quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Amar a Cristo...

Querido Jesus, guia-nos na total submissão à Tua vontade imitando-Te como na que tiveste em relação a Maria Santíssima e a São José.

A Tua submissão desde criança foi o prenúncio e o espelho de toda a Tua vida entre nós de servir e nunca de ser servido, ajuda-nos pois a ter a humildade e o amor ao próximo para seguirmos o Teu exemplo. 

Não nos deixes, Te rogamos, a jamais nos acomodarmos no convencimento presunçoso de que já somos bons filhos Teus.

Senhor Jesus Filho de Deus tem compaixão de nós que somos soberbos!

JPR

«O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador»

Liturgia latina 
Sequência dos séculos XIV/XV

Ó Virgem, Templo da Trindade, ao ver a vossa humildade o Deus de bondade enviou um mensageiro para vos dizer que de vós queria nascer. O anjo trouxe-vos a salvação da graça [...], vo-la explicou, nela consentistes e, acto contínuo, em vós encarnou o Rei da glória. Por essa alegria, vos rogamos, fazei-nos favorável este grande Rei. [...]

A vossa alegria seguinte foi terdes dado à luz o Sol, vós, a Estrela [...], sem que se produzisse em vós qualquer alteração ou mágoa: tal como a flor não perde o seu esplendor ao dar o seu perfume, assim também a vossa virgindade nada perdeu quando o Criador Se dignou nascer de vós. Maria, Mãe de bondade, sede-nos propícia no caminho que leva ao vosso Filho. [...]

A estrela que vistes pairar por sobre o vosso Menino anunciou a terceira alegria, a adoração dos Magos, que Lhe vieram oferecer as variadas riquezas da terra. [...] Maria, estrela do mundo, purificai-nos do pecado!

A vossa quarta alegria chegou quando Cristo ressuscitou dentre os mortos [...]: renasceu a esperança e foi banida a morte. Que quinhão repartis destas maravilhas, ó cheia de graça (Lc 1,28)! Ficou vencido o inimigo [...], o homem liberto e elevado até aos céus. Mãe do Criador, dignai-vos interceder assiduamente para que, depois desta alegria pascal e do labor duma vida inteira, sejamos aceites nos coros celestes!

A vossa quinta alegria foi terdes visto a vosso Filho subir ao céu envolvido em glória tal, que revelou mais do que nunca Aquele de quem sois a Mãe, o vosso próprio Criador, que ao elevar-Se mostrou aos homens o caminho das moradas celestes. [...] Por esta nova alegria, fazei-nos, ó Maria, subir ao céu para convosco e com o vosso Filho gozarmos da felicidade eterna! [...]

Foi o divino Paráclito quem, sob a forma de línguas de fogo, fortificando [...] e inflamando os apóstolos, vos trouxe ainda uma sexta alegria, curando o homem cuja boca o havia perdido e purificando a sua alma do pecado. Pela alegria desta visita, intercedei por nós junto do vosso Filho, ó Virgem Maria, para chegarmos ao dia do Juízo livres de toda a mancha.

Foi Cristo quem vos convidou à sétima alegria ao chamar-vos deste mundo à morada celeste e sentar-vos no trono onde recebeis incomparável devoção, envolvida por glória maior do que qualquer outro habitante do céu. [...] Fazei-nos sentir o efeito da vossa ternura, ó Virgem, mãe de bondade. [...] Por esta alegria purificai-nos e conduzi-nos à bem-aventurança eterna! Levai-nos convosco à glória do Paraíso. Amen.

O Evangelho do dia 15 de agosto de 2014 - Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria

Naqueles dias, levantando-se Maria, foi com pressa às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que, logo que Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe no ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo; e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre. Donde a mim esta dita, que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Porque, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor». Então Maria disse: «A minha alma glorifica o Senhor; e o meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para a humildade da Sua serva. Portanto, eis que, de hoje em diante, todas as gerações me chamarão ditosa, porque o Todo-poderoso fez em mim grandes coisas. O Seu nome é Santo, e a Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, dispersou os homens de coração soberbo. Depôs do trono os poderosos, elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e aos ricos despediu de mãos vazias. Tomou cuidado de Israel, Seu servo, lembrado da Sua misericórdia; conforme tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre». Maria ficou com Isabel cerca de três meses; depois voltou para sua casa.

