sexta-feira, 15 de maio de 2015

«Eu hei-de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há-de alegrar-se»

Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona, (norte de África) e Doutor da Igreja

Diz o Senhor: «Dentro em pouco já não Me vereis e pouco depois voltareis a ver-Me» (Jo 16, 16). Aquilo a que Ele chama pouco é o nosso tempo atual, acerca do qual o evangelista João declara na sua epístola: «É a última hora» (1 Jo 2, 18). Esta promessa [...] diz respeito a toda a Igreja, como também esta outra promessa: «E Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20). O Senhor não tardará em cumprir a Sua promessa: dentro em pouco, vê-Lo-emos e deixaremos de ter súplicas a fazer-Lhe, perguntas a dirigir-Lhe, porque deixaremos de ter que desejar, de ter que procurar.

Este pouco parece-nos muito porque ainda está a decorrer; quando tiver terminado, perceberemos quão curto foi. Que a nossa alegria seja portanto diferente da do mundo, sobre a qual está dito: «O mundo há-de alegrar-se». Ao dar à luz este desejo, não sejamos sem alegria, mas como diz o apóstolo Paulo: «Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação» (Rom 12, 12). Porque a mulher que se prepara para dar à luz, com a qual no Senhor nos compara, rejubila muito mais com o filho que vai pôr no mundo do que se entristece com o sofrimento por que tem de passar.

O Evangelho do dia 15 de maio de 2015

Em verdade, em verdade vos digo que haveis de chorar e gemer, e o mundo se há-de alegrar; haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria. A mulher, quando dá à luz, está em sofrimento, porque chegou a sua hora, mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da sua aflição, pela alegria que sente de ter nascido um homem para o mundo. Vós, pois, também estais agora tristes, mas hei-de ver-vos de novo e o vosso coração se alegrará, e ninguém vos tirará a vossa alegria. Naquele dia, não Me interrogareis sobre nada. «Em verdade, em verdade vos digo que, se pedirdes a Meu Pai alguma coisa em Meu nome, Ele vo-la dará.

Jo 16, 20-23