sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Francisco diz que bispos devem «servir» e estar atentos aos indefesos

Papa presidiu à ordenação episcopal do secretário-geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano

Papa Francisco disse hoje no Vaticano que os bispos devem “servir”, com uma atenção particular a “quantos têm necessidade de acolhimento e de ajuda”.

“O episcopado é o nome de um serviço, não de uma honra, porque ao bispo compete mais servir do que dominar, segundo o mandamento do Mestre”, declarou, na homilia da missa de ordenação episcopal do secretário-geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, D. Fernando Vérgez Alzaga.

“É Cristo, de facto, que no ministério do bispo continua a pregar o ministério de salvação e a edificar os crentes, através dos sacramentos da fé”, acrescentou, numa celebração que decorreu na Basílica de São Pedro.

O Papa pediu ao novo prelado que desempenhe a sua nova missão “com amor e com grande misericórdia”.

“Lembra-te que, na Igreja Católica unida pelo vínculo da caridade, estás unido ao colégio dos bispos e tens de levar em ti a solicitude de todas as Igrejas, socorrendo generosamente os que têm mais necessidade de ajuda”, acrescentou.

Francisco destacou que o prelado espanhol, de 68 anos, vai ser bispo junto dos trabalhadores do Vaticano: “Sê seu pai e irmão, com verdadeiro amor e ternura”.

O Papa tinha cancelado as audiências matinais, devido a uma constipação.

O novo bispo era, desde 2008, responsável pela Direção de Telecomunicações do Estado do Vaticano.

OC / Agência Ecclesia

Amar a Cristo...

Senhor Jesus, ajuda-nos a exercer o nosso trabalho em completa entrega a Ti, transformando-o numa permanente oferta de gratidão e amor para conTigo, aqueles com quem é realizado e os que dele beneficiam.

Pedimos-Te por todos aqueles que embora desejando trabalhar se encontram numa situação de desemprego e muitas vezes sem meios alternativos de subsistência, dai-nos a graça de os podermos ajudar, de construirmos e de sermos participes na criação de emprego, mesmo que seja tão-somente pela produtividade daquilo que fazemos.

Obrigado meu Deus e meu Senhor pelo meu posto de trabalho!

JPR

Maria João Pires toca Bach (dedicado a SMRB)



Concerto nº 5 para piano BWV 1056 - J.S.Bach - "II Largo" - Maestro: Riccardo Chailly - "Orquestra de Paris -Sala Pleyel, París - 23/02/2012"

Essencialidade e amizade

São diversas as chaves de leitura da visita do Papa Francisco ao presidente da República italiana Giorgio Napolitano no palácio do Quirinal, mas duas palavras podem resumir o seu significado: amizade e essencialidade. Traços que chamaram a atenção na realização do encontro e são reconhecíveis nos discursos pronunciados, mas que mais em geral distinguem hoje as relações e as preocupações comuns entre as duas colinas mais altas de Roma.

A amizade é, sem dúvida, a primeira dimensão deste novo encontro entre Napolitano, o presidente pela primeira vez reeleito na história da República, e Francisco, bispo de Roma pela primeira vez proveniente «quase do fim do mundo», mas com raízes indiscutivelmente italianas. Com efeito, se Napolitano falou de proximidade e de afecto, «muito além do tecido das relações entre a Igreja e o Estado na Itália», o Pontífice fez-lhe eco ressaltando o «sinal de amizade» representado pela sua visita.

Já várias vezes, nestes primeiros meses de pontificado, o presidente Napolitano mostrou em relação ao Papa Francisco uma atenção que ultrapassa até «a excelente condição das relações recíprocas», também graças à amizade manifestada pelo chefe de Estado em relação a Bento XVI. E dirigiu-lhe com delicadeza o pensamento o seu sucessor, que nunca perde ocasião para o recordar com carinho, enquanto Napolitano quis evocar a sua mensagem por ocasião do sexto centenário da unidade italiana.

O contexto é aquele de relações institucionais excelentes, precisamente, construídas ao longo do tempo depois do fim do poder temporal, um êxito dramático mas que num discurso memorável proferido não por acaso na vigília do concílio, o cardeal Montini descreveu como providencial. Relações que, além disso, amadureceram durante o século XX, desde a Conciliação até à inserção dos Pactos lateranenses na Constituição, e desde o acordo de revisão da Concordata até à «colaboração quotidiana ao serviço da pessoa humana», recordada pelo Papa Francisco.

