sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Rezemos com o Papa pela paz no mundo
Nestas
últimas semanas, impulsionados pelo convite do Papa, elevou-se ao Céu, em
muitos sítios, uma perseverante oração pela paz no mundo e nas consciências.
Tive muito presente aquela sugestão de S. Josemaria quando, no ano de 1952, nos
convidou a repetir aquela jaculatória Cor Jesu Sacratíssimum, dona nobis
pacem! Anos depois, acrescentou et Miséricors, para que
implorássemos ao Coração santíssimo e misericordioso de Jesus a paz para todo o
mundo: a paz espiritual, que procede da posse de Deus, e também a paz humana,
entre todas as pessoas, rejeitando as inimizades e a violência. Também João
Paulo II e Bento XVI rezaram e fizeram rezar pela paz no mundo.
Como o Santo Padre afirmava, ao lançar o seu chamamento para um dia mundial de
jejum e oração, em vão se clamará pela paz na sociedade se as almas não se
esforçam por conseguir e manter a paz com Deus, que é consequência da luta
decidida contra o pecado. Enquanto rezávamos pelo cessar das guerras, dos
rancores, das inimizades, vieram-me mais uma vez à lembrança umas palavras de
S. Josemaria, escritas nos primeiros anos da sua atividade sacerdotal: Um
segredo. – Um segredo em voz alta: estas crises mundiais são
crises de santos. – Deus quer um punhado de homens “seus” em cada
atividade humana. – Depois... “Pax Christi in regno Christi”
– a paz de Cristo no reino de Cristo [1].
[1]. S. Josemaria, Caminho, n. 301.
(D. Javier
Echevarría, Prelado do Opus Dei na carta do mês de outubro de 2013)
© Prælatura
Sanctæ Crucis et Operis Dei
Dinheiro, vaidade, orgulho. Essa estrada… nós não podemos (percorrê-la)
“(A Igreja) deve despojar-se hoje de um perigo gravíssimo, que ameaça cada pessoa na Igreja, todos: o perigo da mundanidade. O cristão não pode conviver com o espírito do mundo”, alertou, na chamada ‘sala do despojamento’ de São Francisco, na sede da diocese local.
No local em que o santo de Assis se despojou de todas as suas posses, há oito séculos, o Papa quis evocar as pessoas que foram “despojadas por este mundo selvagem que não dá trabalho, que não ajuda”.
“Não importa se há crianças a morrer de fome, não importa se tantas famílias não têm o que comer, não têm a dignidade de levar pão para casa; não importa se tanta gente tem de fugir da escravidão, da fome e fugir”, lamentou.
Francisco evocou as centenas de vítimas do naufrágio que aconteceu esta quinta-feira ao largo da ilha italiana de Lampedusa: “Hoje é um dia de pranto”.
O Papa deixou de lado o discurso que tinha preparado e comentou as notícias e "fantasias" dos jornalistas que nos últimos dias davam conta da sua intenção de “despojar a Igreja” em Assis, dando como exemplo "as roupas dos bispos, dos cardeais” e de si próprio.
“Esta é uma boa ocasião para convidar a Igreja a despojar-se, mas a Igreja somos todos, todos: desde o primeiro batizado, todos somos Igreja”, declarou.
“Quando os media falam de Igreja, pensam que a Igreja são os padres, as irmãs, os bispos, os cardeais e o Papa, mas a Igreja somos todos nós”, prosseguiu.
Francisco apontou por diversas vezes a mundanidade como principal mal a combater no seio da Igreja, para evitar “a vaidade, o orgulho, que é a idolatria”.
“Dinheiro, vaidade, orgulho. Essa estrada… nós não podemos (percorrê-la). É triste anular como uma mão aquilo que se escreve com a outra: o Evangelho é o Evangelho, Deus é único”, advertiu, frisando que é impossível conceber um Cristianismo “sem cruz, sem Jesus, sem despojamento”.
"Isso tornarnor-nos-ia cristãos de pastelaria, como lindos bolos, como lindas coisas doces... Lindíssimo, mas não cristãos de verdade", observou.
Para Francisco, é “ridículo” que um cristão queira seguir a “estrada desta mundanidade”, que para si representa uma “atitude homicida”, porque “mata a alma, mata as pessoas, mata a Igreja”.
“Que o Senhor nos dê a todos a coragem de nos despojarmos - não de 20 liras (N. 'Spe Deus': equivalente a 1 cêntimo de Euro), não- , despojar-mo-nos do espírito do mundo, que é a lepra, o cancro da sociedade”, concluiu.