Lc 1, 39-56

A Assunção de Nossa Senhora

No dia 15 de Agosto a Igreja celebra a festa da Assunção de Nossa Senhora. "Pensa em Santa Maria, a cheia de graça, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo: no seu Coração cabe a humanidade inteira sem diferenças nem discriminações. Cada um é seu filho, ou sua filha."(Sulco, 801)

Assumpta est Maria in coelum gaudent angeli! – Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para o Céu. E os Anjos rejubilam!
Assim canta a Igreja. – E é assim, com este clamor de regozijo, que começamos a contemplação, desta dezena do Santo Rosário.
Adormeceu a Mãe de Deus. – Em volta do seu leito encontram-se os doze Apóstolos.
–Matias substituiu Judas.
E nós, por graça que todos respeitam, estamos também a seu lado.
Mas Jesus quer ter Sua Mãe, em corpo e alma, na Glória. – E a Corte celestial ostenta todo o seu esplendor, para receber a Senhora. – Tu e eu – crianças, afinal – pegamos na cauda do esplêndido manto azul da Virgem e assim podemos contemplar aquela maravilha.
A Trindade Santíssima recebe e cumula de honras a Filha, Mãe e Esposa de Deus... – E é tamanha a majestade da Senhora, que os Anjos perguntam Quem é esta? (Santo Rosário, 14)

Assumpta est Maria, in coelum, gaudent angeli. Maria foi levada por Deus, em corpo e alma, para os Céus. Há alegria entre os anjos e os homens. Qual a razão desta satisfação íntima que descobrimos hoje, com o coração que parece querer saltar dentro do peito e a alma cheia de paz?. Celebramos a glorificação da nossa Mãe e é natural que nós, seus filhos, sintamos um júbilo especial ao ver como é honrada pela Trindade Beatíssima.
Cristo, seu Filho Santíssimo, nosso irmão, deu-no-la por Mãe no Calvário, quando disse a S. João: eis aqui a tua Mãe. E nós recebêmo-la, com o discípulo amado, naquele momento de imenso desconsolo. Santa Maria acolheu-nos na dor, quando se cumpriu a antiga profecia: e uma espada trespassará a tua alma. Todos somos seus filhos; ela é Mãe de toda a Humanidade. E agora, a Humanidade comemora a sua inefável Assunção: Maria sobe aos céus, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo. Mais do que Ela, só Deus.(Cristo que passa, 171)

A festa da Assunção de Nossa Senhora apresenta-nos a realidade dessa feliz esperança. Somos ainda peregrinos, mas a Nossa Mãe precedeu-nos e aponta-nos já o termo do caminho. Repete-nos que é possível lá chegar e que, se formos fiéis, lá chegaremos, pois a Santíssima Virgem não é só nosso exemplo, mas também auxílio dos cristãos. E perante a nossa petição –Monstra te esse Matrem, mostra que és Mãe – não pode nem quer negar-se a cuidar dos seus filhos com solicitude maternal. (Cristo que passa, 177)

Quando se dá a debandada dos Apóstolos, e o povo enraivecido rasga as gargantas em ódio a Cristo, Santa Maria segue de perto o seu Filho pelas ruas de Jerusalém. Não a arreda o clamor da multidão, nem deixa de acompanhar o Redentor enquanto todos os do cortejo, no anonimato, se fazem covardemente valentes para maltratar Cristo.
Invoca-a com força – «Virgo fidelis!», Virgem fiel! – e roga-lhe que os que nos dizemos amigos de Deus o sejamos deveras e a toda a hora. (Sulco, 51)

São Josemaría Escrivá

A fé viva assenta na fidelidade das testemunhas escolhidas pelo Senhor

Como serviço à unidade da fé e à sua transmissão íntegra, o Senhor deu à Igreja o dom da sucessão apostólica. Por seu intermédio, fica garantida a continuidade da memória da Igreja, e é possível beber, com certeza, na fonte pura donde surge a fé; assim a garantia da ligação com a origem é-nos dada por pessoas vivas, o que equivale à fé viva que a Igreja transmite. Esta fé viva assenta sobre a fidelidade das testemunhas que foram escolhidas pelo Senhor para tal tarefa; por isso, o magistério fala sempre em obediência à Palavra originária, sobre a qual se baseia a fé, e é fiável porque se entrega à Palavra que escuta, guarda e expõe.[45] No discurso de despedida aos anciãos de Éfeso, em Mileto, referido por São Lucas nos Actos dos Apóstolos, São Paulo atesta que cumpriu o encargo, que lhe foi confiado pelo Senhor, de lhes anunciar toda a vontade de Deus (cf. Act 20, 27); é graças ao magistério da Igreja que nos pode chegar, íntegra, esta vontade e, com ela, a alegria de a podermos cumprir plenamente.