Precisamente esta é a outra dimensão do encontro entre o chefe de Estado e o Pontífice, que indica um caminho comum: o da essencialidade, reflectida pela sobriedade e por algumas novidades na realização da visita, como o encontro do Papa Francisco com as famílias dos funcionários do Quirinal. Para ultrapassar «o horizonte de uma relação entre instituições», frisou o presidente Napolitano num discurso com tons nobres e autênticos.

Mais uma vez surpreende a sintonia entre as duas colinas romanas, na atenção à realidade italiana e internacional, mas impressiona ainda mais, «na distinção das respectivas funções e âmbitos de acção», o convite comum a uma atenção à pessoa humana, crentes e não-crentes juntos. Num panorama dramático sobre o qual incumbem os desafios do tempo presente, ameaçado por tensões e por uma crise económica persistente.

Preocupam sobretudo a construção da paz e o apoio à família. Mas é importante o reconhecimento, por parte do presidente Napolitano, das «novas potencialidades» da mensagem cristã: não apenas na obra destinada a combater a insensibilidade social, mas pelo estímulo em relação à própria política. Para construir juntos uma cultura do encontro e elevar ainda mais o olhar.

g.m.v.

(© L'Osservatore Romano - 15 de novembro de 2013)

Que diferenças há entre os evangelhos canónicos e os apócrifos? - Respondem os especialista da Universidade de Navarra

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A arca da Igreja

Orígenes (c. 185-253), presbítero, teólogo 
Homilias sobre o Génesis, II, 3


Tanto quanto a pequenez da minha mente me permite supor, parece-me que o dilúvio, que quase pôs fim ao mundo, é um símbolo do fim do mundo, fim que vai realmente acontecer. O próprio Senhor o declarou quando disse: «Nos dias de Noé, os homens compravam, vendiam, construíam, casavam-se, davam as suas filhas em casamento, e veio o dilúvio, que os fez perecer a todos. Assim será também a vinda do Filho do Homem.» Neste texto, parece que o Senhor descreve de uma única e igual forma o dilúvio que já ocorreu e o fim do mundo que anuncia para o futuro.

Portanto, outrora foi dito a Noé para fazer uma arca e meter-se nela, não apenas com os seus filhos e a sua família, mas com animais de todas as espécies. Da mesma forma, na consumação dos tempos, o Pai disse ao Senhor Jesus Cristo, o nosso novo Noé, o único Justo e o único Perfeito (Gn 6,9), para fazer uma arca de madeira com medidas cheias de mistérios divinos (cf Gn 6,15). Isto é afirmado num salmo que diz: «Pede, e Eu te darei as nações por herança e os confins da terra por domínio» (Sl 2,8). Assim, ele construiu uma arca com todo o tipo de abrigos para receber os diversos animais. E o profeta fala dessas habitações quando escreve: «Vai, povo meu, entra nos teus quartos, fecha atrás de ti as portas. Esconde-te por alguns instantes até que a cólera passe» (Is 26,20). Há de facto uma misteriosa correspondência entre este povo que é salvo na Igreja, e todos esses seres, homens e animais, que foram salvos do dilúvio na arca.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)

O Evangelho do dia 15 de novembro de 2013

Como sucedeu nos dias de Noé, assim sucederá também quando vier o Filho do Homem. Comiam e bebiam, tomavam mulher e marido, até ao dia em que Noé entrou na arca; e veio o dilúvio, que exterminou a todos. Como sucedeu também no tempo de Lot; comiam e bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Lot saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu, que exterminou a todos. Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem. Nesse dia quem estiver no terraço e tiver os seus móveis em casa, não desça a tomá-los; da mesma sorte, quem estiver no campo, não volte atrás. Lembrai-vos da mulher de Lot. Quem procurar salvar a sua vida, perdê-la-á; quem a perder, salvá-la-á. Eu vos digo: Nessa noite, de duas pessoas que estiverem num leito, uma será tomada e a outra deixada. Duas mulheres estarão a moer juntas, uma será tomada e a outra deixada!». Omitido na Neo-Vulgata. Os discípulos disseram-Lhe: «Onde será isso, Senhor?». Ele respondeu-lhes: «Onde quer que estiver o corpo, juntar-se-ão aí também as águias».

Lc 17, 26-37