terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Amar a Cristo...

Ensinaste-nos a rezar o Pai Nosso e desde logo começamos por Te estabelecer a morada aonde só poderias estar, o Céu, mas não aquele que nossa dimensão terrena vislumbramos com os nossos olhos, mas sim Aquele que mostraste a Pedro, João e Tiago na Tua Transfiguração.

Senhor Jesus, ajuda-nos a merecer a graça de nos juntarmos a Elias e Moisés!

JPR

Breves reflexões sobre a Oração que o Senhor nos ensinou

- Ensinaste-nos a rezar o Pai Nosso e desde logo começamos por Te estabelecer a morada aonde só poderias estar, o Céu, mas não aquele que nossa dimensão terrena vislumbramos com os nossos olhos, mas sim Aquele que mostraste a Pedro, João e Tiago na Tua Transfiguração.

Senhor Jesus, ajuda-nos a merecer a graça de nos juntarmos a Elias e Moisés!

- «Santificado seja o Vosso nome», é nosso dever fazê-lo com amor, respeito e profunda devoção glorificando-Te conjuntamente com o Filho e o Espírito Santo.

Senhor ajuda-nos a fazê-lo hoje e sempre levando-Te a quem ainda não Te conhece ou Te recusa!

- «Assim na terra como no Céu», Pai ao enviar-nos o Vosso amado Filho fazendo-O homem e morrendo Ele por nós na Cruz e ao Ressuscitá-Lo ao terceiro dia, só podemos santificar o Vosso nome aqui na terra já que estando Ele à Vossa direita é e será glorificado e santificado pelos séculos dos séculos no Reino dos Céus.

Concede-nos Senhor a graça e ajuda para sermos bons cristãos e assim estarmos entre os eleitos para entrar no Vosso Reino!

- «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», Senhor Jesus ao Te ofereceres na Eucaristia permitiste-nos na Tua infinita misericórdia receber-Te diariamente, também Te rogamos, nesta tão linda oração que nos ensinaste, que ajudes todos os carenciados a poderem receber os alimentos necessários à dignidade da sua condição humana.

Jesus Cristo, Filho de Deus obrigado por ouvires as nossas preces!

- «perdoai-nos as nossas ofensas», Senhor bem gostaríamos não ter de Te formular este pedido diariamente e mesmo algumas vezes ao dia, mas a nossa condição de pecadores, mesmo que em pequenos detalhes, levam-nos a ofender-Te ao não cumprirmos os Mandamentos e deixarmo-nos dominar pela visão humana das coisas e não aquela que nos ensinaste.

Meu Deus, porque sois tão bom, ajudai-nos a não Te ofender!

- «assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido», Senhor quão difícil é por vezes reconhecermo-nos coerentes com esta afirmação, que vergonha sentimos em dizê-lo a Ti que a todos perdoas.

Senhor Jesus Filho de Deus aumenta a nossa fé e ajuda-nos a ser cada vez mais fiéis imitadores Teus para que como Paulo possamos um dia dizer «não sou eu quem vive; é Cristo que vive em mim» (Gal 2, 20)

- «não nos deixeis cair em tentação», Senhor que a Tua graça nos cubra e nos dê força para à Tua semelhança, que durante 40 dias enfrentastes as tentações de Satanás, saibamos resistir-lhe incluindo as mais ínfimas coisas que se poderão tornar pronuncio de fraqueza para as maiores.

Senhor Jesus, que tão bela oração de louvor e rogo nos ensinaste, protege-nos Te suplicamos!

- «mas livrai-nos do mal», Senhor na nossa condição humana reveladora de falta de confiança e de entrega em Ti e a Ti, frequentemente assumimos como mal situações que mais tarde nos apercebemos foram para o nosso bem ou do próximo.

Ajuda-nos a ser humildes e entregarmo-nos totalmente, pois és o Bom Pastor e nada nos faltará!

JPR

Liberdade, igualdade, amor (excerto)

Quando a política se mete na família, perdem as duas. Aí o sonho revolucionário de mundo novo ameaça até a humanidade.

O nosso tempo vive na ânsia da vida ideal, sempre prometida mas negada. A atitude de fundo, celebrada em romances, filmes e conversas, é repúdio pela existência em nome de utopias. Origem e símbolo desta orientação é a libertação do antigo regime na revolução britânica de 1688, americana de 1776, francesa de 1789 e seguintes. Essas vitórias retumbantes contra ordens vetustas e injustas são sucessivamente encenadas em cada geração em novos temas. É por isso que condutas negativas de rebeldia, inconformismo e revolta são hoje estimadas, criticando-se valores de autoridade, segurança, ordem. Só que as velhas epopeias não funcionam nos complexos temas íntimos.