[45]  Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. dogm. sobre a divina Revelação Dei Verbum, 10.

Lumen Fidei, 49

São Maximiliano Maria Kolbe (reflexão)

Homens como São Maximiliano Kolbe (1894-1941), canonizado pelo seu grande compatriota Papa João Paulo II em 10 de Outubro de 1982 e com Memória Litúrgica a cada 14 de Agosto, constituem uma Máxima de incalculável valor para a vida da Igreja e do mundo, especialmente num tempo como o nosso em que da ordem do dia fazem ainda parte, como por muito mais tempo continuarão a fazer, temas tão pertinentes, urgentes e difíceis, como sejam o da paz e o do entendimento entre povos e nações, a reconciliação nas e entre as famílias; um tempo, portanto, tão carente como sempre antes se esteve e depois ainda estará dos dons que são a reconciliação e o perdão; um tempo, enfim, em que mais do que nunca não aderir à Lei do Amor é percorrer estradas de mal e caminhos de acrescentada violência. No mínimo, da vida e da morte de Maximiliano Maria Kolbe deveremos, nós os de agora e todos os que vierem depois, procurar aprender a “máxima” da sua vida, que o foi sobretudo na sua oblativa morte, e que consistia em palavras aparentemente tão "simples" como estas que Maximiliano Kolbe sempre aos seus colaboradores: “nunca deixar esquecido o Amor!” 

Hoje é com gratidão que recordo três pontos que julgo ser de contacto "pessoal" com este grande Santo Franciscano do século XX:

1. Maximiliano Kolbe é um dos Santos Canonizados da Igreja que, como estudante, passou pelos bancos da Universidade Gregoriana e em particular pela sua Faculdade de Filosofia, à qual agora tenho o gosto, e a responsabilidade, de pertencer;

2. Em 1998, quando em visita ao Campo de Concentração de Auschwitz, fiquei imensamente tocado pelo sentido de Presença que senti reflectida no meu coração a partir da deflecção que me"vinha" das paredes da pequeníssima cela do infame Bloco 14 daquele que foi durante a Segunda Guerra Mundial um dos mais brutais campos de concentração e de morte de toda a história, aquele mesmo em que no dia 14 de Agosto de 1941, depois de 14 dias de inacreditável tortura, Maximiliano Kolbe, sem culpa alguma mesmo diante das leis mais iníquas que governavam aquele lugar de terror e de morte, mas tendo-se oferecido em substituição de um condenado que era pai de família para que este pudesse viver e retornar ao convívio dos seus, morreu na sequência da injecção de ácido fénico que lhe deram, expirando com as seguintes palavras na sua boca: «Ave Maria»!

3. Em 2008, passando por Nagasaki tive a grata surpresa, ao entrar no Museu adjunto à Igreja de Oura, de ali mesmo ter ficado a saber o que até então não sabia, ou seja, que nos finais dos anos 20 do século passado, Padre Maximiliano tinha alargado ao Japão a sua extraordinária actividade de publicista, remontando a 1930 o início da publicação na cidade de Nagasaki e a partir da sua nova “Cidade de Maria” da versão Japonesa do “Cavaleiro da Imaculada” que desde há anos produzia anualmente milhões de cópias de um jornal inteiramente dedicado ao serviço da Igreja e da Fé sob a inspiração do Coração Imaculado de Maria. Em 2008, aprendi também que na “Cidade de Maria” fundada por Maximiliano Kolbe, entretanto martirizado no Campo de Concentração de Auschwitz, encontraram refúgio numerosas vítimas do Bombardeamento Atómico da cidade no dia 9 de Agosto de 1945. 

