sexta-feira, 16 de maio de 2014

Para conhecer Jesus é preciso abrir três portas

Primeira porta: rezar a Jesus. O estudo sem oração não serve. Rezar a Jesus para conhecê-Lo melhor. Os grandes teólogos fazem teologia de joelhos. E com o estudo, com a oração, nos aproximamos um pouco.... Mas sem oração jamais conheceremos Jesus. Jamais!

Segunda porta: celebrar Jesus. Não basta a oração, mas também a alegria da celebração. Celebrar Jesus nos seus Sacramentos, porque ali nos dá a vida, a força, o alimento, o conforto, a aliança e a missão. Sem a celebração dos Sacramentos, não conseguiremos conhecer Jesus. Isso é próprio da Igreja: a celebração.

Terceira porta: imitá-Lo. Pegar o Evangelho: o que Ele fez, como era a sua vida, o que nos disse, o que nos ensinou e tentar imitá-Lo.

Papa Francisco – Homilia Santa Missa na Casa de Santa Marta de 16.05.2014

NUNC COEPI : O respeito pela vida humana (testemunho)

NUNC COEPI : O respeito pela vida humana (testemunho)Não gosto de enviar as "Notícias..." com demasiada frequência mas queria fazer uma excepção. Nasceu há dois dias o filho duma prima minha, que acabou por morrer passado umas horas. Encaminho uma carta que escreveu a minha irmã mais nova:
"A Missa de corpo presente é hoje - dia 16 -, em Lisboa(p. miguel cabral)"

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A partir de hoje já temos mais um Santo no céu a interceder por nós, o Afonso de Santa Maria.
Há nove meses atrás a minha prima Ana e o João, seu marido, receberam a notícia de que iam ter mais um filho. Já tinham o querido Joãozinho, com 1 ano.
Quando fizeram a ecografia de rotina, aos três meses, descobriu-se que o bebé tinha uma deficiência muito grave na cabeça. Ainda não se sabia ao certo qual, mas sabia-se que seria um caso muito complicado. Lembro-me de receber a notícia pela irmã da Ana, a Isabel. Ligou-me a pedir que rezássemos muito pelo bebé porque alguma coisa não estava bem, apesar de não se saber ao certo o que seria. Eu também estava grávida e consegui imaginar o sofrimento que a Ana e o João sentiam.
Mais tarde falei com a Ana, e ela calma como sempre, disse ‘Vai ser o que Deus quiser’.
Entretanto os dias foram passando e, depois de mais alguns exames, percebeu-se que o cenário era o pior: o bebé tinha um problema gravíssimo na cabeça e que, à partida, seria incompatível com a vida.
Se calhar a decisão mais lógica seria interromper a gravidez, já que não havia maneira do bebé sobreviver com o problema que tinha. Mas para a Ana e para o João essa decisão não fazia sentido. Lembro-me de falar com eles sobre este assunto e de o João dizer que nunca nenhum familiar ou amigo os influenciou na decisão de deixar o Afonso ficar até Deus querer. Foi uma decisão só deles e que, para eles, fazia todo o sentido.

A gravidez foi-se desenvolvendo e felizmente tive a oportunidade de testemunhar o exemplo que a Ana e o João foram para todos nós. Imagino o sofrimento que sentiram ao longo destes meses, e que infelizmente continuam a sentir, mas foi tão bom ver a serenidade e a confiança em Deus que transmitiam.
Nunca ninguém os ouviu queixarem-se da situação; nunca ninguém os viu com cara pesarosa. Tudo isto seria absolutamente admissível, claro.
Lembro-me de uma vez em que jantaram em nossa casa e nos disseram que sabiam que o Afonso tinha vindo ao mundo por uma razão, e que essa razão era boa. Porque graças a ele, puderam receber o enorme apoio de familiares e amigos. E tiveram a graça de estar em privado com o Papa Francisco, que lhes deu a bênção pessoalmente. Mesmo no meio de todo o sofrimento, eles conseguiram perceber que o Afonso não tinha sido concebido só para lhes causar sofrimento, mas sim com a missão de lhes trazer coisas boas. E que descanso era ouvi-los dizer isto!

