quinta-feira, 1 de maio de 2014

Romaria de Maio

«Muitas vezes, pomos como meta dessa peregrinação um lugar próximo da nossa casa, talvez na cidade onde vivemos ou nos arredores. Noutros casos - penso, por exemplo, nos doentes e em pessoas com outras dificuldades -, nem sequer será possível sair de casa, e, contudo, também estes podem realizar a Romaria de Maio a Nossa Senhora. Porque o importante não é a deslocação física de um sítio para outro, mas a viagem interior da alma, que nos leva a colocar-nos mais perto de Maria e, portanto, mais perto de Jesus.»

Excerto carta de Maio 2009 do Prelado do Opus Dei - D. Javier Echevarría

(Fonte: site Opus Dei – Portugal em http://www.opusdei.pt/art.php?p=33611)

São Josemaría sobre a Festividade de São José Operário

Festividade de S. José Operário: “O trabalho de S. José não foi um trabalho que visasse a auto-afirmação, embora a dedicação a uma vida operativa tenha forjado nele uma personalidade madura, bem delineada. O Santo Patriarca trabalhava com a consciência de cumprir a vontade de Deus, pensando no bem dos seus, Jesus e Maria, e tendo presente o bem de todos os habitantes da pequena Nazaré” (Cristo que passa, 51).

Homilia: Na oficina de José

(Fonte: site de S. Josemaría Escrivá http://www.pt.josemariaescriva.info/)

Maio, mês de Romarias a Nossa Senhora

Nossa Senhora Imperatriz da China

- Queres amar a Virgem? – Pois então conversa com Ela! – Como? – Rezando bem o Rosário de Nossa Senhora.
Mas, no Rosário… dizemos sempre o mesmo! – Sempre o mesmo? E não dizem sempre a mesma coisa os que se amam?...

(Santo Rosário - São Josemaría Escrivá)

Maria Santíssima, Mãe da Igreja e Nossa Mãe

O mês de Maio é o mês de Maria Santíssima, Mãe da Igreja e Nossa Mãe. A vivência deste mês há-de ser, por isso, muito voltada para os Mistérios do Filho de Deus que nos são expressos na maternidade Divina. Caminhemos ao longo deste mês com Maria Santíssima Senhora do Sim aquando da visita do Anjo. Vivamos com diligente caridade a visita a sua prima Santa Isabel.

Contemplemos com o coração cheio de Amor o nascimento discreto do Salvador no presépio de Belém. Apresentemos o menino no Templo, mesmo que isso seja desígnio e profecia de dor e de espírito trespassado.

Acompanhemos com esforçada compreensão a fuga para o Egipto e como experiência libertadora o regresso à Pátria. Paremos diante da perda do menino e descansemos no desejo que Ele teve de estar “nas coisas de Seu Pai”. Permaneçamos firmes na Fé com Maria quando ela pede aos discípulos de Seu Filho que “façam o que Ele disser” ou quando se vê exaltada na humildade quando escuta que mais feliz por ser mãe e irmão é “aquele que ouve a palavra de Deus e a põe em prática”. De um modo especial neste tempo pascal que acompanha, quase na totalidade, o decurso deste mês de Maio, vivamos a dor e o silêncio do túmulo junto à Senhora das Dores ou a experiência da Ressurreição com Nossa Senhora da Alegria. Todos estes mistérios de Jesus são festas e invocações de Maria Santíssima. São encontros e intercessões da Mãe de Deus e mãe nossa, pela Igreja e pelos baptizados. Neste mês prostremos o nosso coração por terra diante de Deus que “escolhe o fraco para confundir o forte”. Escolhe o humilde para levar a bom caminho a obra de Salvação da humanidade. Na senda de Maria, alegremo-nos por sermos discípulos do Filho, pois na simplicidade dessa entrega encontramos a beleza da nossa doação. Encontramos a realidade de um Deus que escolhe a natureza humana para nela habitar. Este é o mês do terço, o mês das romarias aos santuários marianos, é o mês de darmos à nossa Mãe Santíssima do Céu a alegria de cumprirmos os pedidos de Seu Filho: “Convertei-vos, mudai de vida”. Voltemos o olhar do nosso coração para Maria, a Senhora de Fátima que nos recordou a Penitência e a Oração e façamos desse pedido o nosso meio de santificação de cada momento do nosso dia e de cada dia do nosso mês.

