segunda-feira, 27 de abril de 2015
Quanta hipocrisia e quanta crueldade!
Milhares de pessoas assinaram hoje uma petição lançada pela mãe de um menino filipino autista que pede ao Governo australiano que não o deporte do país.
Tyrone Sevilla, de dez anos, chegou legalmente à Austrália com a sua mãe, Maria Sevilla, quando tinha dois anos - a mãe é hoje enfermeira do hospital Queensland.
No entanto, o menino foi diagnosticado com autismo em 2008, uma condição que o Tribunal de Revisão de Migração disse representar um "custo significativo" para a comunidade australiana, rejeitando assim a extensão do visto da família, relatou a mãe à cadeia ABC.
Maria Sevilla, que garante pagar impostos e ter um seguro de saúde privado, encontra-se na Austrália com um visto de trabalho que expira hoje.
A família apresentou a petição, que conta com 120.000 assinaturas, no gabinete do ministro da Imigração, Peter Dutton, em Brisbane, esperando que o governante reconsidere a sua situação.
"A Austrália é a nossa casa, vivemos aqui há já quase oito anos e já fomos assimilados pela comunidade", afirmou Maria Sevilla, acrescentando que é o seu emprego na Austrália lhe permite cuidar do filho.
O menino não fala nenhum idioma filipino nem tem relações próximas com familiares nas Filipinas, já que os avós, tio, tia e primos vivem todos na Austrália.
Dutton disse que o departamento de imigração estava a preparar um relatório sobre o caso e que entretanto será emitido um visto temporário, que normalmente abrange um período de 28 dias, para mãe e filho.
Lusa/SOL http://www.sol.pt/noticia/388571
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Crise no Mediterrâneo. A história e a foto do herói grego na praia
Há uma imagem pungente que está a correr mundo. O rosto de Deligiorgis é a de todo um povo grego.
A fotografia mostra num só rosto todos os gregos e a ajuda que prestaram aos desesperados migrantes que deram à costa. E foram tratados como seres humanos, categoria que parece terem deixado de ter.
É uma imagem que representa duas coisas: desespero e valor. O desespero daqueles que se fazem ao mar e se amotinam num barco para deixar a morte para trás e tentar chegar à outra margem, que seria um futuro risonho e com menos dificuldades - e com a tão sonhada “liberdade”, pela qual havia pago 10 mil dólares.
E há o valor dos homens que os recebem nas suas praias do Sul da Europa e correm para os salvar de uma tragédia que parece certa.
Foi o que aconteceu a semana passada na Ilha de Rhodes. O sargento Antonis Deligiorgis não hesitou em segurar Wegasi Nebiat, de 24 anos, que tinha deixado a Eritreia, mas o seu barco tinha ficado curto e a meio do trajecto.
Theodora, a mulher de Deligiorgis, diz que tinham chegado ao porto para beber um café quando a tragédia deu à costa.
Deligiorgis trouxe 20 dos 93 migrantes para a costa, sozinho. “De início tinha os sapatos calçados, mas depois tirei-os”, disse ao telefone ao "Observer”. “A água estava cheia de óleo do barco [que se tinha desmantelado] e as rochas são muito afiadas. Cortei-me bastante na mão e num pé, mas só conseguia pensar em salvar aquelas pobres pessoas”.
Sobre Wegasi Nebiat, e a foto que está a correr o mundo, quando a colocou nos seus ombros, Deligiorgis contou que ao princípio teve problemas em levantá-la. “Mas depois, instintivamente, pu-la nos meus ombros”.
Deligiorgis não quer saber de heroísmo. Fez o que tinha a fazer como “humano e como homem”. Mas quando se lembra do momento que tirou Nebiat da água, admite algo que ficará para sempre com ele: “Nunca esquecerei a cara dela. Nunca”.
HINO (Breviário Hora Intermédia)
Já a Luz se levantou,
Deixando o Céu inundado
Com a glória e o triunfo
Do Senhor ressuscitado.
