quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, hoje e sempre oferecemos-Te as nossas dificuldades físicas e inseguranças espirituais, pois sabemos que encostando-nos no Teu peito, como fez João, nos sentimos mais seguros e firmes para tudo suportar com amor e fé.

Obrigado por estares sempre aí pronto para nos abraçar... ai como ambicionamos pelo dia de Te ver a face!

JPR

Eutanásia para crianças é uma barbárie


O paraíso pós-moderno, a Bélgica, legalizou a eutanásia para crianças, ou seja, uma criança belga com uma doença debilitante pode pedir a morte medicamente assistida. Vamos lá ver se nos entendemos. Nós achamos que uma criança não tem discernimento político, é por isso que a idade política começa aos 18 anos. Nós achamos que uma criança não tem discernimento moral, é por isso que a idade criminal começa aos 16 anos. Nós achamos que ter sexo com uma criança é crime, porque consideramos que esse acto é um abuso da sua falta de discernimento. Mas, na Bélgica, esta criança já pode pedir a sua própria morte através da decisão mais absoluta e irrevogável. O absurdo lógico e moral salta à vista.

Como é óbvio, os pediatras belgas estão contra a nova lei, porque consideram que uma criança não tem o discernimento moral para compreender os conceitos de eutanásia, morte, para sempre. O óbvio ululante. Além disso, os médicos dizem que o pedido de eutanásia pode surgir num momento particularmente difícil, num momento de dor excruciante que pode obstruir de forma momentânea o juízo da criança e dos pais. E depois? Depois não há volta a dar, depois já não há arrependimento porque tudo acabou.

Vamos lá ver se nos entendemos. A conversa dos direitos humanos é para levar a sério, não é só para criticar os americanos quando eles não têm um Presidente negro. Se acreditamos mesmo nos tais direitos humanos, devemos defender sempre a inviolabilidade da vida humana, seja qual for a sua geografia, cultura ou condição genética. Um pessoa doente ou mais fraca não perde o direito à inviolabilidade da sua vida. Ora, a lei belga pressupõe o inverso e traça tagentes a uma ideia perigosa, a saber: há vidas que não devem ser vividas porque não dão prazer, porque só dão sofrimento. É a glória final e fétida do utilitarismo. A jusante, esta ideia utilitarista legitima aqueles que acham que têm o direito ou o dever de acabar com vidas imperfeitas e doentes. É o argumento que legitima a morte medicamente assistida e precoce de qualquer criança com trisomia 21, porque, ora essa, essas crianças são fracas, imperfeitas, dão muito trabalho e sofrimento à família, não são seres plenamente sencientes como nós. E o pior é que este raciocínio já não quer exterminar apenas as deficiências genéticas, também quer acabar com as indisposições psicológicas temporárias. Parece que a proposta inicial da lei belga determinava a legalização da eutanásia para crianças que estivessem fartas de viver por causa da anorexia, por exemplo.

Seja corajoso e vá se confessar

Quarta-feira é dia de festa no Vaticano, com a presença de milhares de fiéis e peregrinos que participam da Audiência Geral com o Papa Francisco.

Nesta quarta, a festa foi ainda mais intensa, pois na Praça S. Pedro havia inúmeros cardeais que vieram a Roma para participar do Consistório no próximo sábado, dia 22, quando o Colégio Cardinalício receberá 19 novos membros.

Do Brasil, uma numerosa delegação acompanha o Arcebispo de Rio de Janeiro, futuro Cardeal, D. Orani João Tempesta.

Com os presentes, o Pontífice retomou suas catequeses sobre os Sacramentos, comentando desta vez o Sacramento da Reconciliação, também conhecido pelos nomes de Confissão e Penitência.

Este Sacramento provém diretamente do mistério pascal, quando disse aos discípulos: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados”. Antes de tudo, disse Francisco, o perdão dos nossos pecados não é algo que podemos dar-nos a nós mesmos.

Eu não posso dizer: ‘Eu me perdoo os pecados’. O perdão pede-se, pede-se a outro, e na Confissão pedimos perdão a Jesus. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é dom do Espírito Santo, que derrama sobre nós a graça e a misericórdia do Pai.

