terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A força da oração e do povo de Deus «Chumbado relatório que previa "serviços de aborto" prestados "pelos sistemas nacionais de saúde" da UE»

Uma maioria dos deputados do Parlamento Europeu recusou uma proposta da portuguesa Edite Estrela que previa, entre outras medidas, a prestação de "serviços de aborto de 'alta qualidade' por todos os sistemas nacionais de saúde" da União Europeia (UE). A resolução sobre "saúde e direitos sexuais e reprodutivos" propunha ainda a educação sexual no ensino primário e a distribuição gratuita de contraceptivos.

A proposta, que ficou conhecida como "relatório Estrela", já tinha ido a plenário em Outubro, mas a votação foi adiada até agora. Os deputados conservadores, com o apoio da Igreja Católica e outros grupos cristãos, contestaram o documento, que determinava ainda que os Estados que quisessem aderir à União Europeia já tinham de incorporar na sua legislação os critérios previstos na resolução.

Actualmente, todos os países da UE permitem o aborto, com diferentes graus de liberalização, à excepção de Malta, que o proíbe em todas as circunstâncias. Há poucos meses, a Irlanda legalizou a prática em casos em que a vida da mãe está em risco. Andorra e Polónia também só permitem a prática em casos muito particulares, como risco para a vida da mãe ou quando a gravidez resulta de violação.

Numa carta que circulou pelos deputados do Parlamento Europeu antes da votação, o presidente da Comissão para os Direitos das Mulheres e Igualdade de Género reconhecia que o relatório contava com o apoio de grupos como a International Planned Parenthood Federation (IPPF) e a Marie Stopes International, duas das organizações não-governamentais que mais promovem a liberalização do aborto a nível mundial.

O site da IPPF refere que, "através de milhões de voluntários e 30 mil funcionários, as associações subsidiárias da IPPF fornecem informação, educação e serviços de saúde reprodutiva e sexual através de 65 mil pontos de serviço". No seguimento desse mesmo parágrafo, a organização esclarece que esses serviços incluem o aborto.

Na votação desta terça-feira, a maioria dos deputados optou por aprovar uma resolução alternativa, apresentada pela direita, que reconhece o valor da subsidiaridade, um conceito segundo o qual os diferentes Estados deviam ser livres de legislar sobre os assuntos que dizem mais directamente respeito aos seus cidadãos. O "relatório Estrela" acabou por não ir a votação.

Após a decisão do Parlamento, Edite Estrela referiu que a rejeição da sua proposta se deveu à "hipocrisia e ao obscurantismo". Em resposta, Nuno Melo, eurodeputado do CDS-PP, apelou ao respeito pela "votação dos plenários" e rejeitou o que classificou como "insultos".

(Fonte: site RR parte inicial do título da responsabilidade do blogue)

O Senhor nos conforta com ternura

“Quando Jesus se aproxima de nós, sempre abre as portas e nos dá esperança”, afirmou o Pontífice na missa celebrada na manhã desta terça-feira, 10, na Casa Santa Marta. Na homilia, Francisco reiterou que não devemos ter medo da consolação do Senhor, mas pedi-la e procurá-la. Este consolo nos faz sentir a ternura de Deus.

Papa Francisco começou sua homilia com a passagem de Isaías, quando o Senhor se aproxima de seu povo para consolá-lo, para lhe “dar paz”. Este gesto de consolação – explicou – é tão forte que “refaz todas as coisas”:
“O Senhor recria as coisas, e a Igreja não se cansa de dizer que esta recriação é mais maravilhosa do que a criação. E este “refazer”, disse ainda o Papa, “tem duas dimensões importantes”:
“Quando o Senhor se aproxima, nos dá esperança, sempre abre uma porta; sempre. E esta proximidade e esperança são uma verdadeira força para a vida cristã, elas são uma graça, um dom”.

“Quando, ao contrário, um cristão se esquece da esperança, ou pior, perde a esperança, sua vida não tem sentido. É como se sua vida fosse diante de um muro, do nada”.

Em seguida, o Papa chamou a atenção para a beleza da leitura do dia: “Como pastor, ele levou seu rebanho ao pasto, o reuniu, pegou a ovelhinha aos ombros e conduziu as mães com doçura. Esta é uma imagem de ternura; o Senhor nos conforta com ternura”.

