quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

18 jan 15h30 conferência "D. Álvaro del Portillo" por Hugo de Azevedo

Seguir-se-á uma sessão informativa sobre Harambee.

18 Jan 15h30

Local
AESE - Escola de Direcção de Negócios
Calçada da Palma de Baixo, 12 - Lisboa


Organiza
Associação Harambee Africa Portugal
Apoio
AESE

Mais informações:

harambeeafricaportugal@gmail.com
http://harambee-portugal.org/



N. 'Spe Deus': D. Álvaro, que quase certamente será beatificado este ano, foi um grande homem da Igreja profundamente respeitado por João Paulo II e Bento XVI; o conferencista, Mons. Hugo de Azevedo, contemporâneo de São Josemaría Escrivá e de D. Álvaro com quem viveu em Roma, é um homem extremamente culto, de uma inteligência superior e com sentido de humor acutilante, pelo que está assegurada uma Conferência muito rica e interessante.

Uma aparição não se converte em verdadeira pelo número de peregrinos

“Para a Igreja, nem os números, nem os aplausos, nem a aprovação “do mundo”, jamais serão considerados critérios válidos na hora de analisar um fenómeno que surpreende e que atrai a multidões”, assinalou o Professor de filosofia e de bioética no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (Roma), Pe. Fernando Pascal.

O sacerdote espanhol explicou em uma nota que titulou “Aparições, números e verdades”, publicada no portal Análise Digital da Arquidiocese de Madrid, que “não podemos, pois, nos deixar deslumbrar ante o número de peregrinos que acodem cheios de entusiasmo a visitar o lugar de uma suposta aparição” mesmo que sejam milhares durante vários meses ou anos.

“Para um católico, a verdade se encontra na Revelação, tal e como a aceita e a ensina a Igreja Católica desde seu Magistério (o Papa e os bispos unidos entre si e ao Papa). Por isso, na hora de estudar uma possível aparição, será preciso ter uma atitude de prudência e de espera que permita ao bispo do lugar e, quando o caso o requeira, a Santa Sede”, determinar sua autenticidade, disse o Presbítero.

O Pe. Pascal deixou claro que nem os benefícios espirituais que recebem as pessoas, as confissões, ou as múltiplas celebrações Eucarísticas, garantem a veracidade de um facto como estes. “Doutra forma, e com um argumento parecido, haverá quem diga que a religião X ou a religião Y são verdadeiras porque têm milhões de seguidores, durante séculos, e com resultados às vezes muito dignos de reconhecimento”.

O perito indicou que o pronunciamento da Igreja pode demorar porque “não é fácil ter uma ideia clara sobre o que ocorre em um lugar e diante da atenção de milhares de pessoas que põem sua confiança nos supostos videntes e nas mensagens que divulgam. Mas promover em excesso uma possível aparição, dar-lhe um crédito quase absoluto sem esperar o julgamento dos nossos pastores, é sinal de falta do autêntico espírito católico”.

O sacerdote sublinhou que “é louvável a atitude prudente de tantos batizados que, com paciência e com serenidade, vivem sua fé em Deus no quotidiano, sem se inquietar ante aparições que podem ou não ser autênticas, rezam, participam da missa dominical, confessam-se com frequência, perdoam e ajudam os mais necessitados (pobres, idosos, doentes). Não é este um modo belo de viver o Evangelho e de receber a grande mensagem que nos oferece Jesus Cristo?", refletiu.

(Fonte: ACI Digital com adaptação)

Arquiteta cria abrigo dobrável de papelão para sem abrigo

De acordo com organizações locais, a cidade de Los Angeles tem mais de 58 mil moradores de rua. Para lidar com esse número, a arquiteta Tina Hevespian criou um abrigo de papelão batizado de Cardborigami. Feito de papelão reciclado, o espaço instantâneo é resistente às chuvas e pode ser montado por duas pessoas em 30 segundos. Depois de usado, pode ser dobrado e guardado ou carregado com facilidade.