Alegram-se os corações
Dos homens, filhos de Deus,
E de novo os Anjos cantam:
Glória no alto dos Céus.
A semente que caíra
Sob a terra germinou:
Dono da vida e da morte,
O Senhor ressuscitou.
Treme o inferno já vencido
Pelo triunfo divino.
E a esperança ergue em nós
A alegria deste hino.
Renascidos pela graça,
De coração renovado,
Sejamos as testemunhas
De Cristo ressuscitado.
Louvor a Cristo Jesus
E a Deus Pai omnipotente
E ao Espírito Paráclito.
Glória a Deus eternamente!
Deixando o Céu inundado
Com a glória e o triunfo
Do Senhor ressuscitado.
Alegram-se os corações
Dos homens, filhos de Deus,
E de novo os Anjos cantam:
Glória no alto dos Céus.
A semente que caíra
Sob a terra germinou:
Dono da vida e da morte,
O Senhor ressuscitou.
Treme o inferno já vencido
Pelo triunfo divino.
E a esperança ergue em nós
A alegria deste hino.
Renascidos pela graça,
De coração renovado,
Sejamos as testemunhas
De Cristo ressuscitado.
Louvor a Cristo Jesus
E a Deus Pai omnipotente
E ao Espírito Paráclito.
Glória a Deus eternamente!
Brevíssimo comentário ao Evangelho de hoje...
Reconheçamos que também nós somos ovelhas a precisar de seguir o Senhor, n’Ele estaremos protegidos conforme no-lo diz no Evangelho de hoje (Jo 10, 1-10).
Louvado seja Deus Nosso Senhor que nos assegura a Sua divina bondade!
«Vai à frente delas, e as ovelhas seguem-No»
Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «O Pastor das nossas almas», PPS, t. 8, n° 16
«Contemplando a multidão, [Jesus] encheu-Se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor» (Mt 9,36). [...] As ovelhas estavam dispersas porque não havia pastor. [...] Assim era no mundo inteiro quando Cristo veio na Sua misericórdia infinita «para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos» (Jo 11,52). E se, por um momento, foram de novo deixadas sem guia, quando na Sua luta o bom pastor deu a vida pelas Suas ovelhas – segundo a profecia: «Fere o pastor, para que Se dispersem as ovelhas» (Zc 13,7) –, logo, porém, ressuscitou de entre os mortos para viver para sempre, segundo uma outra profecia: «Aquele que dispersou Israel vai reuni-lo e guardá-lo como o pastor ao seu rebanho» (Jr 31, 10).
Como o diz Ele mesmo na parábola que nos propõe, «chama as Suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair [...], vai à frente delas, e as ovelhas seguem-No, porque reconhecem a Sua voz». Assim, no dia da ressurreição, como Maria estivesse a chorar, chamou-a pelo nome (Jo 20, 16), e ela voltou-se e reconheceu pela voz Aquele que não havia reconhecido pela vista. De igual modo, disse a Simão Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me?», e acrescentou: «Segue-me !» (Jo 21,15.19). Do mesmo modo, disseram Ele e o Seu anjo às mulheres: «Ele [...] vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.»; «Ide anunciar aos Meus irmãos que partam para a Galileia. Lá Me verão» (Mt 28,7.10). Desde então o bom pastor, que tomou o lugar das Suas ovelhas e que morreu para que elas pudessem viver para sempre, precede-as, e elas «seguem o Cordeiro para toda a parte» (Ap 14, 4).
O Evangelho do dia 27 de abril de 2015
«Em verdade, em verdade vos digo que quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele que entra pela porta é pastor das ovelhas. A este o porteiro abre e as ovelhas ouvem a sua voz, ele as chama pelo seu nome e as tira para fora. Quando as tirou para fora, vai à frente delas e as ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Mas não seguem o estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos». Jesus disse-lhes esta alegoria, mas eles não compreenderam o que lhes dizia. Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo que Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de Mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por Mim, será salvo, entrará e sairá e encontrará pastagens. O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que elas tenham vida e a tenham abundantemente.
Jo 10, 1-10