terça-feira, 7 de abril de 2015

É tanto o horror que temos dificuldade em acreditar que os autores foram seres humanos

Compreensivelmente estamos mais atentos aos cristão martirizados, mas infelizmente o EI e seus seguidores exercem a sua brutal e horrenda violência sobre muitos outros seres humanos que não são cristãos.

No Iraque foi encontrada uma vala comum com 1.700 corpos de soldados iraquianos e noutros países chegam-nos diariamente notícias terríveis de enorme violência sobre mulheres e crianças e é tal o volume de informação sobre a violência exercida que momentaneamente chegamos a interrogarmo-nos sobre a sua autenticidade.

O Papa Francisco alerta-nos para o risco da indiferença que devemos combater com oração e nunca deixarmos a nossa indignação transformar-se em ódio. Não que seja fácil, mas não tenhamos dúvidas que é isso que Deus nos pede, que rezemos, que nos preocupemos, que Lhe peçamos pelas vítimas e pelo arrependimento dos seus algozes.

Termino com a mais profunda e sincera convicção, que as nossas orações, as nossas ações e forma de viver testemunhando a retidão, a ética e a verdade são o melhor antídoto e a melhor forma para travar tantas atrocidades, parece utópico, mas como Jesus nos ensinou com a fé conseguimos mover montanhas (cfr. Mt 17, 20).

Paz!

JPR

Caminhar na fé e na caridade

“Rezemos conjuntamente à Virgem Maria para que nos ajude a todos – Bispo e Povo – a caminhar na fé e na caridade, confiando sempre na misericórdia do Senhor, que espera por nós, nos ama, nos perdoou com o seu sangue e nos perdoa de cada vez que nós vamos a Ele para lhe pedir o perdão. Tenhamos confiança na sua misericórdia”.

(Papa Francisco - Angelus 07.04.2013)

Chama-te pelo teu nome

São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja 
Homília 25 sobre o Evangelho; PL 76, 1188-1196


«Se foste tu que o tiraste»: como se Maria já lhe tivesse dito porque chorava! Fala «dele», sem pronunciar o seu nome. Tal é o fulgor do amor: quando estamos repletos de amor, acreditamos que os outros sentem o mesmo que nós. […]. Maria é incapaz de imaginar que alguém possa ignorar a razão da sua imensa tristeza.
    
Jesus diz-lhe: «Maria!» Pouco antes, chamara-a pelo nome comum a todas do seu sexo: «Mulher», sem ainda Se dar a conhecer. Agora, chama-a pelo seu nome próprio, como se lhe dissesse sem rodeios : «Reconhece Aquele que te reconhece.» Também Deus disse a Moisés: «Conheço-te pelo teu nome (Ex 33,12). «Homem» é o nome comum a todos; mas «Moisés» é o seu nome próprio e Deus diz que o conhece pelo seu nome e parece declarar: «Não te conheço como conjunto dos homens, conheço-te pessoalmente.»

Assim, chamada pelo próprio nome, Maria reconhece o seu criador e no mesmo instante responde-lhe: «Rabbouni», que quer dizer Mestre. Ela procurava-O fora de si, mas Ele pediu-lhe que O procurasse dentro de si. […] «Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: “Vi o Senhor!” E contou o que Ele lhe tinha dito.» Neste momento, o pecado dos homens abandona o coração de onde procedia. Porque se foi uma mulher que, no paraíso, tentou um homem com o fruto da morte, é uma mulher que, no sepulcro, anuncia a vida aos homens e lhes leva as palavras daquele que traz a vida.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 7 de abril de 2015

Entretanto, Maria estava da parte de fora do sepulcro a chorar. Enquanto chorava, inclinou-se para o sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde fora posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles disseram-lhe: «Mulher, porque choras?». Respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus. Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Ela, julgando que era o hortelão, disse-Lhe: «Senhor, se tu O levaste, diz-me onde O puseste; eu irei buscá-l'O». Jesus disse-lhe: «Maria!». Ela, voltando-se, disse-Lhe em hebreu: «Rabboni!», Jesus disse-lhe: «Não Me retenhas, porque ainda não subi para Meu Pai; mas vai a Meus irmãos e diz-lhes que subo para Meu Pai e vosso Pai, para Meu Deus e vosso Deus». Foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor!», e as coisas que Ele lhe disse. 

Jo 20, 11-18