terça-feira, 22 de outubro de 2013

MINISTRO EXTRAORDINÁRIO DA COMUNHÃO (É com muita alegria compartilhada e amizade que felicitamos o Joaquim Mexia Alves)

Neste Domingo dia 20, na Paróquia da Marinha Grande, foi confirmada na Eucaristia das 19.00, pelo Ritual próprio, a minha nomeação como Ministro Extraordinário da Comunhão.

E o que senti eu nesses momentos?
Não sei muito bem como definir o que senti e como senti, essa graça a que o Senhor me chamou.

Confesso que tive muitas dúvidas sobre a “minha” Fé que afirmo professar, sobre a constância da minha entrega, sobre a minha conversão contínua, sobre tudo aquilo que sou e sinto, enfim, resumindo, sobre a minha falta de dignidade para assumir tal serviço em Igreja.
Obviamente que dignidade nunca a terei, (sou pecador), por isso só Ele ma pode conceder nos momentos em que se quiser servir de mim.
Mas existiam também em mim as dúvidas, os “medos”, de aceitar tal nomeação, conhecendo eu o meu orgulho, a minha, por vezes, ânsia de protagonismo.
Mas na Confissão e conversa tida como meu Pároco, pouco antes da Eucaristia, de uma “penada”, ele afastou de mim tais dúvidas e receios.
Perguntou-me se eu me tinha proposto, se eu tinha querido, se eu tinha feito algo para ser nomeado, e perante a minha resposta negativa, apenas me disse qualquer coisa como: «aceita porque a vontade não é tua.»

O que senti então naqueles momentos em que pela primeira vez foi colocada nas minhas a píxide contendo as hóstias consagradas, contendo realmente o Corpo e Sangue de Jesus Cristo?

Senti-me um nada útil, ou usando as palavras do próprio Cristo, um servo inútil!
Por uma imensa graça, (como é que Ele faz estas coisas?), pela primeira vez na minha vida senti-me o mais pequeno entre todos, e juro que se pudessem ver o meu coração, acredito que veriam o amor a verter-se sobre todos, não o meu pobre amor, mas o amor que Ele, o Senhor do Amor, colocava em mim.
As minhas mãos, tantas vezes trémulas, estavam firmes apesar do tremor, e parecia-me ouvir em cada momento a minha voz forte, mas sobretudo convicta, a afirmar: «O Corpo de Cristo!»
Não era eu que ali estava, mas o Joaquim que só Ele conhece e ao qual nem eu tenho acesso quando quero, mas apenas quando Ele quer.

No fim vieram dar-me os parabéns algumas pessoas amigas e outra vez me admirei.
Eu tão orgulhoso, eu que me julgo tantas vezes mais do que os outros, eu que me acho em tantos momentos mais importante do que os outros, senti-me uma criança “apanhada” num acto de ternura e ia jurar que até corei.

Que caminho, meu Deus, que caminho me fazes percorrer!
Desde o afastamento total de Ti e da Igreja, até à dependência total e voluntária de Ti, em Igreja!

“Apenas” Te posso dizer, com o coração repleto de amor: Glória a Ti, Senhor, glória a Ti!

Marinha Grande, 22 de Outubro de 2013

Joaquim Mexia Alves

Deus não salva por decreto. Salva-nos com ternura e com a sua vida

Para entrar no mistério de Deus não basta a inteligência mas é preciso contemplação, proximidade, abundância - são as três palavras à volta das quais o Papa Francisco centralizou a sua homilia na Missa desta terça-feira na Casa de Santa Marta. E partiu da Primeira Leitura da liturgia de hoje retirada da Carta de S. Paulo aos Romanos:
“Contemplar o mistério, isto que Paulo nos diz aqui, sobre a nossa salvação, sobre a nossa redenção, apenas se percebe de joelhos, na contemplação. Não apenas com a inteligência. Quando a inteligência quer explicar um mistério, sempre, sempre... torna-se doida! E assim aconteceu na História da Igreja. A contemplação: inteligência, coração, joelhos, oração...tudo junto, entrar no mistério. Aquela é a primeira palavra que talvez nos ajudará.”

O Papa Francisco avançou então com uma segunda palavra para entrarmos no mistério de Deus. A seguir à contemplação é preciso... proximidade... Segundo o Santo Padre trata-se de um trabalho pessoal de Jesus. Com a sua proximidade de homem vem salvar um homem do seu pecado:
“Proximidade. Deus não nos salva apenas por um decreto, uma lei; salva-nos com ternura, salva-nos com a sua vida.”

A terceira palavra para entrarmos no mistério de Deus é, segundo o Papa, a abundância pois, onde foi abandonado o pecado sobreabunda a graça e o amor. A graça de Deus sempre vence porque é Ele mesmo que a dá – afirmou o Santo Padre – que esclareceu serem os mais pecadores aqueles que estão mais próximos ao coração de Jesus, porque Ele vai procurá-los e chama-os a todos:“Vinde, vinde. E quando lhe pedem uma explicação, diz: Mas os que estão de boa saúde não têm necessidade de médico; eu vim para curar, para salvar.” (RS)

(Fonte: 'news.va')

Vídeo da ocasião em italiano

O Evangelho do dia 22 de outubro de 2013

«Estejam cingidos os vossos rins e acesas as vossas lâmpadas. Fazei como os homens que esperam o seu senhor quando volta das núpcias, para que, quando vier e bater à porta, logo lha abram. Bem-aventurados aqueles servos, a quem o senhor quando vier achar vigiando. Na verdade vos digo que se cingirá, os fará pôr à sua mesa e, passando por entre eles, os servirá. Se vier na segunda vigília, ou na terceira, e assim os encontrar, bem-aventurados são aqueles servos.

Lc 12, 35-38