sábado, 20 de dezembro de 2014

Ano mariano pela família, no Opus Dei

Começará no próximo dia 28 de dezembro de 2014 um ano mariano no Opus Dei para rezar a Nossa Senhora pelas famílias do mundo.

O Prelado do Opus Dei, D. Javier Echevarría, convocou um ano mariano que começará no próximo dia 28 de Dezembro para rezar pela família. Precisamente nesse dia celebra-se a festa litúrgica da Sagrada Família. O ano mariano terminará na mesma festa em 2015, que terá lugar no dia 27 de dezembro.
Deste modo, deseja-se "colocar nas mãos de Nossa Senhora todas as necessidades da Igreja e da humanidade e secundar fielmente as intenções do Papa", salientou o Prelado.
O Prelado estendeu este convite a todas as pessoas que recebem formação cristã através das atividades organizadas pela Prelatura.
Entre outras sugestões para viver este ano mariano, o Prelado convida a rezar em família e, com especial devoção, as diversas orações dedicadas à Mãe de Deus, como o Terço e o Angelus. "Através de Nossa Senhora – disse D. Javier Echevarría – o Senhor derramará abundantes graças sobre a Igreja e a sociedade civil".

Asia Bibi em entrevista ao “Vatican Insider” fala do Natal

Como viverá o Natal e o que significa hoje para si?

«Espero que o dia do nascimento de Cristo traga felicidade e liberdade à minha vida, que traga a paz no mundo e sobretudo no Paquistão. Natal não é ter um vestido novo ou celebrar uma festa com uma dança. Significa partilhar o nosso amor com aqueles que estão necessitados. Hoje sofro porque nos últimos cinco anos passei o Natal na prisão longe da minha família, espero e rezo que os cristãos passem o Natal em união com aqueles que lhes são caros.

Deus mantenha unida a vossa família, é o dom mais belo que podeis possuir.»

O que é que pede a Deus?

«Peço a Deus que perdoe a todos aqueles que instrumentalizam o meu nome para benefício pessoal e que me restitua a liberdade em breve.»

O que deseja dizer ao Papa Francisco e aos cristãos de todo o mundo?

«Ao Papa Francisco e a todos os cristão do mundo digo: peço-vos que vos recordeis de mim nas vossas orações. Creio firmemente que a vossa oração poderá ajudar-me a um dia gozar de novo o precioso dom da liberdade».

Excertos com tradução do italiano de JPR, original em italiano em http://vaticaninsider.lastampa.it/inchieste-ed-interviste/dettaglio-articolo/articolo/asia-bibi-38174/

«Faça-se em mim segundo a tua palavra»

Tertuliano (c. 155-v. 220), teólogo
A Carne de Cristo, 17; PL 2, 781 (cf. SC 126, p. 281)

Porque é que o Filho de Deus nasceu de uma Virgem? [...] Era necessário um modo totalmente novo de nascer para Aquele que ia consagrar uma nova ordem de nascimento. Isaías tinha profetizado que o Senhor anunciaria esta maravilha através de um sinal. Que sinal? «Eis que uma virgem vai conceber e dará à luz um filho.» Sim, a Virgem concebeu e deu à luz o Emanuel, Deus connosco (Is 7, 14; Mt 1, 23). Eis a nova ordem de nascimento: o homem nasce em Deus porque Deus nasce no homem; Deus faz-Se carne, para regenerar a carne pela semente nova do Espírito e lavar todas as manchas passadas.

Toda esta nova ordem foi prefigurada no Antigo Testamento, porque na intenção divina o primeiro homem nasceu para Deus através de uma virgem. Com efeito, a terra era ainda virgem, o trabalho do homem não a tinha tocado, a semente não tinha sido ainda lançada, quando Deus a tomou para dar forma ao homem e torná-lo «um ser vivo» (Gn 2, 5.7). Por conseguinte, se o primeiro Adão foi moldado de terra, é justo que o segundo, a quem o apóstolo Paulo chama «o novo Adão», seja retirado por Deus de uma terra virgem, ou seja, de uma carne cuja virgindade permanecia inviolada, para se tornar «Espírito que vivifica» (1Cor 15, 45). [...]

Quando quis recuperar «a Sua imagem e a Sua semelhança» (Gn 1, 26) caída sob o poder do demónio, Deus agiu de forma igual à do momento em que o criou. Eva era ainda virgem quando acolheu a palavra que originaria a morte; por conseguinte, seria também de uma virgem que devia descer a Palavra de Deus que ergueria o edifício da Vida. [...] Eva confiou na serpente; Maria teve fé em Gabriel. O pecado que Eva, crendo, cometeu, foi Maria, crendo, que o apagou. [...] A palavra do diabo foi para Eva a semente da sua humilhação e das suas dores de parto (Gn 3, 16), e ela trouxe ao mundo o assassino do seu irmão (4, 8). Pelo contrário, Maria trouxe ao mundo um Filho que haveria de salvar Israel, Seu irmão.

O Evangelho de Domingo dia 21 de dezembro de 2014

Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossível . Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Lc 1, 26-38

Neste Natal, adopte um Cristo!

É da doutrina católica que todos os fiéis são, de algum modo, outros Cristos, mas, sem querer plagiar George Orwell, a verdade é que, não obstante a igual dignidade de todos os fiéis e o seu também universal chamamento à santidade e ao apostolado na Igreja, alguns o são mais do que outros.