Foi no dia 13 de Maio, no dia de Nossa Senhora, que nasceu o nosso querido Afonso. Pouco tempo depois de nascer o bebé a Ana chamou-me para ir ter com ela ao recobro. Não sabia o que lhe dizer, como apoiá-la a ela e ao João… Mas no momento em que entrei na sala onde estava a Ana e a vi tão triste, mas ao mesmo tempo tão tranquila, percebi que não valia a pena dizer nada.

O Afonso já tinha sido levado para outra sala e estava em observação. Logo depois de nascer foi Batizado pelo meu pai, que apesar de ser obstetra, estava lá como Tio, muito amigo da Ana e do João, e também como padrinho do Afonso.

Tenho a certeza que todo o apoio que a Ana e o João tiveram ao longo destes meses, foi muito importante para ajudar a aceitar todo o sofrimento. Para além do apoio incondicional dos familiares (principalmente dos pais Afonso, Lidá, João e Catarina) e dos amigos, tiveram também a sorte de ser acompanhados por um obstetra que respeitou sempre a decisão deles e que demonstrou um grande profissionalismo durante todo o processo. O apoio que também tiveram do meu pai, sei que foi também muito importante e permanente.

Durante a madrugada do dia 14 de Maio, o Afonso foi para o céu e a Ana e o João estiveram com ele até ao fim.

Ao testemunho acrescento este vídeo onde a minha prima e o João (que ajudou à Missa do Papa) aparecem:

«Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida»

São Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja 
Comentário ao evangelho de João, 14,2

Cristo é ao mesmo tempo o caminho e o termo. É o caminho segundo a Sua humanidade; é o termo segundo a Sua divindade. Neste sentido, enquanto homem, diz: «Eu sou o caminho»; enquanto Deus, acrescenta: «a verdade e a vida». Estas duas palavras indicam com toda a propriedade o termo deste caminho. Na verdade, o termo deste caminho é a aspiração do desejo humano. [...] Ele é o caminho para chegar ao conhecimento da verdade, ou melhor, Ele próprio é a verdade: «Ensinai-me, Senhor, o Vosso caminho, para que eu siga a Vossa verdade» (Sl 85, 11). Ele é também o caminho para chegar à vida, ou melhor, Ele próprio é a vida: «Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida» (Sl 15, 11). [...]

Se, portanto, procuras por onde passar, segue a Cristo, porque Ele é o caminho. «Este é o caminho; andai por ele» (Is 30, 21). E Santo Agostinho diz: «Caminha através do homem e chegarás a Deus. É melhor andar pelo caminho, mesmo a coxear, que andar rapidamente, mas fora do caminho. Porque aquele que vai coxeando pelo caminho, ainda que avance pouco, aproxima-se do termo; mas aquele que anda fora do caminho, quanto mais corre, tanto mais se afasta do termo.»

Se perguntas para onde hás-de ir, procura a Cristo, porque Ele é a verdade, à qual desejamos chegar. «A minha boca proclama a verdade» (Pr 8, 7). Se procuras onde permanecer, une-te a Cristo, porque Ele é a vida: «Quem me encontrar, encontrará a vida» (Pr 8, 35).

O Evangelho do dia 16 de maio de 2014

«Não se perturbe o vosso coração. Acreditais em Deus, acreditai também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar um lugar para vós. Depois que Eu tiver ido e vos tiver preparado um lugar, virei novamente e tomar-vos-ei comigo, para que, onde estou, estejais vós também. E vós conheceis o caminho para ir onde Eu vou». Tomé disse-Lhe: «Senhor, nós não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?». Jesus disse-lhe: «Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por Mim.

Jo 14, 1-6