sábado, 5 de julho de 2014

O Evangelho de Domingo dia 6 de julho de 2014

Então Jesus, falando novamente, disse: «Eu Te louvo ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos pequeninos. Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. «Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém conhece o Filho senão o Pai; nem ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar. O «Vinde a Mim todos os que estais fatigados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo leve».

Mt 11, 25-30

O Senhor é que fez tudo

No dia 26 de junho, é já tradição em muitos sítios glorificar a Deus com a celebração do Santo Sacrifício em honra de S. Josemaria. Peço que, por sua intercessão, haja muitos frutos espirituais em todos esses locais e em todo o mundo. Na véspera, a 25 de junho, celebraram-se os setenta anos da ordenação sacerdotal de D. Álvaro. E dentro de poucos dias comemoraremos o aniversário do seu pedido de admissão na Obra, a 7 de julho de 1935. Estas efemérides ajudam-me a recordar o exemplo do meu amadíssimo predecessor, com o seu interesse atento, constante em se ocupar das necessidades espirituais e materiais das almas.

Quando fez os 50 anos da sua resposta ao chamamento do Senhor, escrevia-nos, com grande simplicidade: «a história da minha vocação é a história da oração confiada e perseverante do nosso Fundador que, durante uns 4 anos – sem sequer me conhecer, só porque uma das minhas tias lhe tinha falado de mim –, rezou para que o Senhor me concedesse esta graça tão grande, o maior presente, depois da fé, que Deus me podia ter dado. Juntamente com essa oração, e impulsionado também pelo nosso Padre, houve ainda conversas apostólicas com alguns dos seus filhos, que me convidaram para dar catequese e para visitar ‘os pobres de Nossa Senhora’, antes de me levarem à Residência de Ferraz e de me apresentarem ao nosso santo Fundador. O Senhor é que fez tudo isso» [1].

Em poucas palavras, D. Álvaro indica duas condições para obtermos do Céu o dom de seguir Cristo com plena dedicação à expansão do Seu Reino. Assinala em primeiro lugar a oração, arma principal de que nós, os cristãos, dispomos para alcançar os benefícios divinos. A outra condição, em que queria agora deter-me, é também muito necessária: servir os outros através da realização das obras de misericórdia.

O Senhor é que fez tudo, explicava D. Álvaro. Mas Ele conta com o esforço ativo e efetivo de cada um, de cada uma – com factos concretos – com sacrifício pessoal, pelas necessidades espirituais e materiais do próximo. Desde a sua primeira juventude, D. Álvaro levou muito a sério umas palavras do Mestre, que S. Mateus cita quando fala do juízo final. Refere como o Senhor convida os justos a fazer parte da Sua felicidade, e fundamenta a Sua decisão no facto de terem ajudado na Terra os mais necessitados: tive fome e destes-Me de comer, tive sede e destes-Me de beber (…). Em verdade vos digo, que tudo quanto fizestes a um só destes meus irmãos mais pequeninos foi a Mim que o fizestes [2].

[1]. D. Álvaro, Carta, 1-VII-1985 (“Cartas de família”, I, n. 173).
[2]. Mt 25, 35-40.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de julho de 2014)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

PALAVRAS ESCRITAS de Joaquim Mexia Alves

Nasce assim, de repente, uma vontade de escrever palavras e mais palavras, sobre Ti, sobre o Teu amor, sobre o que experimento e vivo, porque Te sinto comigo, porque Te sei connosco.

E nada tenho para escrever, nem uma ideia, nem um sentimento, nem uma oração, mas apenas e tão só desejo de escrever, desejo de Te escrever.
E lanço palavras à folha branca que se dá a conhecer aos meus olhos, e deixo que as palavras saiam, quase se escrevam por elas próprias.

Sabes, Senhor, é quase um sentir que Tu escreves por mim aquilo que Te hei-de escrever!
E então apetece-me ter palavras, maiores do que a minha vida, porque para te dizer sim, é preciso muito mais, do que esta vida em mim.

Sim, Senhor, se esta vida pequena que tenho e usufruo, não for cheia do amor que vem de Ti e em mim mora, como poderia eu sequer, ousar escrever o Teu Nome, ou levantar os olhos, para Te olhar nas palavras que vais escrevendo em mim.

