Ando há dias
para escrever o que me vai no coração sobre D. Javier Echevarría, queria
fazê-lo fora do contexto de qualquer data comemorativa, mas a história
atraiçoou-me, pois dia 20 de abril celebrar-se-á o vigésimo aniversário da sua
eleição e posterior confirmação por João Paulo II como Prelado do Opus Dei.
Não tenho o
privilégio de o conhecer pessoalmente, embora já tenho estado numa Tertúlia por
ele presidida, mas acompanho a sua atividade pastoral, seja através do relato das
inúmeras viagens pastorais, seja sobretudo através das suas cartas mensais.
Não sendo fiel
da Obra, mas um simples cooperador, o título deste texto, é um abuso de
confiança da minha parte, já que formalmente não sou membro da família embora
me sinta como tal e estou certo que não me levarão a mal este meu reconhecimento
da sua condição paternal. Na realidade de um Pai e bom bispo e sacerdote se trata, e
muitos são os relatos da forma como se interessa por cada um dos seus filhos e
filhas apesar de serem em elevadíssimo número espalhados por todo o mundo.
De aparência
física frágil com os seus quase oitenta e dois anos, transmite-nos uma sólida
força espiritual que se transforma numa enorme paz interior. A sua ação
pastoral segue as pisadas de São Josemaría Escrivá recordando-o com veneração e
apontando-o incansavelmente como exemplo de amor a Deus na Santíssima Trindade
e à Virgem Maria.
Também o seu
antecessor, D. Álvaro del Portillo, em particular neste ano em que será
beatificado é frequentemente invocado como exemplo de lealdade, serviço e
entrega ao Senhor e à Sua Igreja.
O seu amor ao
Romano Pontífice é tão cristalino, que frequentemente o cita e nos pede que
rezemos pelos frutos do seu Pontificado e pela sua pessoa, é assim com Francisco como foi
anteriormente com João Paulo II e Bento XVI.
A sua
humildade e caridade cristã no seguimento dos ensinamentos do fundador são
permanentemente constatáveis tanto nas afirmações como nos escritos, nem mesmo
as dificuldades o tornam áspero ou crítico de alguém, como Bom Pastor pede que
se reze por aqueles que se mostram hostis à Obra e às suas atividades apostólicas.
Num tempo de incertezas é bom termos referências e D. Javier é inquestionavelmente uma muito sólida que podemos usar para nos ajudar na nossa caminhada para o Senhor.
Obrigado, meu
Deus, pelo amor ao Padre que puseste no meu coração (cfr. Caminho, 573)
João Paulo dos
Prazeres Reis
13.04.2014