Agência Ecclesia
O Evangelho do dia 11 de outubro de 2013
Mas alguns disseram: «Ele expulsa os demónios pelo poder de Belzebu, príncipe dos demónios». Outros, para O tentarem, pediam-Lhe um prodígio vindo do céu. Ele, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino dividido contra si mesmo será devastado, e cairá casa sobre casa. Se, pois, Satanás está dividido contra si mesmo, como estará em pé o seu reino? Porque vós dizeis que por virtude de Belzebu é que lanço fora os demónios. Ora, se é pelo poder de Belzebu que Eu expulso os demónios, os vossos filhos pelo poder de quem os expulsam? Por isso eles mesmos serão os vossos juízes. Mas se Eu, pelo dedo de Deus, lanço fora os demónios, certamente chegou a vós o reino de Deus. Quando um, forte e armado, guarda o seu palácio, estão em segurança os bens que possui; porém, se, sobrevindo outro mais forte do que ele, o vencer, tira-lhe as armas em que confiava, e reparte os seus despojos. Quem não é comigo é contra Mim; e quem não colhe comigo desperdiça. «Quando o espírito imundo saiu de um homem, anda por lugares áridos, buscando repouso. Não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, donde saí. Quando vem, encontra-a varrida e adornada. Então vai, toma consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, ali se instalam. E o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro».
Lc 11, 15-26
«Quem vos ouve é a Mim que ouve, e quem vos rejeita é a Mim que rejeita»
Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Encíclica «Redemptoris missio», §§ 38-39 (trad.©Libreria Editrice Vaticana)
Encíclica «Redemptoris missio», §§ 38-39 (trad.©Libreria Editrice Vaticana)
A época em que vivemos é, ao mesmo tempo, dramática e fascinante. Se, por um lado, parece que os homens vão no encalço da prosperidade material, mergulhando cada vez mais no consumismo materialista, por outro lado, manifesta-se a angustiante procura de sentido, a necessidade de vida interior, o desejo de aprender novas formas e meios de concentração e de oração. Não só nas culturas densas de religiosidade, mas também nas sociedades secularizadas, procura-se a dimensão espiritual da vida como antídoto à desumanização. […] A Igreja tem em Cristo, que se proclamou «o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6), um imenso património espiritual para oferecer à humanidade. […]
A Igreja deve ser fiel a Cristo, já que é o seu Corpo e continua a sua missão. É necessário que ela «caminhe pela mesma via de Cristo, via de pobreza, obediência, serviço e imolação própria até à morte, da qual Ele saiu vitorioso pela sua ressurreição» (Vat II, «Ad gentes» 5). A Igreja tem portanto o dever de fazer todo o possível para cumprir a sua missão no mundo e alcançar todos os povos; e tem também o direito, que lhe foi dado por Deus, de levar a termo o seu plano. A liberdade religiosa, por vezes ainda limitada e cerceada, é a premissa e a garantia de todas as liberdades que asseguram o bem comum das pessoas e dos povos. É de se auspiciar que a autêntica liberdade religiosa seja concedida a todos, em qualquer lugar, […] tratando-se de um direito inalienável de toda a pessoa humana.
Por outro lado, a Igreja dirige-se ao homem no pleno respeito da sua liberdade (cf Vat II, «Dignitatis humanae», 3-4; Paulo VI, «Evangelii nuntiandi», 79-80; João Paulo II, «Redemptor hominis», 12); a missão não restringe a liberdade, pelo contrário, favorece-a. A Igreja propõe, não impõe nada; respeita as pessoas e as culturas, detendo-se diante do sacrário da consciência. Aos que se opõem com os mais diversos pretextos à actividade missionária, a Igreja repete: Abri as portas a Cristo!
A Igreja deve ser fiel a Cristo, já que é o seu Corpo e continua a sua missão. É necessário que ela «caminhe pela mesma via de Cristo, via de pobreza, obediência, serviço e imolação própria até à morte, da qual Ele saiu vitorioso pela sua ressurreição» (Vat II, «Ad gentes» 5). A Igreja tem portanto o dever de fazer todo o possível para cumprir a sua missão no mundo e alcançar todos os povos; e tem também o direito, que lhe foi dado por Deus, de levar a termo o seu plano. A liberdade religiosa, por vezes ainda limitada e cerceada, é a premissa e a garantia de todas as liberdades que asseguram o bem comum das pessoas e dos povos. É de se auspiciar que a autêntica liberdade religiosa seja concedida a todos, em qualquer lugar, […] tratando-se de um direito inalienável de toda a pessoa humana.
Por outro lado, a Igreja dirige-se ao homem no pleno respeito da sua liberdade (cf Vat II, «Dignitatis humanae», 3-4; Paulo VI, «Evangelii nuntiandi», 79-80; João Paulo II, «Redemptor hominis», 12); a missão não restringe a liberdade, pelo contrário, favorece-a. A Igreja propõe, não impõe nada; respeita as pessoas e as culturas, detendo-se diante do sacrário da consciência. Aos que se opõem com os mais diversos pretextos à actividade missionária, a Igreja repete: Abri as portas a Cristo!
(Fonte: Evangelho Quotidiano)
O Evangelho do dia 4 de outubro de 2013
«Ai de ti, Corazin! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e em Sidónia se tivessem realizado as maravilhas que se têm operado em vós, há muito tempo que teriam feito penitência vestidas de cilício e jazendo sobre a cinza. Por isso haverá, no dia de juízo, menos rigor para Tiro e Sidónia que para vós. E tu, Cafarnaum, “que te elevas até ao céu, serás abatida até ao inferno”. Quem vos ouve, a Mim ouve, quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou».
Lc 10, 13-16