Dito isto, gostaria de terminar com palavras que não podem ser senão de humilde e profunda veneração diante de um Santo que se licenciou em Filosofia na Faculdade a que agora pertenço; que descobriu e realizou uma extraordinária obra de publicitação dos princípios e valores do Cristianismo através de numerosas publicações de massa, uma das quais, em pouco tempo ultrapassou, só na Polónia, o milhão de cópias por edição; que percebeu como poucos a natureza global do Cristianismo, ousando transplantar o modelo de sucesso que tinha no seu País natal para uma outra realidade, completamente diferente tanto do ponto de vista cultural como do social e político, entrando com grande determinação no espaço japonês de missionação; um homem que nunca se vergou aos poderes do mal e da injustiça e que sempre preferiu permanecer ao lado dos mais pobres e vulneráveis (quando teve a possibilidade de obter cidadania alemã, que eventualmente o teria salvo dos suplícios de Auschwitz, ele recusou, e nunca deixou de levar por diante a sua Obra mesmo debaixo das ameaças mais grotescas e brutais das forças nazis invasores da sua Polónia natal); um homem, enfim, que no Bloco 14 de Auschwitz, para salvar um pai de família caído em desespero por ter sido condenado a terrível morte de fome em bloco de isolamento como represália nazi contra uma pequena revolta naquele mesmo campo de concentração, se oferece em substituição oblativa e, assim, morrendo uma morte que malgrado as terríveis e inapeláveis circunstâncias foi já "gloriosa" (recordo ainda a emoção que senti ao ver como tão apropriadamente no centro da cela em que morreu Maximiliano Kolbe brilhava na escuridão do espaço e no turbo escurecido das paredes circundantes o Círio que nos identifica com a Luz do Pascal Mistério de Cristo), uma morte, portanto, que por si só se transformou já naquele 14 de Agosto de 1941 e de modo definitivo em sinal perene do Amor mais puro e duradoiro, mais humano e divino, mais radical e santo. O Papa João Paulo II, seu grande admirador, com o seu habitual sentido de penetração nas necessidades espirituais mais prementes do tempo presente, declarou São Maximiliano Kolbe “Padroeiro do nosso difícil século”. De facto, é mesmo de perguntar se uma figura tão grandiosa como a de Maximiliano Kolbe não pode ser declarado também Padroeiro das dificuldades de todos os séculos, particularmente dos futuros, pois o seu exemplo nos faz ver que, no mundo, nada há de mais difícil do que implementar, sobretudo de forma estrutural, aquele Amor que na vida de São Maximiliano Kolbe foi até ao fim lei radical de Vida e na hora da morte não impediu o brilho da sua mais pura, perfeita e derradeira consagração, de resto em perfeita consonância com o Franciscanismo da sua existência. Possa, então, este grande Santo nosso contemporâneo, nosso próximo de excepcional presença, ajudar-nos a todos (sem esquecer a sua primeira Alma Mater em Roma!) a enfrentar ao Modo de Jesus e no estilo de Maria os problemas que a Vida e a Morte sempre nos colocam, sendo que o maior de todos eles é, e sempre permanecerá, este: aprender a descobrir, e sempre mais com cada dia que passa, o Sentido e o Valor que a Vida, em que a morte também se integra, tem e ganha mediante a sua projecção para o único horizonte que nos serve, pois Ele é o Infinito!

(Fonte: AQUI)

«Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete»

São João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Dives in misericordia», § 14

Cristo sublinha com insistência a necessidade de perdoar aos outros. Quando Pedro Lhe perguntou quantas vezes devia perdoar ao próximo, indicou-lhe o número simbólico de «setenta vezes sete», querendo desta forma indicar-lhe que deveria saber perdoar sempre a todos e a cada um.

É evidente que generosa exigência de em perdoar não anula as exigências objectivas da justiça. A justiça bem entendida constitui, por assim dizer, a finalidade do perdão. Em nenhuma passagem do Evangelho o perdão, ou mesmo a misericórdia como sua fonte, significam indulgência para com o mal, o escândalo, a injúria causada, ou os ultrajes. Em todos estes casos, a reparação do mal ou do escândalo, a compensação do prejuízo causado e a satisfação da ofensa são condição do perdão. [...]

A misericórdia tem, no entanto, condão de conferir à justiça um conteúdo novo, que se exprime do modo mais simples e pleno no perdão. O perdão manifesta que, além do processo [...] característico da justiça, é necessário o amor para que o homem se afirme como tal. O cumprimento das condições da justiça é indispensável, sobretudo, para que o amor possa revelar a sua própria fisionomia. [...] Com razão considera a Igreja seu dever e objectivo da sua missão assegurar a autenticidade do perdão.

O Evangelho do dia 14 de agosto de 2013

Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida.26 Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»  Tendo Jesus acabado estes discursos, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além Jordão. 

Mt 18,21-35.19,1