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terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Declaração conjunta no Dia Mundial pela Abolição da Escravatura
Nós, abaixo assinados, nos reunimos hoje para uma iniciativa histórica de inspirar ações espirituais e práticas de todas as fés globais e as pessoas de boa vontade em todas as partes para erradicar a escravidão moderna no mundo até 2020 e para sempre.
Aos olhos de Deus*, cada ser humano é uma pessoa livre, seja menina, rapaz, mulher ou homem, e está destinado a existir para o bem de todos em igualdade e fraternidade. A escravidão moderna, em termos de tráfico humano, trabalho forçado e prostituição, tráfico de órgãos, e qualquer relacionamento que desrespeite a convicção fundamental de que todas as pessoas são iguais e têm a mesma liberdade e dignidade, é um crime contra a humanidade.
Nós nos comprometemos, hoje aqui, a fazer tudo que estiver em nosso poder, dentro de nossas comunidades de fé e além, a trabalharmos juntos para a liberdade de todos aqueles que estão escravizados e são vítimas do tráfico, para que o futuro delas possa ser restaurado. Hoje, temos a oportunidade, a consciência, a sabedoria, a inovação e a tecnologia para conseguir este imperativo humano e moral.
* O Grande Imã de Al Azhar usa a palavra “religiões”.
«Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes»
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 118, n°20
Discursos sobre os salmos, Sl 118, n°20
«Senhor, a minha alma anseia pelo teu amparo» (Sl 118,81), isto é, está à sua espera. Bem-aventurada fraqueza, que revela o desejo de um bem ainda não adquirido, mas apaixonadamente desejado. A quem correspondem estas palavras senão, desde as origens da humanidade e até ao fim dos séculos, «à raça eleita, sacerdócio real, povo adquirido» (1Ped 2,9), a todos os homens que, cada um na sua época, viveram, vivem ou viverão no desejo de Cristo?
A testemunha desta espera é o velho São Simeão, que exclamou, ao tomar o Menino nos seus braços: «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz, segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram a salvação» (Lc 2,29-30). É que ele tinha recebido de Deus a promessa de que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. O desejo deste velho – e devemos acreditar nisto – é o de todos os santos dos tempos que o precederam. Era por isso que o Senhor dizia aos seus discípulos: «Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não o ouviram.»
Todos estes homens devem pois ser também incluídos entre os que cantam: «A minha alma desfaleceu perante a tua salvação.» Nunca nesse tempo abrandou este desejo dos santos e nunca abrandará no Corpo de Cristo, a sua Igreja, até ao fim do mundo, até que chegue «o Desejado de todos os povos» prometido pelo profeta (Ag 2,8 Vulg). […] O desejo de que falamos vem do facto de amarmos, como o apóstolo Paulo, «a manifestação de Cristo». É sobre ela que ele diz: «Quando Cristo, que é a vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com Ele, revestidos de glória» (Col 3,4). Nos primeiros tempos, antes da concepção virginal de Jesus, a Igreja contava com santos que desejavam a vinda de Cristo na carne. Actualmente, conta outros santos que desejam a manifestação de Cristo na sua glória. Desde o princípio do mundo até ao fim dos tempos, este desejo da Igreja não tem descanso.
A testemunha desta espera é o velho São Simeão, que exclamou, ao tomar o Menino nos seus braços: «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz, segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram a salvação» (Lc 2,29-30). É que ele tinha recebido de Deus a promessa de que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. O desejo deste velho – e devemos acreditar nisto – é o de todos os santos dos tempos que o precederam. Era por isso que o Senhor dizia aos seus discípulos: «Muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não o viram, ouvir o que ouvis e não o ouviram.»
Todos estes homens devem pois ser também incluídos entre os que cantam: «A minha alma desfaleceu perante a tua salvação.» Nunca nesse tempo abrandou este desejo dos santos e nunca abrandará no Corpo de Cristo, a sua Igreja, até ao fim do mundo, até que chegue «o Desejado de todos os povos» prometido pelo profeta (Ag 2,8 Vulg). […] O desejo de que falamos vem do facto de amarmos, como o apóstolo Paulo, «a manifestação de Cristo». É sobre ela que ele diz: «Quando Cristo, que é a vossa vida, aparecer, então também vós aparecereis com Ele, revestidos de glória» (Col 3,4). Nos primeiros tempos, antes da concepção virginal de Jesus, a Igreja contava com santos que desejavam a vinda de Cristo na carne. Actualmente, conta outros santos que desejam a manifestação de Cristo na sua glória. Desde o princípio do mundo até ao fim dos tempos, este desejo da Igreja não tem descanso.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 2 de dezembro de 2014
Naquela mesma hora Jesus exultou de alegria no Espírito Santo, e disse: «Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos simples. Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar». Depois, tendo-Se voltado para os discípulos, disse: «Felizes os olhos que vêem o que vós vedes. Porque Eu vos afirmo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram, ouvir o que vós ouvis e não o ouviram».
Lc 10, 21-24