sábado, 15 de novembro de 2014
«Confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei»
Concílio Vaticano II
Constituição dogmática sobre a Igreja no mundo actual «Gaudium et spes», §§ 33-35
Constituição dogmática sobre a Igreja no mundo actual «Gaudium et spes», §§ 33-35
Sempre o homem procurou, com o seu trabalho e engenho, desenvolver mais a própria vida. […] Muitas são as questões que se levantam entre os homens, perante este imenso empreendimento, que já atingiu todo o género humano. Qual o sentido e valor desta actividade? Como se devem usar estes bens? […]
Uma coisa é certa para os crentes: a actividade humana individual e colectiva, aquele imenso esforço com que os homens, no decurso dos séculos, tentaram melhorar as suas condições de vida, corresponde à vontade de Deus. Pois o homem, criado à imagem de Deus, recebeu o mandamento de dominar a terra com tudo o que ela contém (Gn 1,26ss), de governar o mundo na justiça e na santidade e, reconhecendo Deus como Criador universal, de se orientar a si e ao universo para Ele; de maneira que, estando todas as coisas sujeitas ao homem, seja glorificado em toda a terra o nome de Deus. Isto aplica-se também às actividades de todos os dias. […]
Mas quanto mais aumenta o poder dos homens, tanto mais cresce a sua responsabilidade, pessoal e comunitária. Vê-se, portanto, que a mensagem cristã não afasta os homens da tarefa de construir o mundo, nem os leva a desatender o bem dos seus semelhantes, mas que, antes, os obriga ainda mais a realizar essas actividades. A actividade humana, do mesmo modo que procede do homem, assim para ele se ordena. De facto, quando age, o homem não transforma apenas as coisas e a sociedade, mas realiza-se a si mesmo. […] O homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem. Do mesmo modo, tudo o que o homem faz para conseguir mais justiça, mais fraternidade, uma organização mais humana das relações sociais, vale mais do que os progressos técnicos.
Uma coisa é certa para os crentes: a actividade humana individual e colectiva, aquele imenso esforço com que os homens, no decurso dos séculos, tentaram melhorar as suas condições de vida, corresponde à vontade de Deus. Pois o homem, criado à imagem de Deus, recebeu o mandamento de dominar a terra com tudo o que ela contém (Gn 1,26ss), de governar o mundo na justiça e na santidade e, reconhecendo Deus como Criador universal, de se orientar a si e ao universo para Ele; de maneira que, estando todas as coisas sujeitas ao homem, seja glorificado em toda a terra o nome de Deus. Isto aplica-se também às actividades de todos os dias. […]
Mas quanto mais aumenta o poder dos homens, tanto mais cresce a sua responsabilidade, pessoal e comunitária. Vê-se, portanto, que a mensagem cristã não afasta os homens da tarefa de construir o mundo, nem os leva a desatender o bem dos seus semelhantes, mas que, antes, os obriga ainda mais a realizar essas actividades. A actividade humana, do mesmo modo que procede do homem, assim para ele se ordena. De facto, quando age, o homem não transforma apenas as coisas e a sociedade, mas realiza-se a si mesmo. […] O homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem. Do mesmo modo, tudo o que o homem faz para conseguir mais justiça, mais fraternidade, uma organização mais humana das relações sociais, vale mais do que os progressos técnicos.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho de Domingo dia 16 de novembro de 2014
«Será também como um homem que, estando para empreender uma viagem, chamou os seus servos, e lhes entregou os seus bens. Deu a um cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual segundo a sua capacidade, e partiu. O que tinha recebido cinco talentos, logo em seguida, foi, negociou com eles, e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que tinha recebido dois, ganhou outros dois. Mas o que tinha recebido um só, foi fazer uma cova na terra, e nela escondeu o dinheiro do seu senhor. «Muito tempo depois, voltou o senhor daqueles servos e chamou-os a contas. Aproximando-se o que tinha recebido cinco talentos, apresentou-lhe outros cinco, dizendo: “Senhor, entregaste-me cinco talentos, eis outros cinco que lucrei”. Seu senhor disse-lhe: “Está bem, servo bom e fiel, já que foste fiel em poucas coisas, dar-te-ei a intendência de muitas; entra no gozo do teu senhor”. Apresentou-se também o que tinha recebido dois talentos, e disse: “Senhor, entregaste-me dois talentos, eis que lucrei outros dois”. Seu senhor disse-lhe: “Está bem, servo bom e fiel, já que foste fiel em poucas coisas, dar-te-ei a intendência de muitas; entra no gozo do teu senhor”. «Apresentando-se também o que tinha recebido um só talento, disse: “Senhor, sei que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Tive receio e fui esconder o teu talento na terra; eis o que é teu”. Então, o seu senhor disse-lhe: “Servo mau e preguiçoso, sabias que eu colho onde não semeei, e que recolho onde não espalhei. Devias pois dar o meu dinheiro aos banqueiros e, à minha volta, eu teria recebido certamente com juro o que era meu. Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos, porque ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, tirar-se-lhe-á até o que tem. E a esse servo inútil lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes”.