Amo-Te?
É tão pouco, são tão curtas as palavras, e ainda por cima repetimo-las tantas vezes, e às vezes tão rotineiramente!

Adoro-Te?
Mas será que Te adoro verdadeiramente, «em espírito e verdade», ou são apenas palavras que me saem da boca, do pensamento, mas não estão enraizadas no coração?

E o que é adorar-Te?
É reconhecer-te Senhor da minha vida, Senhor de tudo, Senhor do amor, da paz e da verdade?
É prostrar-me de cara no chão, não com medo ou vergonha, mas reconhecendo-me nada para Te poder olhar?
É dizer-Te que sou Teu, e apenas Teu, e será isso verdade em mim?

Vês, Senhor, eu escrevo porque Tu me fazes escrever, mas são tantas as dúvidas do que o que escrevo seja verdade!
Não, Senhor, não tenho dúvidas que estás comigo, que estás connosco e entre nós, que és o nosso Deus e Senhor!
Não, Senhor, essas dúvidas não tenho!

As minhas dúvidas, Senhor, são a minha resposta ao Teu amor, a minha entrega à Tua entrega, o dar a minha vida à Tua vida!
São essas as minhas dúvidas!

Mas Tu és a misericórdia, és o perdão, és o tudo do meu nada, não é verdade, Senhor?
Conheces as minhas dúvidas, porque conheces as minhas limitações, porque sabes das minhas fraquezas.

Então, Senhor, posso descansar no Teu amor, porque Te sei junto a mim, sorrindo, olhando-me como a uma criança que quer muito agradar, mas ainda não sabe como.

E dizes-me muito baixinho, repassado de ternura: Pára agora de escrever, descansa agora as palavras, e ama, apenas ama, assim de coração aberto, onde Me vais encontrar.

Obrigado, Senhor!

Monte Real, 26 de Junho de 2012

Joaquim Mexia Alves AQUI

A Eucaristia: dom de Cristo/Esposo à Igreja/Esposa

São João Paulo II (1920-2005), papa 
Carta apostólica «Mulieris dignatatem», §§26-27


É na Eucaristia que, em primeiro lugar, se exprime de modo sacramental o acto redentor de Cristo Esposo em relação à Igreja Esposa. […] O Concílio Vaticano II renovou na Igreja a consciência da universalidade do sacerdócio. Na Nova Aliança, há um só sacrifício e um só sacerdote: Cristo. Deste único sacerdócio participam todos os baptizados, tanto homens como mulheres, enquanto devem «oferecer-se a si mesmos como vítima viva, santa, agradável a Deus» (cf Rom 12,1), dar em toda parte testemunho de Cristo e, a quem pergunte, dar uma resposta acerca da esperança da vida eterna (cf 1 Pdr 3,15). […] Na Igreja, todos […] participam, não só da missão sacerdotal, mas também da missão profética e real de Cristo Messias.

Esta participação determina, outrossim, a união orgânica da Igreja, como Povo de Deus, com Cristo. Nela se exprime ao mesmo tempo o «grande mistério» da Carta aos Efésios: a Esposa unida ao seu Esposo, unida porque vive a sua vida; unida porque participa na sua tríplice missão […]; unida de maneira a responder com um «dom sincero de si mesma» ao dom inefável do amor do Esposo, Redentor do mundo. Isto diz respeito a toda a Igreja, tanto a mulheres como a homens, e diz respeito obviamente também àqueles que participam do sacerdócio ministerial, que é por natureza um serviço. No âmbito do «grande mistério» de Cristo e da Igreja, todos são chamados a responder – como uma esposa – com o dom da sua vida ao dom inefável do amor de Cristo, o qual, como Redentor do mundo, é o único Esposo da Igreja.

O Evangelho do dia 5 de julho de 2014

Então foram ter com Ele os discípulos de João e disseram-Lhe: «Qual é a razão por que nós e os fariseus jejuamos e os Teus discípulos não jejuam?». Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem estar tristes os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo e então eles jejuarão. Ninguém deita um remendo de pano novo em vestido velho, porque este remendo levaria consigo uma parte do vestido e ficava pior o rasgão. Nem se deita vinho novo em odres velhos; doutro modo rebentam os odres, derrama-se o vinho e perdem-se os odres. Mas deita-se o vinho novo em odres novos; e assim ambas as coisas se conservam».

Mt 9, 14-17