Na verdade, embora a forma ordinária da Confissão seja pessoal e secreta, não se deve perder de vista a sua dimensão eclesial. Por isso, não basta pedir perdão a Deus no íntimo do próprio coração, mas é necessário confessar os pecados ao sacerdote. Este, no confessionário, não representa apenas Deus, mas toda a comunidade eclesial, a qual se reconhece na fragilidade dos seus membros, constata comovida o seu arrependimento, reconcilia-se com eles e encoraja-os no caminho de conversão e amadurecimento humano e cristão.

Para aqueles que dizem: ‘Eu me confesso somente com Deus’, o Papa recordou que os nossos pecados são também contra os irmãos e a Igreja e por isso é necessário pedir perdão a eles na pessoa do sacerdote. Aos que se envergonham, o Pontífice respondeu:
Também a vergonha é boa, envergonhar-se é saudável. Porque quando uma pessoa não tem vergonha, no meu país dizemos “sem vergonha”, sin verguenza. (...) Mas a vergonha também faz bem, porque nos torna mais humildes. (...) Não tenham medo da Confissão, porque dela se sai mais “livre, grande, belo, perdoado e feliz”.

O Papa se dirigiu aos presentes para que cada um se lembre qual foi a última vez que se confessou e sugeriu: Se passou muito tempo, não perca mais um dia: vá avante, que o sacerdote será bom. Jesus é quem está ali, eh?, e Jesus é o padre mais bondoso de todos, pois recebe com tanto amor. Seja corajoso e vá se confessar.

Francisco concluiu sua catequese ressaltando que o Sacramento da Reconciliação significa deixar-se envolver no abraço da misericórdia infinita do Pai. E citou a parábola do filho pródigo, que ao voltar para casa sentindo tanta culpa e vergonha, ficou surpreso com o abraço que recebeu do Pai. Toda vez que nós nos confessamos, Deus nos abraça, Deus faz festa. Prossigamos nesta estrada.

Ao saudar os peregrinos na Praça, em português o Pontífice se dirigiu de modo especial aos fiéis do Rio de Janeiro que acompanham D. Orani João Tempesta.
(BF)

(Fonte: 'news.va' com adaptação)

Vídeo da ocasião em italiano

D. Gerhard Müller: foi Jesus quem proibiu o divórcio? Sem excepções? (agradecimento 'É o Carteiro!')


Perguntas: responsabilidade de "É o Carteiro!"

5- Mas se os peritos não se entendem, não devia a Igreja optar pela interpretação mais benévola para as pessoas?
Contudo, a Igreja não pode basear a sua doutrina e a sua prática em hipóteses exegéticas controversas. Ela deve ater-se ao ensinamento claro de Cristo.
Paulo estabelece que a proibição de divórcio é uma vontade expressa de Cristo: «Mando aos casados, não eu mas o Senhor, que a mulher se não separe do marido. Se, porém, se separar, que não torne a casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não repudie a mulher» (1 Cor 7, 10-11).

6- Mas será também assim no caso de uma pessoa que se converte ao cristianismo e que vê, nessa ocasião, o marido não cristão, ou a mulher não cristã, abandoná-lo?
Ao mesmo tempo, baseando-se na própria autoridade, Paulo concede que um não cristão possa separar-se do seu cônjuge que se tornou cristão. Neste caso o cristão já não está «submetido à escravidão», isto é, já não está obrigado a permanecer não-casado (1 Cor 7, 12-16).
A partir desta posição, a Igreja reconheceu que só o matrimónio entre um homem e uma mulher baptizados é sacramento em sentido próprio e só para estes é válida a indissolubilidade incondicional.

7- Se a indissolubilidade "incondicional" é só para o matrimónio entre um homem e uma mulher baptizados, isso quer dizer que no matrimónio entre não baptizados também há indissolubilidade mas "condicional"? Como assim?
De facto, o matrimónio dos não-baptizados está subordinado à indissolubilidade, mas pode contudo ser dissolvido em determinadas circunstâncias – devido a um bem maior (Privilegium Paulinum).
Não se trata portanto de uma excepção ao ensinamento do Senhor: a indissolubilidade do matrimónio sacramental, do matrimónio no âmbito do Mistério de Cristo, permanece.

8- O que é que um matrimónio que seja sacramento tem a mais relativamente a um matrimónio que não seja sacramento?
De grande significado para o fundamento bíblico da compreensão sacramental do matrimónio é a Carta aos Efésios, na qual se afirma: «Maridos, amai as vossas mulheres como também Cristo amou a Igreja e por ela se entregou» (Ef 5, 25).
E mais adiante o apóstolo escreve: «Por isso, o homem deixará pai e mãe, ligar-se-á à mulher e passarão os dois a ser uma só carne. É grande este mistério; digo-o porém, em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 31-32).
O matrimónio cristão é um sinal eficaz da aliança de Cristo e da Igreja.
O matrimónio entre baptizados é um sacramento porque distingue e age como mediador da graça deste pacto.