Mas Hevespian foi além e criou também uma organização com o mesmo nome de seu produto. O objetivo da Cardborigami é fornecer um abrigo portátil e temporário para a população de rua enquanto ela é inserida em programas de habitação e de reintegração social. Além disso, criar empregos na fabricação dos Cardborigamis e preencher as vagas com essas pessoas.

(Fonte: 'CIDANANIA' AQUI)

O amor cristão tem sempre uma qualidade: o concreto

Na missa desta quinta-feira na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco deixando-se guiar pelas palavras da Primeira Carta de João em que o Apóstolo insiste em repetir que: “Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós e o amor d’Ele é perfeito em nós”, o Santo Padre afirmou que ou amor é altruísta e solícito, que arregaça as mangas e olha para os pobres e prefere mais dar do que receber ou, então, não é um amor cristão. Porque se Deus está connosco nós temos que estar com Deus:
“Nós em Deus e Deus em nós: esta é a vida cristã. Não permanecer no espírito do mundo, não permanecer na superficialidade, não permanecer na idolatria, não permanecer na vaidade. Não, não. Permanecer no Senhor. E Ele corresponde-nos: Ele permanece em nós. Mas, antes é Ele que permanece em nós.”

“Olhai que o amor de que nos fala João não é o amor das telenovelas! Não, é outra coisa. O amor cristão tem sempre uma qualidade: o concreto. O amor cristão é concreto. O próprio Jesus, quando fala do amor, fala-nos de coisas concretas: dar de comer aos esfomeados, visitar os doentes e tantas coisas concretas. O amor é concreto. A consistência cristã. E quando não existe esta consistência, pode-se viver um cristianismo de ilusões, porque não se percebe bem onde está o centro da mensagem de Jesus. Não chega este amor a ser concreto: é um amor de ilusões, como estas ilusões que tinham os discípulos quando, olhando Jesus, pensavam que fosse um fantasma.”

O amor cristão é concreto – insistiu o Papa Francisco na sua homilia e apontou dois critérios objetivos: amar com as obras e o dar deve ser mais importante do que o receber: “Primeiro critério: amar com as obras, não com as palavras. As palavras leva-as o vento! Hoje estão e amanhã já não estão. Segundo critério do concreto: no amor é mais importante dar do que receber. Aquele que ama dá... Dá coisas, dá vida, dá-se a Deus e aos outros. Ao contrário, quem não ama, quem é egoísta, sempre tenta receber, sempre tenta ter coisas, ter vantagens. Permanecer com o coração aberto, não como era aquele dos discípulos, que era fechado, que não percebiam nada: permanecer em Deus e Deus permanece em nós; permanecer no amor.”(RS)

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

«SÓ DEUS BASTA!»

Senhor,
pedir-Te o quê?
Eu tenho tudo!
Nada me falta!
Se eu precisar de mais alguma coisa
para ser Teu discípulo,
para Te seguir cada vez mais,
para ser melhor testemunha do Teu amor,
Tu mo darás, sem dúvida,
Senhor.

Preciso de mais dinheiro para Te seguir?
Julgo que não!
Preciso de mais bens ou estatuto social para Te seguir?
Julgo que não!
Preciso de ser reconhecido e elogiado para Te seguir?
Julgo que não!
Preciso de outro estado de vida para Te seguir?
Julgo que não!
Preciso de ser mais novo ou mais velho,
mais alto ou mais baixo,
ter mais ou menos saúde para Te seguir?
Julgo que não!

De que preciso então?
Preciso de mais amor,
de mais paz e de mais entrega,
de mais Palavra tua e de mais oração,
de mais Eucaristia e de mais adoração,
de mais humildade e de mais sinceridade,
de mais perdão,
de mais abertura aos outros,
na fraternidade!
Tantas coisas afinal,
Senhor,
que preciso de Te pedir!

Olhas-me,
com esses Teus olhos de amor,
e dizes-me suavemente:
Não precisas de Me pedir mais nada,
porque tudo isso Eu já te dei,
quando te aproximaste de Mim.
Está tudo em ti!
A ti compete pôr a render
tudo o que te dei,
até ao fim.