Pelo Baptismo adquire-se uma verdadeira e real configuração com Nosso Senhor, ou seja, uma autêntica participação na sua filiação divina. Contudo, o sacramento da ordem habilita o fiel para ser não apenas outro Cristo, mas o mesmo Cristo, na medida em que, por efeito dessa graça, adquire a capacidade de agir em nome de Jesus, isto é, como se fosse Ele próprio. Por isso, quando um presbítero consagra o pão e o vinho, transformando-os, respectivamente, no Corpo e Sangue de Deus, ou perdoa os pecados, proferindo a fórmula da absolvição sacramental, não o faz em seu nome pessoal, em cujo caso nada aconteceria, mas enquanto é, nesse acto, Cristo, a quem não só representa como também personaliza.

Na Igreja, entende-se o sacerdócio ministerial como uma especial presença de Cristo. Por razão dessa singularíssima representação, os sacerdotes entregam a Cristo o seu corpo e a sua alma, para que a humanidade deles, na modalidade que foi também assumida pelo Verbo na sua encarnação, continue a ser instrumento da missão salvífica. Por esta sua peculiar identificação com Cristo, que define a sua identidade sacerdotal, são também chamados a viver em celibato, como Aquele que foi e é perfeito Deus e perfeito homem. Mas o celibato não tem por que ser sinónimo de solidão.

Os leigos casados constituem um lar, mas os presbíteros católicos estão, por assim dizer, «casados» com a Igreja que, embora seja também familiar, não é contudo uma família em sentido estrito. Os sacerdotes que vivem em comunidade, numa ordem religiosa ou numa instituição similar, contam com a ajuda dos seus confrades, mas os que vivem sós não têm, não obstante a fraternidade sacerdotal do presbitério a que pertencem, quem os apoie, não apenas nalguma urgência de carácter grave e excepcional, mas sobretudo no que respeita às mais prosaicas necessidades do dia a dia.

Em tempos passados, era comum que uma irmã, ou familiar próxima do sacerdote, o acompanhasse com uma disponibilidade total. Hoje em dia, a grande maioria dos clérigos seculares carece de uma presença familiar que o possa amparar: uma dolorosa ausência que até é perceptível quando, pelo seu aspecto, indiciam algum desleixo pessoal. Nota-se que lhes falta um ambiente familiar que seja, sem lhes criar uma dependências excessiva, um espaço de amizade e descontracção; que não têm quem, com a devida descrição, os possa corrigir e ajudar; quem se interesse, sem intromissões abusivas, pela sua saúde e alimentação; quem zele, com solícita atenção, pela sua apresentação; quem lhes facilite, uma vez por outra, alguma diversão adequada à condição sacerdotal; quem dê um toque de alegria e de graça às suas casas, etc. Nota-se que lhes falta, em poucas palavras, uma família cristã!

É verdade que Jesus nasceu na maior pobreza e que, se o padre é, por força do seu baptismo e ordenação sacerdotal, o mesmo Cristo, deve reproduzir na sua vida a exigência da vida do divino Mestre. Mas a Jesus não lhe faltou, nem sequer nas tão penosas circunstâncias do seu nascimento, o consolo de uma família, pois pôde contar com a presença varonil de São José e a ternura feminina de Nossa Senhora.

Para este Natal, vou pedir ao Menino Jesus um presente especial: que haja muitas famílias cristãs que O queiram adoptar, na pessoa de algum padre que esteja humanamente mais só.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada in Voz da Verdade AQUI

«Eis a serva do Senhor»

São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja 
Sermão para a Anunciação, §§ 7-8


«O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré.» Ficais surpreendidos pelo facto de Nazaré, uma pequena cidade, receber a honra da mensagem de tão grande Rei, e que mensagem! Mas há um grande tesouro escondido nesta povoação: escondido dos homens, não de Deus. Pois não é Maria o tesouro de Deus? Onde quer que Ela se encontre, o coração de Deus segue-a. Os seus olhos estão sobre Ela, não largam de vista a sua humilde serva.

Se o Filho único de Deus conhece o céu, também conhece Nazaré. Pois como não haveria de conhecer a sua pátria e a sua herança? Ele pertence ao céu de seu Pai e à Nazaré de sua mãe, uma vez que Se diz simultaneamente Filho de David e Senhor (Mt 22,42s). […]

«Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus.» E que graça! Uma graça plena, única, singular […], tanto mais singular quanto é para todos os homens. […] Graça única, pois que apenas tu, Maria, tens a sua plenitude; graça universal, pois que tudo o que Deus criou participa nessa plenitude: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (Lc 1,42). Fruto do teu ventre é-o só para ti, mas pela tua meditação chega às almas de todos. […] Só em ti este Rei tão rico Se rebaixou, este grande soberano Se humilhou, este Deus infinito Se fez pequeno. Ele fez-Se inferior aos anjos (Heb 2,7); pois, sendo verdadeiro Deus e Filho de Deus, encarnou. Mas com que objectivo? Para nos enriquecer a todos pela sua pobreza, nos elevar pelo seu rebaixamento, nos engrandecer fazendo-Se pequeno, nos unir a Deus fazendo-Se homem, para que comecemos a ser um só espírito com Ele (2Cor 8,9; 1Cor 6,17).

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 20 de dezembro de 2014

Estando Isabel no sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de David; o nome da virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça; o Senhor é contigo». Ela, ao ouvir estas palavras, perturbou-se e discorria pensativa que saudação seria esta. O anjo disse-lhe: «Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus; eis que conceberás no teu ventre, e darás à luz um filho, a Quem porás o nome de Jesus. Será grande e será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus Lhe dará o trono de Seu pai David; reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim». Maria disse ao anjo: «Como se fará isso, pois eu não conheço homem?». O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso mesmo o Santo que há-de nascer de ti será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na sua velhice; e este é o sexto mês da que se dizia estéril; porque a Deus nada é impossível . Então Maria disse: «Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra». E o anjo afastou-se dela.

Lc 1, 26-38