Fonte:  artigo de D. Gerhard Ludwig Müller no Osservatore Romano

Ler a Palavra de modo justo

«A Palavra não leva apenas pela via individual de uma imersão mística, mas introduz na comunhão com todos os que caminham na fé. Por isso, é preciso não só reflectir sobre a Palavra, mas também lê-la de modo justo.»

(Bento XVI - Encontro com o mundo da cultura no Collège des Bernardins em Paris a 12.09.2008)

Expansão apostólica…

«Continuemos a rezar pela expansão apostólica da Obra em todo o mundo, tanto nos lugares onde já nos encontramos como naqueles onde esperam por nós. (...) A aventura que se nos apresenta é apaixonante, cada um no lugar onde Deus o colocou. Levá­‑la-emos a cabo, com a ajuda de Nossa Senhora, se pessoalmente nos esforçamos por tornar mais intensa a união com Jesus ressuscitado, de Quem nos vem toda a fortaleza. Peçamo-la por intercessão de S. Josemaría: (…) e a sua ajuda paterna fará com que sejamos almas eucarísticas em maior grau».

(D. Javier Echevarría - Carta pastoral de Abril 2008)

Eis um bom exemplo a seguir por todos dentro das capacidades e no âmbito das suas vocações, não desistirmos, não deixar para os outros e buscar com apaixonada perseverança divulgar o riquíssimo legado de Jesus Cristo Nosso Senhor. A propagação da Sua Palavra aos que ainda não tiveram a graça de a conhecer é tão importante como o pão para boca, pois Ele nunca nos abandona.

JPR

«Vês alguma coisa?»

Juliana de Norwich (1342-depois de 1416), mística inglesa 
Revelações do amor divino, cap. 52


Vi que Deus Se regozija por ser nosso pai, que Deus Se regozija por ser nossa mãe, que Deus Se regozija por ser o nosso verdadeiro esposo e por ter a nossa alma por esposa bem-amada. Cristo regozija-Se por ser nosso irmão, Jesus regozija-Se por ser o nosso Salvador. […]

Durante o tempo da nossa existência, nós os que vamos ser salvos conhecemos uma espantosa mistura de bem e de mal. Temos em nós a Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitado, e temos em nós a miséria e a malícia da queda e da morte de Adão. […] Ficámos tão afectados pela queda de Adão que, devido ao pecado e a vários outros sofrimentos, temos a sensação de estar nas trevas; cegos, mal conseguimos sentir o mais pequeno conforto. Mas, pela nossa vontade e o nosso desejo, permanecemos em Deus e cremos com confiança na sua misericórdia e na sua graça; é assim que Ele opera em nós. Através da sua bondade, abre o olhar do nosso entendimento, que umas vezes nos faz ver mais, outras vezes menos, consoante a capacidade que Ele nos dá. Tão depressa nos eleva, como permite que caiamos.

Esta mistura é tão desencorajante que nos é difícil saber, no que diz respeito a nós próprios e aos nossos semelhantes em Cristo, qual o caminho que trilhamos, de tal forma o que sentimos é mutável. Mas o que conta é dizer um santo «sim» a Deus quando O sentimos, querer estar verdadeiramente com Ele com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todas as nossas forças (Mc 12,30); então odiamos e desprezamos o nosso impulso para o mal. […] Encontramo-nos nesta encruzilhada todos os dias da nossa vida.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 19 de fevereiro de 2014

Chegaram a Betsaida. Trouxeram-Lhe um cego e suplicavam-Lhe que o tocasse. Tomando o cego pela mão, conduziu-o para fora da aldeia, pôs-lhe saliva sobre os olhos e, impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe: «Vês alguma coisa?». Ele, levantando os olhos, disse: «Vejo os homens que me parecem árvores que andam». Depois, Jesus impôs-lhe novamente as mãos sobre os olhos e ele começou a ver claramente. Ficou curado e distinguia tudo, nitidamente, de longe. Então Jesus mandou-o para casa, dizendo: «Não entres na aldeia». 

Mc 8, 22-26