Lembra-te do que vos disse:
«quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo
àqueles que lho pedem!»*

Abraças-me,
apertas-me,
olhas-me,
e sussurras ao meu ouvido:
«Só Deus basta!»

*Lc 11, 13

Marinha Grande, 8 de Janeiro de 2014

Joaquim Mexia Alves AQUI

"Evangelii Gaudium" (44)

A doutrina da Igreja sobre as questões sociais
182. Os ensinamentos da Igreja acerca de situações contingentes estão sujeitos a maiores ou novos desenvolvimentos e podem ser objecto de discussão, mas não podemos evitar de ser concretos – sem pretender entrar em detalhes – para que os grandes princípios sociais não fiquem meras generalidades que não interpelam ninguém. É preciso tirar as suas consequências práticas, para que «possam incidir com eficácia também nas complexas situações hodiernas». Os Pastores, acolhendo as contribuições das diversas ciências, têm o direito de exprimir opiniões sobre tudo aquilo que diz respeito à vida das pessoas, dado que a tarefa da evangelização implica e exige uma promoção integral de cada ser humano. Já não se pode afirmar que a religião deve limitar-se ao âmbito privado e serve apenas para preparar as almas para o céu. Sabemos que Deus deseja a felicidade dos seus filhos também nesta terra, embora estejam chamados à plenitude eterna, porque Ele criou todas as coisas «para nosso usufruto» (1 Tm 6, 17), para que todos possam usufruir delas. Por isso, a conversão cristã exige rever «especialmente tudo o que diz respeito à ordem social e consecução do bem comum».

183. Por conseguinte, ninguém pode exigir-nos que releguemos a religião para a intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos. Quem ousaria encerrar num templo e silenciar a mensagem de São Francisco de Assis e da Beata Teresa de Calcutá? Eles não o poderiam aceitar. Uma fé autêntica – que nunca é cómoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela. Amamos este magnífico planeta, onde Deus nos colocou, e amamos a humanidade que o habita, com todos os seus dramas e cansaços, com os seus anseios e esperanças, com os seus valores e fragilidades. A terra é a nossa casa comum, e todos somos irmãos. Embora «a justa ordem da sociedade e do Estado seja dever central da política», a Igreja «não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça». Todos os cristãos, incluindo os Pastores, são chamados a preocupar-se com a construção dum mundo melhor. É disto mesmo que se trata, pois o pensamento social da Igreja é primariamente positivo e construtivo, orienta uma acção transformadora e, neste sentido, não deixa de ser um sinal de esperança que brota do coração amoroso de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, «une o próprio empenho ao esforço em campo social das demais Igrejas e Comunidades eclesiais, tanto na reflexão doutrinal como na prática».

184. Aqui não é o momento para explanar todas as graves questões sociais que afectam o mundo actual, algumas das quais já comentei no terceiro capítulo. Este não é um documento social e, para nos ajudar a reflectir sobre estes vários temas, temos um instrumento muito apropriado no Compêndio da Doutrina Social da Igreja, cujo uso e estudo vivamente recomendo. Além disso, nem o Papa nem a Igreja possui o monopólio da interpretação da realidade social ou da apresentação de soluções para os problemas contemporâneos. Posso repetir aqui o que indicava, com grande lucidez, Paulo VI: «Perante situações, assim tão diversificadas, torna-se-nos difícil tanto o pronunciar uma palavra única, como o propor uma solução que tenha um valor universal. Mas, isso não é ambição nossa, nem mesmo a nossa missão. É às comunidades cristãs que cabe analisarem, com objectividade, a situação própria do seu país».

185. Em seguida, procurarei concentrar-me sobre duas grandes questões que me parecem fundamentais neste momento da história. Desenvolvê-las-ei com uma certa amplitude, porque considero que irão determinar o futuro da humanidade. A primeira é a inclusão social dos pobres; e a segunda, a questão da paz e do diálogo social.