Nas revoluções primitivas, a questão era apenas eliminar a opressão e impor paridade nos cidadãos. Nessas lutas de classe é fácil que liberdade e igualdade andem juntas. Como a injustiça vem da privação de direitos, o derrube da opressão gera simultaneamente autonomia e equidade. Só a fraternidade, terceiro princípio da revolução, acabou sacrificada nos sangrentos tumultos.

(...) Quando a sociedade, com direitos políticos estabelecidos, passou para a área económica, ficou mais evidente a discrepância entre os três princípios. (...)

Isso cria um vazio na presente geração. Que sonhos edificar? Onde estão os tiranos a abater? Como os jovens de hoje, tão idealistas como os antigos, desprezam combates partidários ou mercantis, a luta cultural deslocou-se para questões de sexo e limites da vida. Hoje, as verdadeiras divisões sentem-se nos temas familiares e existenciais.

É curioso como esses debates mantêm obsessivamente os tons, as atitudes e os modelos das antigas lutas e revoluções. Vêem-se os conceitos, as lógicas e os métodos que os antigos aplicavam à nobreza, escravatura, pena de morte, proletariado ou racismo, utilizados em assuntos eróticos e hospitalares. O direito ao aborto e à eutanásia tomam o lugar do direito ao voto; a emancipação de mulheres ou jovens vem na vez dos escravos; o doente terminal ou o homossexual surge na posição do operário ou negro. Casamento é contrato; adopção, sociedade.

Como os problemas são novos, a reprodução simplista de técnicas não funciona. O trio liberdade, igualdade e fraternidade, que mal resistiu na revolução política e se rompeu na económica, fica anómalo na intimidade, reino do amor. Dentro da fraternidade familiar, liberdade e igualdade tomam sentidos estranhos. Por isso, divórcio, aborto ou eutanásia só retoricamente libertam; de facto, matam. Fora da metáfora não existe igualdade entre jovem e velho, homem e mulher, casamento e união de facto, pais e filhos, amor conjugal e promiscuidade, sexo e perversão.

Fazem-se prodígios de manipulação para negar evidências, mas é ridículo tentar recriar velhos mitos de progresso e revolução em campos privados, naturais e imutáveis. A família é o que sempre foi e será. Ela constitui o verdadeiro mundo sempre novo.

João César das Neves in DN online AQUI

«Rezai, pois, assim: 'Pai Nosso'»

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja

Manuscrito autobiográfico C, 25 r°-v° Fora do serviço divino, que sou muito indigna de recitar, não tenho coragem para me obrigar a procurar nos livros belas orações; isso faz-me doer a cabeça, há tantas..., e todas tão belas, tanto umas como as outras...

Não quereria, contudo, a minha Madre, que pensásseis que recito sem devoção as orações feitas em comum no coro ou nas ermidas. Pelo contrário, gosto muito das orações em comum, pois Jesus prometeu estar no meio daqueles que se reúnem em Seu nome (Mt 18,19-20). Sei que então o fervor das minhas irmãs faz as vezes do meu; mas rezar o terço sozinha (envergonho-me de o confessar) custa-me mais do que pôr um instrumento de penitência... Reconheço que o rezo tão mal! Por mais que me esforce por meditar os mistérios do rosário, não consigo concentrar a atenção... Durante muito tempo desolei-me por essa falta de devoção que me surpreendia, pois amo tanto a Santíssima Virgem que me deveria ser fácil rezar em sua honra orações que lhe são agradáveis. Agora desolo-me menos, pois penso que a Rainha dos Céus, sendo minha Mãe, verá a minha boa vontade e contentar-se com ela.

Algumas vezes, quando o meu espírito está numa secura tão grande que me é impossível arrancar-lhe algum pensamento para me unir a Deus, recito muito devagarinho um Pai Nosso e depois a saudação angélica [«Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Lc 1,28]. Então estas orações encantam-me, alimentam muito mais a minha alma do que se as tivesse recitado precipitadamente uma centena de vezes...

O Evangelho do dia 24 de fevereiro de 2015

Nas vossas orações não useis muitas palavras como os gentios, os quais julgam que serão ouvidos à força de palavras. Não os imiteis, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós Lho peçais. «Vós, pois, orai assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome. «Venha o Teu reino. Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso supersubstancial nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. «Porque, se vós perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, também o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas. 

Mt 6, 7-15