Mt 25, 14-30
O amor humano pelos netos
Na secretária do avô em 2002 |
O meu neto mais velho completa hoje 20 anos e de facto o meu amor, diria mesmo a minha paixão, por ele e pelo irmão, não seria certamente tão profundo e presente, se o meu amor a Deus Nosso Senhor não fosse uma constância no meu coração quando penso neles.
Sabê-Lo presente, conforta-me e tranquiliza-me, pois sem Ele, eles não existiriam e não me seria possível usufruir e gozar o enorme amor humano que lhes tenho.
Agradeço-Te Senhor pelos filhos e netos que me ofereceste e rogo-Te que os protejas.
JPR (texto escrito em 2008, tendo-se apenas adaptado a idade)
«É preciso orar sempre sem desfalecer»
São João Cassiano (c. 360-435), fundador de mosteiro em Marselha
Conferências, n°9; SC 34
Conferências, n°9; SC 34
O objectivo último do monge e a perfeição do coração consistem numa perseverança ininterrupta na oração. Tanto quanto é dado à fragilidade humana, trata-se de um esforço em direcção a uma absoluta tranquilidade da alma e a uma perfeita pureza de coração. É por esta razão que devemos afrontar os trabalhos corporais e procurar por todos os meios a verdadeira contrição do coração, com uma constância que não desfaleça.
Para ter o fervor e a pureza que deve ter, a oração exige uma fidelidade total no que respeita aos seguintes aspectos. Em primeiro lugar, uma libertação completa de todas as inquietações relacionadas com este mundo; não pode haver assunto algum ou qualquer interesse que não deva ser totalmente excluído. Do mesmo modo, renunciar à maledicência, à coscuvilhice, à palavra vã e à zombaria. Acima de tudo, suprimir definitivamente as perturbações da cólera e da tristeza. Fazer morrer em si todo o desejo carnal e o apego ao dinheiro. […] Após esta purificação, que assegura a pureza e a simplicidade, há que lançar o fundamento inquebrantável de uma humildade profunda, capaz de sustentar a torre espiritual que se pretende que chegue ao céu. Por fim, para que sobre ela repouse o edifício espiritual das virtudes, é preciso proibir à alma toda a dispersão em divagações e pensamentos fúteis. Então, um coração purificado e livre começa pouco a pouco a elevar-se até à contemplação de Deus e à intuição das realidades espirituais.
Para ter o fervor e a pureza que deve ter, a oração exige uma fidelidade total no que respeita aos seguintes aspectos. Em primeiro lugar, uma libertação completa de todas as inquietações relacionadas com este mundo; não pode haver assunto algum ou qualquer interesse que não deva ser totalmente excluído. Do mesmo modo, renunciar à maledicência, à coscuvilhice, à palavra vã e à zombaria. Acima de tudo, suprimir definitivamente as perturbações da cólera e da tristeza. Fazer morrer em si todo o desejo carnal e o apego ao dinheiro. […] Após esta purificação, que assegura a pureza e a simplicidade, há que lançar o fundamento inquebrantável de uma humildade profunda, capaz de sustentar a torre espiritual que se pretende que chegue ao céu. Por fim, para que sobre ela repouse o edifício espiritual das virtudes, é preciso proibir à alma toda a dispersão em divagações e pensamentos fúteis. Então, um coração purificado e livre começa pouco a pouco a elevar-se até à contemplação de Deus e à intuição das realidades espirituais.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 15 de novembro de 2014
Disse-lhes também uma parábola, para mostrar que importa orar sempre e não cessar de o fazer: «Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus nem respeitava os homens. Havia também na mesma cidade uma viúva, que ia ter com ele, dizendo: Faz-me justiça contra o meu adversário. Ele, durante muito tempo, não a quis atender. Mas, depois disse consigo: Ainda que eu não tema a Deus nem respeite os homens, todavia, visto que esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, para que não venha continuamente importunar-me». Então o Senhor acrescentou: «Ouvi o que diz este juiz iníquo. E Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, e tardará em socorrê-los? Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, julgais vós que encontrará fé sobre a terra?».
Lc 18, 1-8