quarta-feira, 27 de maio de 2015

Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: A aliança de amor para toda a vida entre um homem e uma mulher não se improvisa; aprende-se, aperfeiçoa-se. O noivado é o tempo de conhecimento recíproco e de partilha de um projecto. Aos poucos, o homem aprende o que é a mulher, aprendendo esta mulher concreta; e a mulher aprende o que é o homem, aprendendo este homem concreto. Não se desvalorize a importância desta aprendizagem! Muitos casais dão-se conta, nos Cursos de Preparação para o Matrimónio, que, apesar de ambos se encontrarem há muito tempo ou até conviverem, na verdade não se conhecem. Limitam-se a ler as coordenadas sentimentais, que os deixam baralhados. O noivado põe à prova a vontade de guardar algo que nunca deverá ser comprado ou vendido, atraiçoado ou abandonado por mais atraente que possa ser a contra-oferta. Hoje, felizmente, a maioria dos jovens no mundo pode casar-se por livre decisão das suas vontades, que se põem de acordo para fazer de duas vidas uma vida só. Isto é um milagre da liberdade e do coração, confiado à fé. Por isso, o noivado deve ser valorizado como um tempo de iniciação à descoberta dos dons com que o Senhor enriquece o horizonte da nova família que se dispõe a viver na sua bênção.

Santo Padre:
Con grande affetto saluto i pellegrini di lingua portoghese, in particolare i fedeli della Cattedrale di Bragança do Pará e gli altri gruppi del Brasile, augurando a voi tutti di rendervi sempre conto di quanto la vita sia un dono meraviglioso. Vegli sul vostro cammino la Vergine Maria e vi aiuti ad essere segno di fiducia e di speranza in mezzo ai vostri fratelli. Su di voi e sulle vostre famiglie scenda la Benedizione di Dio.

Locutor: Com grande afecto, saúdo os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis da Catedral de Bragança do Pará e demais grupos do Brasil, com votos de que possais vós todos dar-vos sempre conta do dom maravilhoso que é a vida. Vele sobre o vosso caminho a Virgem Maria e vos ajude a ser sinal de confiança e esperança no meio dos vossos irmãos. Sobre vós e vossas famílias desça a Bênção de Deus.

«O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida»

São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja 
Homilia contra o anomeanismo

Ao cobiçar os primeiros lugares, os mais altos cargos e as honras mais elevadas, os dois irmãos, Tiago e João, queriam, na minha opinião, ter autoridade sobre os outros. É por isso que Jesus Se opõe à sua pretensão deles, e põe a nu os seus pensamentos secretos dizendo-lhes: «Quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos.» Por outras palavras: «Se ambicionais o primeiro lugar e as maiores honras, procurai o último lugar, aplicai-vos a tornar-vos os mais simples, os mais humildes e os mais pequenos de todos. Colocai-vos atrás dos outros. Tal é a virtude que vos trará a honra a que aspirais. Tendes junto a vós um exemplo notável: «Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate por todos» (Mc 10,45). Eis como obtereis glória e celebridade. Olhai para Mim: Eu não procuro honras nem glória e, no entanto, o bem que faço é infinito.»

Bem sabemos que, antes da Incarnação de Cristo e da Sua vinda a este mundo, tudo estava perdido e corrompido; mas, depois de Ele Se ter humilhado, tudo restabeleceu. Aboliu a maldição, destruiu a morte, abriu o paraíso, acabou com o pecado, escancarou as portas do céu para levar para lá as primícias da nossa humanidade. Propagou a fé em todo o mundo. Expulsou o erro e restabeleceu a verdade. Fez subir a um trono real as primícias da nossa natureza. Cristo é o autor de bens infinitamente numerosos, que nem a minha palavra nem nenhuma palavra humana poderiam descrever. Antes da Sua vinda a este mundo só os anjos O conheciam; mas, depois de Ele Se ter humilhado, toda a raça humana O reconheceu.

O Evangelho do dia 27 de maio de 2015

Iam em viagem para subir a Jerusalém; Jesus ia diante deles. E iam perturbados e seguiam-n'O com medo. Tomando novamente à parte os doze, começou a dizer-lhes o que tinha de Lhe acontecer: «Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas; eles O condenarão à morte e O entregarão aos gentios; e O escarnecerão, Lhe cuspirão, O açoitarão, e Lhe tirarão a vida. Mas ao terceiro dia ressuscitará». Então aproximaram-se d'Ele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: «Mestre, queremos que nos concedas o que Te vamos pedir». Ele disse-lhes: «Que quereis que vos conceda?». Eles responderam: «Concede-nos que, na Tua glória, um de nós se sente à Tua direita e outro à Tua esquerda». Mas Jesus disse-lhes: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou beber, ou ser baptizados no baptismo com que Eu vou ser baptizado?». Eles disseram-Lhe: «Podemos». Jesus disse-lhes: «Efectivamente haveis de beber o cálice que Eu vou beber e haveis de ser baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado; mas, quanto a estardes sentados à Minha direita ou à Minha esquerda, não pertence a Mim concedê-lo, mas é para aqueles para quem está preparado». Ouvindo isto, os dez começaram a indignar-se com Tiago e João. Mas Jesus, chamando-os, disse-lhes: «Vós sabeis que aqueles que são reconhecidos como chefes das nações as dominam e que os seus príncipes têm poder sobre elas. Porém, entre vós não deve ser assim, mas o que quiser ser o maior, será o vosso servo, e o que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida para redenção de todos».

Mc 10, 32-45