“Ele, que é poderoso, não tem medo da ternura; se faz pequeno”, prosseguiu. “No Evangelho, o próprio Jesus diz: “A vontade do Pai é que nenhum dos pequenos se perca, recordou o Papa, lembrando que “aos olhos do Senhor, cada um de nós é muito importante”.

“Nos 40 dias entre a Ressurreição e a Ascensão, o principal trabalho de Jesus foi consolar os discípulos, aproximar-se deles e dar-lhes consolo”, recordou ainda, terminando com uma prece:
“Que o Senhor nos dê a graça de não termos medo da consolação, mas de sermos abertos a ela, que nos dá esperança e nos faz sentir o carinho de Deus-Pai”.

(Fonte: News.va' com adaptação)

Vídeo da ocasião em italiano

Não ignorar um bilião de famintos

Em vídeo realizado para a campanha da organização católica Caritas Internacional contra a fome no mundo, o Papa apela aos católicos, governos e à sociedade em geral para erradicar “o escândalo da fome”, aderindo à campanha da Caritas ‘Uma só família humana, alimento para todos’.

Abaixo, a íntegra da mensagem:

Queridos irmãos e queridas irmãs,
Hoje anuncio com prazer a “Campanha contra a fome no mundo”, lançada pela nossa Caritas Internacional, à qual darei todo o meu apoio.
Esta confederação, junto com suas 164 organizações-membro, se empenha em 200 países e territórios do mundo e o seu trabalho está no coração da missão da Igreja e de sua atenção para com os que sofrem o escândalo da fome, com o qual o Senhor se identificou quando disse: “Tinha fome e me destes de comer”.
Quando os apóstolos revelaram a Jesus que as pessoas que foram ouvir suas palavras estavam famintas, ele os incitou a ir procurar comida. Sendo eles mesmos pobres, encontraram apenas cinco pães e dois peixes, mas com a graça de Deus, puderam saciar uma multidão de pessoas, juntar os restos e evitar qualquer desperdício.
Estamos diante do escândalo mundial de cerca de um bilião, um bilião de pessoas que ainda hoje têm fome. Não podemos virar as costas e fazer de conta que isto não existe. O alimento que o mundo tem à disposição pode saciar todos.
A parábola da multiplicação dos pães e dos peixes nos ensina justamente que se houver vontade, o que temos não vai acabar, ao contrário, vai sobrar, e não deve ser perdido.
Por isso, queridos irmãos e queridas irmãs, convido-vos a abrir um espaço nos vossos corações para esta urgência, respeitando o direito dado por Deus a todos de ter acesso a uma alimentação adequada.
Compartilhemos o que temos, em caridade cristã, com os que são obrigados a enfrentar muitos obstáculos para satisfazer uma necessidade tão primária; e ao mesmo tempo, promovamos uma autêntica cooperação com os pobres para que, através dos frutos do seu e do nosso trabalho, possamos viver uma vida digna.
Convido todas as instituições do mundo, toda a Igreja e cada um de nós, como uma única família humana, a dar voz a todas as pessoas que passam fome silenciosamente, a fim de que esta voz se torne um grito que possa sacudir o mundo.
Esta campanha quer ser também um convite a todos nós para sermos mais conscientes de nosso regime alimentar, que muitas vezes comporta desperdício de comida e má-utilização dos recursos de que dispomos. Ela é também uma exortação a pararmos de pensar que nossos gestos quotidianos não têm impacto na vida de quem – seja perto, seja longe de nós – sofre a fome na própria pele.
Peço-vos, com todo o coração, que ajudem a nossa Caritas nesta nobre Campanha, agindo como uma única família que se empenha em garantir o alimento para todos.
Rezemos para que Deus nos dê a graça de ver um mundo no qual ninguém jamais deva morrer de fome. Ao pedir esta graça, concedo-lhes a minha bênção.

(Tradução livre da redação do Programa Brasileiro – Rádio Vaticano com adaptação de pormenor)

O braço de Deus não enfraqueceu

Numa antiga meditação, S. Josemaria considerava o exemplo daqueles primeiros irmãos na fé: homens sem grande cultura, sabedores do Seu martírio e da Sua morte violenta, aceitam contudo o papel de colaboradores de Cristo na salvação do mundo, e partem a derrubar o paganismo e a encher a Terra de sangue cristão. Muito em breve os há-de acompanhar Saulo, o antigo perseguidor, o que dava coices contra o aguilhão (cfr. At 9, 5). Aí vão todos, com a sua pureza, limpar o charco sujo e pantanoso do mundo pagão, combater, com as pequenas virtudes que praticam – o pudor, a modéstia, o recolhimento – a tendência para o prazer daquela sociedade (…). Foram até ao próprio coração do mundo antigo: estão em Roma. Que poderão eles fazer ali? A resposta é-nos dada pela História: o trono dos imperadores cai, e hoje, depois de dois mil anos, Pedro continua a ser Bispo de Roma [10].

