As boas amigas almas do Purgatório

Sejamos generosos no oferecimento de sufrágios, em primeiro lugar a Santa Missa, pelas almas do purgatório, especialmente pelas mais necessitadas. Impressiona-me pensar como o nosso Padre amava e tratava todos os que nos precederam neste caminhar terreno: as suas filhas e filhos, os seus pais e irmãos e, com o mesmo afeto, os nossos, todas as almas do Purgatório, as suas boas amigas. Notava-se bem a sua convicção de que vita mutátur, non tóllitur [22], a vida muda, não se perde quando se seguiu o Senhor.

Comunico-vos, com alegria, que no dia 3 deste mês vou a Moscovo: acompanhai-me desde agora nesta viagem, com a vossa oração. E no sábado, dia 8, vou administrar a ordenação diaconal a 32 irmãos vossos: rezemos por eles, para que sejam santos, e por todos os ministros da Igreja, desde o Papa até ao último recém-ordenado, amando muito cada um. No dia 28, aniversário da ereção da Obra em Prelatura pessoal, agradeçamos especialmente à Santíssima Trindade a configuração jurídica definitiva do Opus Dei: esta pequena parte da Igreja que os sacerdotes e os leigos formam, e que tanto facilita o nosso serviço a toda a Igreja e às almas.

Continuai a rezar pelos frutos do recente Sínodo extraordinário dos Bispos e por todas as minhas outras intenções.

[22]. Missal Romano, Prefácio I de defuntos.

D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de novembro de 2014
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

Aumentar a nossa fé na Igreja

Papa Francisco 
Audiência geral de 29/05/2013


Hoje, gostaria de encetar algumas catequeses sobre o mistério da Igreja, mistério que todos nós vivemos e do qual fazemos parte. Gostaria de o fazer com expressões bem presentes nos textos do Concílio Ecuménico Vaticano II. Hoje, a primeira: a Igreja como família de Deus. A própria palavra «Igreja», do grego «ekklesia», significa «convocação»: Deus convoca-nos, impele-nos a sair do individualismo, da tendência de nos fecharmos em nós mesmos, e chama-nos a fazer parte da sua família. […]

Ainda hoje alguns dizem: «Cristo sim, a Igreja não». Como aqueles que dizem: «Creio em Deus, mas não nos sacerdotes». Mas é precisamente a Igreja que nos traz Cristo e que nos leva a Deus; a Igreja é a grande família dos filhos de Deus. Sem dúvida, ela também tem aspectos humanos; naqueles que a compõem, pastores e fiéis, existem defeitos, imperfeições e pecados; até o Papa os tem, e tem tantos! Mas é bom saber que, quando nos damos conta de que somos pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, que perdoa sempre. Não o esqueçais: Deus perdoa sempre e recebe-nos no seu amor de perdão e de misericórdia. Alguns dizem que o pecado é uma ofensa a Deus, mas é também uma oportunidade de humilhação, para nos darmos conta de que existe algo melhor: a misericórdia de Deus. Pensemos nisto.

Interroguemo-nos hoje: amo a Igreja? Rezo por ela? Sinto-me parte da família da Igreja? O que faço para que ela seja uma comunidade na qual cada um se sinta acolhido e compreendido, sinta a misericórdia e o amor de Deus que renova a vida? A fé é um dom e um acto que nos diz respeito pessoalmente, mas Deus chama-nos a viver juntos a nossa fé como família, como Igreja.

O Evangelho do dia 10 de novembro de 2014

Assim falou Jesus; depois, levantando os olhos ao céu, disse: «Pai, chegou a hora: Glorifica o Teu Filho, para que Teu Filho Te glorifique a Ti e, pelo poder que Lhe deste sobre toda a criatura, dê a vida eterna a todos os que lhe deste. Ora a vida eterna é esta: Que Te conheçam a Ti como o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo a Quem enviaste. Glorifiquei-Te sobre a terra; acabei a obra que Me deste a fazer. E agora, Pai, glorifica-Me junto de Ti mesmo, com aquela glória que tinha em Ti antes que houvesse mundo. «Manifestei o Teu nome aos homens que Me deste do meio do mundo. Eram Teus e Tu Mos deste; e guardaram a Tua palavra.

Lc 17, 1-6