P. Pedro Manuel - Diocese de Faro

São José Operário

Basta traçar um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de São José, que trabalhou a vida toda para ver Cristo dar a vida pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do mundo todo, lutando para obter o respeito pelos seus direitos mínimos, para entender os motivos que levaram o Papa Pio XII a instituir a festa de "São José Operário", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do trabalhador.

Afinal de contas, esta é uma forma de a Igreja comemorar aquele fatídico dia primeiro de Maio, em Chicago, em que operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e com o desrespeito que os patrões demonstravam em relação a qualquer direito humano. Eram trezentos e quarenta os que estavam em greve e a polícia, sempre a serviço dos patrões, massacrou-os sem piedade. Mais de cinquenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados no confronto desigual. Foi em homenagem a eles que se consagrou este dia.

São José é o modelo ideal do operário. Sustentou a sua família durante toda a vida com o trabalho artesanal, cumpriu sempre os seus deveres para com a comunidade, ensinou ao filho a profissão de carpinteiro e, desta maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e que o seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade.

Proclamando São José como protector dos trabalhadores, a Igreja demonstra estar ao lado deles, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser o pai adoptivo do Deus feito homem, mesmo pressentindo o que poderia acontecer à sua família. Em vida, São José lutou pelos direitos da vida humana e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e o seu direito a uma vida digna.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

«Aquele que vem do Céu [...] dá testemunho daquilo que viu e ouviu»

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África), doutor da Igreja
Confissões IX, 10

Suponhamos uma alma onde se calaram as agitações da carne, onde se calaram todas as ilusões da terra, do mar, do ar e até do céu. Suponhamos que essa alma faz silêncio – silêncio dos sonhos e dos devaneios da imaginação – e se suplanta a si mesma, não pensando mais em si. Suponhamos que nela se cala igualmente qualquer língua, qualquer signo passageiro, em suma, que tudo nela é silêncio, uma vez que, ouvindo, todas as coisas lhe dizem: «Não fomos nós que nos fizemos a nós mesmas, mas fez-nos Aquele que permanece para sempre» (cf Sl 99,3.5) e, tendo dito isto, se calam de imediato porque despertam os nossos ouvidos para Aquele que as fez. Suponhamos que Deus Se põe a falar só Ele, já não através dessas criaturas, mas através de Si mesmo, de modo a ouvirmos o Seu Verbo não por meio da língua da carne, nem da voz de um anjo, nem do estrondo de uma nuvem (Ex 19,16), nem dos enigmas das parábolas, mas para O ouvirmos a Ele próprio, que amamos em todas estas coisas [...], e assim o nosso pensamento atinge [...] a eterna Sabedoria que permanece acima de todas as coisas: [...] porventura não será isto que significa «Entra na alegria do teu Senhor»? (Mt 25,21).

O Evangelho do dia 1 de maio de 2014

Aquele que vem lá de cima é superior a todos. Aquele que vem da terra, é da terra, e terrestre é a sua linguagem. Aquele que vem do céu, é superior a todos. Ele testifica o que viu e ouviu, mas ninguém recebe o Seu testemunho. Quem recebe o Seu testemunho certifica que Deus é verdadeiro. Aquele a Quem Deus enviou fala palavras de Deus, porque Deus não Lhe dá o Espírito por medida. O Pai ama o Filho e pôs todas as coisas na Sua mão. Quem acredita no Filho tem a vida eterna; quem, porém, não acredita no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele».

Jo 3, 31-36