu Filho Santíssimo, nosso irmão, deu-no-la por Mãe no Calvário, quando disse a S. João: eis aqui a tua Mãe. E nós recebêmo-la, com o discípulo amado, naquele momento de imenso desconsolo. Santa Maria acolheu-nos na dor, quando se cumpriu a antiga profecia: e uma espada trespassará a tua alma. Todos somos seus filhos; ela é Mãe de toda a Humanidade. E agora, a Humanidade comemora a sua inefável Assunção: Maria sobe aos céus, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo. Mais do que Ela, só Deus. (Cristo que passa, 171)
A festa da Assunção de Nossa Senhora apresenta-nos a realidade dessa feliz esperança. Somos ainda peregrinos, mas a Nossa Mãe precedeu-nos e aponta-nos já o termo do caminho. Repete-nos que é possível lá chegar e que, se formos fiéis, lá chegaremos, pois a Santíssima Virgem não é só nosso exemplo, mas também auxílio dos cristãos. E perante a nossa petição Monstra te esse Matrem, mostra que és Mãe não pode nem quer negar-se a cuidar dos seus filhos com solicitude maternal. (Cristo que passa, 177)
Quando se dá a debandada dos Apóstolos, e o povo enraivecido rasga as gargantas em ódio a Cristo, Santa Maria segue de perto o seu Filho pelas ruas de Jerusalém. Não a arreda o clamor da multidão, nem deixa de acompanhar o Redentor enquanto todos os do cortejo, no anonimato, se fazem covardemente valentes para maltratar Cristo.
Invoca-a com força «Virgo fidelis!», Virgem fiel! e roga-lhe que os que nos dizemos amigos de Deus o sejamos deveras e a toda a hora. (Sulco, 51)
São Josemaría Escrivá