A graça de Deus

«Tendo um Filho único, fê-l’O Filho do homem, para que o filho do homem se fizesse filho de Deus. Procura descobrir onde está o teu mérito, de onde procede, qual é a tua justiça. Procura e verás que não consegues encontrar nada que não seja pura graça»

(Santo Agostinho - Sermão 185)

«O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu»

Ritual do Baptismo e Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja 
Hino nº3 sobre a Epifania


Oração para a unção depois do baptismo: «Pelo baptismo, Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, libertou-te do pecado e fez-te renascer da água e do Espírito. Fazes agora parte do seu povo; marcou-te com o óleo santo para que sejas eternamente membro de Jesus Cristo, sacerdote, profeta e rei.»

Como é alto o lugar que ocupais!
Enquanto a pecadora ungiu
Os pés do seu Senhor, como uma serva (cf Lc 7,38),
É o próprio Cristo que pelos seus ministros, qual servo,
Marca o vosso corpo com a unção baptismal.
O Senhor das ovelhas acha conveniente
Colocar pessoalmente o seu sinal nos seus servos. […]

Refrão:
Eis que Cristo assinala com o óleo
Os seus cordeiros novos no Baptismo.

O óleo que Elias fez com que abundasse (cf 1Rs 17,14)
Era um alimento para a boca;
A vasilha da viúva, com efeito,
Não era o chifre da unção (cf 1Sam 16,1).
Mas o óleo com que Nosso Senhor nos ungiu.
Não é um alimento:
Ele transforma o pecador, esse lobo exterior,
Em cordeiro, membro do seu rebanho (cf. Mt 7,15). […]

O ramo da oliveira que a pomba trouxe no bico (cf Gn 8,11)
Era um símbolo da unção baptismal.
Todos os da arca correram para ela,
Pois ela trazia uma boa nova de redenção.
Acorrei vós também a esse santo óleo;
Que os vossos corpos falíveis se regozijem,
Pois ele traz a Boa Nova da redenção. […]

Quando David foi ungido, meus irmãos (cf Is 16,13),
O Espírito desceu,
Discerniu o coração desse bravo e aí encontrou as suas delícias.
O perfume desse óleo tornou-se o do seu coração;
O Espírito fez morada nele e nele cantou (cf 1Sam 16,23).
Mas a vossa unção é maior,
Uma vez que o Pai, o Filho e o Espírito Santo
Desceram e vieram morar em vós. […]

O óleo de alto preço que Maria
derramou sobre a cabeça de Nosso Senhor
Espalhou o seu perfume por toda a casa (Jo 12,3).
Também o perfume da vossa unção
Se expande e é exalado até aos céus,
onde faz as delícias dos anjos nas alturas;
Satanás detesta o seu odor,
Para Deus o seu aroma é suave. […]

Vinde, ovelhas, recebei o vosso sinal
Que afasta os que vos querem devorar!
Vinde, cordeiros, recebei o vosso sinal,
Pois o vosso sinal é verdade. […]
Essa verdade parece-se muito
Com uma grande árvore que espalha a sua sombra […]:
As nações vieram albergar-se sob os seus ramos (cf Mt 13,22),
Colheram os seus frutos e ficaram saciadas.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 9 de janeiro de 2014

Voltou Jesus, sob o impulso do Espírito, para a Galileia, e a Sua fama divulgou-se por toda a região circunvizinha. Ensinava nas suas sinagogas e era aclamado por todos. Foi a Nazaré, onde Se tinha criado, entrou na sinagoga, segundo o Seu costume, em dia de sábado, e levantou-Se para fazer a leitura. Foi-Lhe dado o livro do profeta Isaías. Quando desenrolou o livro, encontrou o lugar onde estava escrito: “O Espírito do Senhor repousou sobre Mim; pelo que Me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres; Me enviou para anunciar a redenção aos cativos, e a recuperação da vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a pregar um ano de graça da parte do Senhor”. Tendo enrolado o livro, deu-o ao encarregado, e sentou-Se. Os olhos de todos os que se encontravam na sinagoga estavam fixos n'Ele. Começou a dizer-lhes: «Hoje cumpriu-se este passo da Escritura que acabais de ouvir». E todos davam testemunho em Seu favor, e admiravam-se das palavras de graça que saíam da Sua boca, e diziam: «Não é este o filho de José?».

Lc 4, 14-22