quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

DIÁLOGOS COM O SENHOR DEUS (9)

Senhor, perdoa-me, mas deixa-me explicar-Te porque pequei.

Meu filho, eu conheço as tuas razões. Interessa-me apenas o teu arrependimento e o propósito de quereres não voltar a pecar.

Mas, Senhor, é que eu pequei porque fui levado a isso, e assim queria explicar-Te a razão do meu pecado.

Pois, mas Eu sei que na tua explicação vais envolver outras pessoas que te terão, segundo a tua ideia, levado a pecar. Mas o pecado é teu, meu filho, foste tu que o cometeste e não outro por ti.

Mas a verdade é que se não fosse essa pessoa, eu não teria pecado.

Não, meu filho, a verdade é que tu pecaste porque te deixaste cair no pecado. A culpa da outra pessoa é dela e tu não tens que a julgar, ou servir-te dela como responsável do teu pecado.

Mas eu queria tanto contar-Te como tudo se passou.

E Eu não quero ouvir para teu bem. Se contares o que julgas que aconteceu, vais acusar outra pessoa, vais julgar outra pessoa, vais condenar outra pessoa, e assim voltas a pecar. O teu arrependimento basta, mas para ele ser verdadeiro tens que assumir a culpa, não podes transferir a tua culpa para outro.

Sim, Senhor, tens razão, como sempre. Estou a arranjar desculpas para uma decisão que foi apenas minha. Perdoa-me, Senhor, não só essa decisão mal tomada, mas também o julgamento e acusação que intimamente estava a fazer a outrem.

Aproxima-te da confissão, conta os teus pecados, arrepende-te, dispõe-te a não voltares a pecar, aceita o meu perdão dado pelo sacerdote, e não te esqueças de rezar por essa outra pessoa.

Obrigado, Senhor! Realmente, só Tu és a Verdade!

Marinha Grande, 7 de Janeiro de 2015

Joaquim Mexia Alves

Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)

Locutor: No contexto das catequeses sobre a família, hoje falaremos do papel central das mães, tanto na sociedade como na Igreja. Cada pessoa humana deve a sua vida a uma mãe. A maternidade é, em certo sentido, uma espécie de martírio. Na sua entrega generosa, as mães concebem os filhos no seu seio, dão à luz, amamentam, educam e dão afeto: oferecem as suas vidas aos filhos, um verdadeiro martírio materno! Uma sociedade sem mães seria uma sociedade desumana, pois elas, com o seu sacrifício, dão testemunho da ternura, do compromisso, da força moral, para além de transmitir o sentido mais profundo da prática religiosa. Por isso, é preciso escutá-las e ajudá-las mais na vida quotidiana, para que as mulheres não sejam tentadas a desistir do papel de mãe, impedindo-as de encontrar a sua realização, para além de privar a sociedade do antídoto mais forte que existe na luta contra o individualismo. Agradeçamos as mães, por tudo o que são na família, e por aquilo que dão à Igreja e ao mundo.

Santo Padre:
Cari pellegrini di lingua portoghese, riconoscente per gli auguri e per le preghiere a Dio rivolte per me durante queste festività di Natale, vi auguro di tutto cuore un Buon Anno, chiedendo alla Vergine Maria, Madre di Dio e della Chiesa, che sia la stella che protegge la vita delle vostre famiglie. Dio vi benedica.

Locutor: Amados peregrinos de língua portuguesa, agradecido pelos votos e preces dirigidas a Deus por mim durante as festividades do Natal, de todo o coração desejo a todos um feliz Ano Novo, pedindo a Nossa Senhora, Mãe de Deus e da Igreja, que seja a estrela que protege a vida das vossas famílias. Que Deus vos abençoe!

Maria – Veneração e imitação

«Venerar Maria à distância seria inútil, se a atitude de Maria não encorajasse directamente à imitação e, mesmo, em certo sentido, a um seguimento que lhe caminhe no encalço. Aqui poderia levantar-se a objecção de só devermos seguir Cristo e – como Paulo diz – também imitá-lo, e que a imitação de uma outra pessoa se interporia aí como factor de perturbação. Mas não é assim. Na medida em que em Maria tudo repousa no “sim” a Deus e, a partir de então, tudo se lhe segue como consequência.»

(…)

«Porque o “sim” de Maria é tão imaculado e perfeito, a sua imitação e veneração não constitui qualquer espécie de espiritualidade separada. É o contrário que há que dizer: nenhuma espiritualidade aprovada na Igreja pode permitir-se chegar a Deus passando ao lado deste modelo de perfeição cristã e não sendo também mariana.»

(Hans Urs von Balthasar in ‘Maria primeira Igreja’ – Joseph Ratzinger e Hans Urs von Balthasar)

«Vendo-os cansados de remar, [...] foi ter com eles de madrugada»

Cardeal Joseph Ratzinger (Bento XVI, Papa de 2005 a 2013) 
«O Deus de Jesus Cristo»


Os apóstolos atravessam o lago. Jesus está sozinho em terra, enquanto eles se esgotam a remar sem conseguirem avançar, porque o vento é contrário. Jesus ora e, na sua oração, vê-os a esforçarem-se e vem logo ao seu encontro. É claro que este texto está cheio de símbolos da Igreja: os apóstolos no mar lutando contra o vento, o Senhor ao pé do Pai. Mas o que é determinante é que, na sua oração, enquanto está «ao pé do Pai», Ele não está ausente; bem pelo contrário, ao rezar, vê-os. Quando Jesus está junto do Pai, está presente na Igreja. O problema da vinda final de Cristo é aqui aprofundado e transformado de modo trinitário: Jesus vê a Igreja no Pai e, pelo poder do Pai e pela força do seu diálogo com Ele, está presente junto dela. É justamente este diálogo com o Pai enquanto «está no monte» que O torna presente, e inversamente. A Igreja é, por assim dizer, objecto de conversa entre o Pai e o Filho, ou seja, está ancorada na vida trinitária.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 7 de janeiro de 2015

Imediatamente Jesus obrigou Seus discípulos a embarcar, para chegarem primeiro que Ele à outra margem do lago, a Betsaida, enquanto Ele despedia o povo. Depois de os ter despedido, retirou-Se para um monte a fazer oração. Chegada a noite, encontrava-se a barca no meio do mar, e Ele só em terra. Vendo-os cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, cerca da quarta vigília da noite, foi ter com eles andando sobre o mar; e fez menção de lhes passar adiante. Quando eles O viram caminhar sobre o mar, julgaram que era um fantasma e gritaram; porque todos O viram e se assustaram. Mas logo Ele lhes falou e disse: «Tende confiança, sou Eu, não temais». Subiu em seguida para  junto deles na barca, e o vento cessou. Ficaram extremamente estupefactos, pois não se tinham dado conta do que se tinha passado com os pães; a sua inteligência estava obscurecida.

Mc 6, 45-52