quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
Como vivemos a Eucaristia? O que é que ela é para nós?
A Eucaristia está conectada com a nossa vida, seja como indivíduos seja como Igreja. De facto, a Eucaristia leva-nos a olhar e considerar as pessoas que estão ao nosso redor como verdadeiros irmãos, fazendo-nos compartilhar as suas vitórias e dificuldades, alegrias e tristezas, indo ao encontro, sobretudo, daqueles que são pobres, doentes e marginalizados.
A Eucaristia dá-nos a graça também de sentir-nos perdoados e prontos a perdoar. Na verdade, participamos da celebração, não por nos julgarmos melhores do que os outros, mas porque nos reconhecemos necessitados da misericórdia de Deus; e isto também nos ensina a perdoar os demais.
Tendo a certeza de que a Eucaristia não parte da nossa iniciativa, mas é uma ação do próprio Cristo, que em cada celebração quer entrar na nossa existência com a sua graça, a Santa Missa incide na vida da nossa comunidade cristã, fazendo com que nela exista coerência entre liturgia e vida.
Papa Francisco na Audiência geral de 12.02.2014
«Jesus entrou na região Tiro»
Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo
Comentário sobre o Evangelho de Mateus 9, 16; SC 16
Jesus saiu de Israel […]: «Jesus partiu dali e retirou-Se para os lados de Tiro» (Mt 15,21), nome que quer dizer «reunião das nações»; e fê-lo para que as pessoas desse território que acreditassem pudessem ser salvas quando dele saíssem. Com efeito, presta atenção a estas palavras: «Então uma cananeia que viera daquela região começou a gritar: “Tem piedade de mim, Senhor, Filho de David: minha filha está cruelmente atormentada por um demónio”» (v. 22). A meu ver, se ela não tivesse saído desse território, não teria podido dirigir a Jesus estes gritos «de uma grande fé», como o próprio Jesus testemunhou (v. 28).
Saímos do território das nações pagãs «de acordo com a proporção da nossa fé» (Rom 12,6). […] Pois é necessário crer que cada um de nós, quando peca, se encontra no território de Tiro e de Sidónia, ou do Faraó do Egipto, ou em qualquer outro país estranho à herança de Deus. Mas quando o pecador deixa o mal, regressando ao bem, sai dessas regiões onde reina o pecado e apressa-se a dirigir-se para as que são de Deus […]
Repara também na natureza do encontro de Jesus com a mulher de Canaã; pois Ele parece dirigir-Se para a região de Tiro e Sidónia. […] Os justos são introduzidos no Reino dos céus e propostos para a elevação ao Reino de Deus, mas os pecadores ficam destinados à degradação da sua própria maldade. […] A cananeia, deixando esse território, deixa a tendência para a degradação quando clama: «Tem piedade de mim, Senhor, Filho de David». […] Todas as curas que Jesus realizou, tal como as contam os evangelistas, aconteceram porque os que as desejaram tinham fé. Mas estes acontecimentos são o símbolo do que é realizado permanentemente pelo poder de Jesus, pois não há época nenhuma em que o que está escrito não se realize, exactamente da mesma maneira.
Jesus saiu de Israel […]: «Jesus partiu dali e retirou-Se para os lados de Tiro» (Mt 15,21), nome que quer dizer «reunião das nações»; e fê-lo para que as pessoas desse território que acreditassem pudessem ser salvas quando dele saíssem. Com efeito, presta atenção a estas palavras: «Então uma cananeia que viera daquela região começou a gritar: “Tem piedade de mim, Senhor, Filho de David: minha filha está cruelmente atormentada por um demónio”» (v. 22). A meu ver, se ela não tivesse saído desse território, não teria podido dirigir a Jesus estes gritos «de uma grande fé», como o próprio Jesus testemunhou (v. 28).
Saímos do território das nações pagãs «de acordo com a proporção da nossa fé» (Rom 12,6). […] Pois é necessário crer que cada um de nós, quando peca, se encontra no território de Tiro e de Sidónia, ou do Faraó do Egipto, ou em qualquer outro país estranho à herança de Deus. Mas quando o pecador deixa o mal, regressando ao bem, sai dessas regiões onde reina o pecado e apressa-se a dirigir-se para as que são de Deus […]
Repara também na natureza do encontro de Jesus com a mulher de Canaã; pois Ele parece dirigir-Se para a região de Tiro e Sidónia. […] Os justos são introduzidos no Reino dos céus e propostos para a elevação ao Reino de Deus, mas os pecadores ficam destinados à degradação da sua própria maldade. […] A cananeia, deixando esse território, deixa a tendência para a degradação quando clama: «Tem piedade de mim, Senhor, Filho de David». […] Todas as curas que Jesus realizou, tal como as contam os evangelistas, aconteceram porque os que as desejaram tinham fé. Mas estes acontecimentos são o símbolo do que é realizado permanentemente pelo poder de Jesus, pois não há época nenhuma em que o que está escrito não se realize, exactamente da mesma maneira.
O Evangelho do dia 12 de Fevereiro de 2015
Partindo dali, foi Jesus para os confins de Tiro e de Sidónia. Tendo entrado numa casa, não queria que ninguém o soubesse, mas não pôde ocultar-Se, pois logo uma mulher, cuja filha estava possessa do espírito imundo, logo que ouviu falar d'Ele, foi lançar-se a Seus pés. Era uma mulher gentia, de origem sirofenícia. Suplicava-lhe que expulsasse da sua filha o demónio. Jesus disse-lhe: «Deixa que primeiro sejam fartos os filhos, porque não está certo tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cães». Mas ela respondeu-Lhe: «Assim é, Senhor, mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, das migalhas que caem dos filhos». Ele disse-lhe: «Por esta palavra que disseste, vai, que o demónio saiu da tua filha». Voltando para casa, encontrou a menina deitada na cama, e o demónio tinha saído dela.
Mc 7, 24-30