quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Papa Francisco na Audiência geral (resumo em português)
Locutor: O Concílio Vaticano II nos lembrou que, na Igreja, todos os batizados possuem uma mesma dignidade e uma mesma vocação universal à santidade. Ser santo não é uma prerrogativa oferecida só para alguns escolhidos, nem significa ser dotado de uma capacidade especial. Não! Trata-se de um dom que o Senhor Jesus oferece gratuitamente a cada um de nós. Por isso, para tornar-se santo, não é preciso ser bispo, padre ou religioso; mas todos e cada um dos batizados são chamados a viver no amor e a oferecer o seu testemunho cristão nas ocupações quotidianas. Por exemplo, para alguém que é casado, ser santo significa amar o seu cônjuge como Cristo amou a Igreja. Façamos, pois, um exame de consciência sobre como estamos respondendo a esta chamada de Deus. Longe de tornar a existência pesada e triste, essa chamada à santidade é um convite a viver na alegria cada momento de nossa vida.
Santo Padre:
Rivolgo un cordiale saluto ai pellegrini di lingua portoghese, in particolare ai fedeli delle parrocchie «Nossa Senhora Stella Maris» e «Santa Rita de Cássia». Cari amici, ricordate che non siamo mai soli, ma camminiamo insieme, aiutandoci vicendevolmente a vivere secondo il Vangelo di Gesù per diventare santi, facendo della propria vita un dono d’amore alle persone che ci stanno accanto. Dio benedica voi e quanti vi sono cari!
Locutor: Dirijo uma saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, particularmente aos fiéis das paróquias «Nossa Senhora Stella Maris» e «Santa Rita de Cássia». Queridos amigos, recordem que nunca estamos sozinhos, mas caminhamos juntos, ajudando-nos uns aos outros a viver segundo o Evangelho de Jesus para nos tornarmos santos, fazendo da própria vida um dom de amor para as pessoas que nos rodeiam. Que Deus vos abençoe a vós e a vossos entes queridos!
«Fazei-a render»
Bento XVI, papa de 2005 a 2013
Encíclica «Caritas in veritate / L’amour dans la vérité», §§ 48, 50 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
Encíclica «Caritas in veritate / L’amour dans la vérité», §§ 48, 50 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
O ambiente natural foi dado por Deus a todos, constituindo o seu uso uma responsabilidade que temos para com os pobres, as gerações futuras e a humanidade inteira. […] Na natureza, o crente reconhece o resultado maravilhoso da intervenção criadora de Deus, de que o homem pode responsavelmente servir-se para satisfazer as suas legítimas exigências — materiais e imateriais —, no respeito pelos equilíbrios intrínsecos da própria criação. Se falta esta perspectiva, o homem acaba por considerar a natureza um tabu intocável ou, ao contrário, por abusar dela. Nem uma nem outra destas atitudes corresponde à visão cristã da natureza, fruto da criação de Deus.
A natureza é expressão de um desígnio de amor e de verdade. Precede-nos, tendo-nos sido dada por Deus como ambiente de vida. Fala-nos do Criador (Rom 1,20) e do seu amor pela humanidade. Está destinada, no fim dos tempos, a ser «instaurada» em Cristo (Ef 1,9-10; Col 1,19-20). Por conseguinte, também ela tem uma «vocação». A natureza está à nossa disposição, não como um monte de lixo espalhado ao acaso, mas como um dom do Criador, que traçou os seus ordenamentos intrínsecos, dos quais o homem há-de tirar as devidas orientações para a «guardar e cultivar» (Gn 2,15). […]
É lícito ao homem exercer um governo responsável sobre a natureza para a guardar, fazer frutificar e cultivar, inclusive com formas novas e tecnologias avançadas, para que possa acolher e alimentar condignamente a população que a habita. Há espaço para todos nesta nossa Terra: aqui, a família humana inteira deve encontrar os recursos necessários para viver decorosamente. […] Devemos, porém, sentir como gravíssimo o dever de entregar a Terra às novas gerações num estado tal, que também elas possam dignamente habitá-la e continuar a cultivá-la.
A natureza é expressão de um desígnio de amor e de verdade. Precede-nos, tendo-nos sido dada por Deus como ambiente de vida. Fala-nos do Criador (Rom 1,20) e do seu amor pela humanidade. Está destinada, no fim dos tempos, a ser «instaurada» em Cristo (Ef 1,9-10; Col 1,19-20). Por conseguinte, também ela tem uma «vocação». A natureza está à nossa disposição, não como um monte de lixo espalhado ao acaso, mas como um dom do Criador, que traçou os seus ordenamentos intrínsecos, dos quais o homem há-de tirar as devidas orientações para a «guardar e cultivar» (Gn 2,15). […]
É lícito ao homem exercer um governo responsável sobre a natureza para a guardar, fazer frutificar e cultivar, inclusive com formas novas e tecnologias avançadas, para que possa acolher e alimentar condignamente a população que a habita. Há espaço para todos nesta nossa Terra: aqui, a família humana inteira deve encontrar os recursos necessários para viver decorosamente. […] Devemos, porém, sentir como gravíssimo o dever de entregar a Terra às novas gerações num estado tal, que também elas possam dignamente habitá-la e continuar a cultivá-la.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 19 de novembro de 2014
Estando eles a ouvir estas coisas, Jesus acrescentou uma parábola, por estar perto de Jerusalém e porque julgavam que o reino de Deus se havia de manifestar em breve. Disse pois: «Um homem nobre foi para um país distante tomar posse de um reino, para depois voltar. Chamando dez dos seus servos, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai com elas até eu voltar. Mas os seus concidadãos aborreciam-no e enviaram atrás dele deputados encarregados de dizer: Não queremos que este reine sobre nós. «Quando ele voltou, depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar aqueles servos a quem dera o dinheiro, a fim de saber quanto tinha lucrado cada um. Veio o primeiro e disse: Senhor, a tua mina rendeu dez minas. Ele disse-lhe: Está bem, servo bom; porque foste fiel no pouco, serás governador de dez cidades. Veio o segundo e disse: Senhor, a tua mina rendeu cinco minas. Respondeu-lhe: Sê tu também governador de cinco cidades. Veio depois o outro e disse: Senhor, eis a tua mina que guardei embrulhada num lenço, porque tive medo de ti, que és um homem austero, que tiras donde não puseste e recolhes o que não semeaste. Disse-lhe o senhor: Servo mau, pela tua mesma boca te julgo. Sabias que eu sou um homem austero, que tiro donde não pus e recolho o que não semeei; então, porque não puseste o meu dinheiro num banco, para que, quando eu viesse, o recebesse com os juros? Depois disse aos que estavam presentes: Tirai-lhe a mina, e dai-a ao que tem dez. Eles responderam-lhe: Senhor, ele já tem dez. Pois eu vos digo que àquele que tiver, se lhe dará; mas àquele que não tem, ainda mesmo o que tem lhe será tirado. Quanto, porém, àqueles meus inimigos, que não quiseram que eu fosse seu rei, trazei-os aqui e degolai-os na minha presença!». Dito isto, ia Jesus adiante, subindo para Jerusalém.
Lc 19, 11-28