Também hoje, perante os desafios da nova evangelização, temos de conservar bem vibrante a mesma esperança. Non est abbreviáta manus Dómini [11], o braço de Deus não enfraqueceu. Mas precisam-se homens e mulheres de fé, para que os prodígios da Sagrada Escritura se renovem. Há poucos dias, o Papa publicou a Exortação Apostólica Evangélii gáudium, relativa às conclusões da Assembleia Ordinária do último Sínodo dos Bispos, precisamente sobre a nova evangelização. Animo-vos a conhecer esse texto que, sem dúvida alguma, nos oferece novas luzes para dar um impulso maior a esta grande tarefa.

Não quero passar por alto a lembrança de que no próximo dia 12 de dezembro, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, ocorre um novo aniversário da locução divina que S. Josemaria ouviu – com palavras da Escritura –, no fundo da sua alma, em 1931, em momentos de sérias dificuldades no desenvolvimento da Obra inter médium móntium pertransíbunt aquae [12], as águas da graça atravessarão os montes, superando qualquer obstáculo, tudo o que se opõe ao Reino de Deus no progresso pessoal e na vida da Igreja e da humanidade. Porque esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé [13]. Contribuiremos assim para que se realize a meta do nosso Padre – regnáre Christum vólumus! Queremos que Cristo reine –, que descobrimos nos seus lábios e na sua pluma desde os primeiros momentos da fundação do Opus Dei.

[10]. S. JOSEMARIA, Notas de uma meditação, 26-VII-1937.
[11]. Is 59, 1.
[12]. Sl 103 (104) 10 (Vg).
[13]. 1 Jo 5, 4.

(D. Javier Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de dezembro de 2013)
© Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei

"Evangelii Gaudium" (14)

Desafios da inculturação da fé
68. O substrato cristão dalguns povos – sobretudo ocidentais – é uma realidade viva. Aqui encontramos, especialmente nos mais necessitados, uma reserva moral que guarda valores de autêntico humanismo cristão. Um olhar de fé sobre a realidade não pode deixar de reconhecer o que semeia o Espírito Santo. Significaria não ter confiança na sua acção livre e generosa pensar que não existem autênticos valores cristãos, onde uma grande parte da população recebeu o Baptismo e exprime de variadas maneiras a sua fé e solidariedade fraterna. Aqui há que reconhecer muito mais que «sementes do Verbo», visto que se trata duma autêntica fé católica com modalidades próprias de expressão e de pertença à Igreja. Não convém ignorar a enorme importância que tem uma cultura marcada pela fé, porque, não obstante os seus limites, esta cultura evangelizada tem, contra os ataques do secularismo actual, muitos mais recursos do que a mera soma dos crentes. Uma cultura popular evangelizada contém valores de fé e solidariedade que podem provocar o desenvolvimento duma sociedade mais justa e crente, e possui uma sabedoria peculiar que devemos saber reconhecer com olhar agradecido.

69. Há uma necessidade imperiosa de evangelizar as culturas para inculturar o Evangelho. Nos países de tradição católica, tratar-se-á de acompanhar, cuidar e fortalecer a riqueza que já existe e, nos países de outras tradições religiosas ou profundamente secularizados, há que procurar novos processos de evangelização da cultura, ainda que suponham projectos a longo prazo. Entretanto não podemos ignorar que há sempre uma chamada ao crescimento: toda a cultura e todo o grupo social necessitam de purificação e amadurecimento. No caso das culturas populares de povos católicos, podemos reconhecer algumas fragilidades que precisam ainda de ser curadas pelo Evangelho: o machismo, o alcoolismo, a violência doméstica, uma escassa participação na Eucaristia, crenças fatalistas ou supersticiosas que levam a recorrer à bruxaria, etc. Mas o melhor ponto de partida para curar e ver-se livre de tais fragilidades é precisamente a piedade popular.

