quarta-feira, 19 de março de 2014
São José educador
Precisamente há um ano, nesta solenidade de São José, o Papa Francisco dava oficialmente início ao seu ministério de sucessor de Pedro. E foi a São José Educador que o Papa dedicou a sua catequese na audiência geral desta quarta-feira, com uma praça de São Pedro repleta com dezenas de milhares de peregrinos.
Esta a síntese da catequese papal proposta em língua portuguesa: Hoje celebramos a solenidade de São José, Esposo de Maria e Padroeiro da Igreja Universal. Posto à frente da Sagrada Família, assumiu a missão de educador, guardando e acompanhando Jesus no seu crescimento em «sabedoria, estatura e graça». O crescimento em “estatura” se refere ao crescimento físico e psicológico, onde José, junto com Maria, teve uma atuação mais direta procurando que nada faltasse na criação de Jesus e libertando-O das dificuldades como a ameaça de morte vinda de Herodes que os levou à fuga para o Egipto. Quanto à educação na “sabedoria”, José foi para Jesus exemplo e mestre, deixando-se sempre nutrir pela Palavra de Deus; esta ensina que o princípio da sabedoria é o temor do Senhor. No que se refere à dimensão da “graça”, a influência de José consistia em favorecer a ação do Espírito Santo no coração e na vida de Jesus. De facto, José educou a Jesus, em primeiro lugar, com o exemplo: o exemplo de um homem justo que sempre se deixava guiar pela fé.
Não faltou uma saudação especial aos peregrinos de língua portuguesa:
Dou as boas-vindas a todos os peregrinos de língua portuguesa, nominalmente aos brasileiros da Diocese de Botucatu, e confio à proteção de São José todos os educadores, em particular os pais, para que, com o seu exemplo, ajudem os mais jovens a crescerem em sabedoria, estatura e graça. Que Deus vos abençoe.
Antes da audiência, pelas 9.15, o Santo Padre acolheu, na Casa de Santa Marta, uma delegação de 20 pessoas, representação dos 250 participantes de um Congresso promovido nestes dias em Castelgandolfo pelos Focolares, tendo como tema “Clara e as religiões: juntos a caminho da unidade da família humana”. A iniciativa conta com a participação de 250 pessoas, de variadas tradições religiosas, provenientes de 20 nações. O grupo era acompanhado pelo cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.
(Fonte: 'news.va')
Vídeo da ocasião em italiano
«Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor»
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja
Conversas, nº 19
Conversas, nº 19
Como foi fiel em humildade, este grande santo [que festejamos]! E tal não se pode dizer com base na sua perfeição pois, apesar de ser quem era, em que pobreza e opróbrio viveu durante toda a sua vida! Pobreza e opróbrio sob os quais escondeu e encobriu as suas grandes virtudes e a sua dignidade. […] Na verdade, não tenho dúvida nenhuma de que os anjos, cheios de admiração, vieram em bando considerar e admirar a sua humildade, quando ele guardava o Menino na oficina onde praticava o seu ofício, para alimentar o Filho e a Mãe que lhe estavam confiados.
Não há dúvida de que São José foi mais valente que David e mais sábio que Salomão [seus antepassados]; no entanto, vendo-o reduzido ao exercício da carpintaria, quem poderia conceber tal coisa sem estar iluminado pela luz celeste, tão bem escondidos ele trazia os dons admiráveis com que Deus o tinha agraciado? Mas tinha de ter muita sabedoria, visto que Deus tinha posto a seu cargo o seu glorioso Filho […], o Príncipe universal do céu e da terra! […] E, apesar de tudo, vedes como ele se rebaixou e humilhou mais do que se poderia dizer ou imaginar […]: foi à sua terra, à sua cidade de Belém, e ali ninguém foi mais rejeitado por todos do que ele. […] Vede como o Anjo o conduz à sua vontade: diz-lhe que tem de ir para o Egito e ele vai; ordena-lhe que regresse e ele regressa. Deus quer que ele se mantenha sempre pobre […], e ele a isso se submete amorosamente, e não apenas durante algum tempo, pois permaneceu pobre toda a sua vida.
Não há dúvida de que São José foi mais valente que David e mais sábio que Salomão [seus antepassados]; no entanto, vendo-o reduzido ao exercício da carpintaria, quem poderia conceber tal coisa sem estar iluminado pela luz celeste, tão bem escondidos ele trazia os dons admiráveis com que Deus o tinha agraciado? Mas tinha de ter muita sabedoria, visto que Deus tinha posto a seu cargo o seu glorioso Filho […], o Príncipe universal do céu e da terra! […] E, apesar de tudo, vedes como ele se rebaixou e humilhou mais do que se poderia dizer ou imaginar […]: foi à sua terra, à sua cidade de Belém, e ali ninguém foi mais rejeitado por todos do que ele. […] Vede como o Anjo o conduz à sua vontade: diz-lhe que tem de ir para o Egito e ele vai; ordena-lhe que regresse e ele regressa. Deus quer que ele se mantenha sempre pobre […], e ele a isso se submete amorosamente, e não apenas durante algum tempo, pois permaneceu pobre toda a sua vida.
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 19 de março de 2014
Jacob gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Assim, são catorze todas as gerações desde Abraão até David; e catorze gerações desde David até à deportação para Babilónia, e também catorze as gerações desde a deportação para Babilónia até Cristo. A geração de Jesus Cristo foi deste modo: Estando Maria, Sua mãe, desposada com José, antes de coabitarem achou-se ter concebido por obra do Espírito Santo. Dará à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor por meio do profeta que diz: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, e Lhe porão o nome de Emanuel, que significa: Deus connosco”. Ao despertar José do sono, fez como lhe tinha mandado o anjo do Senhor, e recebeu em sua casa Maria, sua esposa.
Mt 1,16.18-21.24