70. Certo é também que, às vezes, se dá maior realce a formas exteriores das tradições de grupos concretos ou a supostas revelações privadas, que se absolutizam, do que ao impulso da piedade cristã. Há certo cristianismo feito de devoções – próprio duma vivência individual e sentimental da fé – que, na realidade, não corresponde a uma autêntica «piedade popular». Alguns promovem estas expressões sem se preocupar com a promoção social e a formação dos fiéis, fazendo-o nalguns casos para obter benefícios económicos ou algum poder sobre os outros. Também não podemos ignorar que, nas últimas décadas, se produziu uma ruptura na transmissão geracional da fé cristã no povo católico. É inegável que muitos se sentem desiludidos e deixam de se identificar com a tradição católica, que cresceu o número de pais que não baptizam os seus filhos nem os ensinam a rezar, e que há um certo êxodo para outras comunidades de fé. Algumas causas desta ruptura são a falta de espaços de diálogo familiar, a influência dos meios de comunicação, o subjectivismo relativista, o consumismo desenfreado que o mercado incentiva, a falta de cuidado pastoral pelos mais pobres, a inexistência dum acolhimento cordial nas nossas instituições, e a dificuldade que sentimos em recriar a adesão mística da fé num cenário religioso pluralista.

Porque se celebra o nascimento de Jesus a 25 de Dezembro? Respondem os especialista da Universidade de Navarra

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Guardar, a defender e divulgar com paixão e convicção os valores da nossa fé

Façamos como S. Paulo sugeriu na sua 1ª Carta a Timóteo “guarda o bem que te foi confiado! Evita as conversas frívolas e mundanas, assim como as contradições de pretensa ciência. Alguns, por segui-las, se transviaram da fé” (1 Tim 6, 20-21).

Diria mesmo, estamos ética e moralmente obrigados a além dos guardar, a defender e divulgar com paixão e convicção os valores da nossa fé e da nossa civilização fruto da mesma, aliás como defendeu e muitíssimo bem D. José Policarpo na sua Carta Pastoral de Maio de 2008.

JPR

«É certo que os valores que a Igreja defende não são apenas os valores religiosos, mas também os valores universais humanos, a que a vivência cristã acrescentará profundidade e radicalidade. Quando a Igreja se bate pela defesa desses valores, como, por exemplo, a dignidade inviolável da pessoa humana, a defesa da vida, desde o seu início até à morte natural, a defesa da estabilidade da família, a Igreja não o faz por serem valores estritamente religiosos, mas por serem valores universais humanos profundamente radicados nas tradições culturais da humanidade. Há um combate inevitável na defesa desses valores e esse combate a Igreja trava-o porque é um combate pelo futuro do homem»

(D. José Policarpo - Patriarca Emérito de Lisboa - Excerto Carta Pastoral, n. 18 de 18/V/2008 à Diocese)

Que diz o Evangelho de Filipe? - Respondem os especialistas da Universidade de Navarra

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«Não deixará as noventa e nove no monte, para ir à procura da tresmalhada?»

Santa Faustina Kowalska (1905-1938), religiosa
Diário § 1589 (Fátima, Marianos Imac. Conceição, 2003, p. 429



Não sei, Senhor, a hora escolhida;
Fico pois sempre atenta e a velar
Como a vossa esposa preferida,
Que vosso gosto é vir sem se notar,
De longe, Vos sentirá coração purificado.

Senhor, espero-Vos em paz e quietude
Com grande saudade em meu coração,
Com sede de invencível beatitude.
Do meu amor convosco, a mutação,
Qual chama ao Céu, no fim da vida, elevada,
E, então, em todos meus desejos realizada.

Vinde depressa, meu Senhor dulcíssimo,
E transportai meu coração sedento
Para junto de Vós, ao Céu altíssimo,
Onde a vossa eterna Vida tem assento.

Que a vida na terra é contínua agonia,
E meu coração p’ras alturas foi criado,
Com os plainos da vida, nada se importaria.
A pátria é o Céu, eis o que hei bem firmado.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 10 de dezembro de 2013

«Que vos parece? Se alguém tiver cem ovelhas, e uma delas se extraviar, porventura não deixa as outras noventa e nove no monte, e vai em busca daquela que se extraviou? E, se acontecer encontrá-la, digo-vos em verdade que se alegra mais por esta, do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Assim, não é a vontade de vosso Pai que está nos céus que pereça um só destes pequeninos.

Mt 18, 12-14